Capítulo 27.

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POV Bianca Andrade

                   
— Eu também não quero.
                    
Assim que ela sussurrou aquelas palavras contra os meus lábios, algo se acendeu dentro de mim.

Ela queria tanto quanto eu.
                     
Uni minha boca à sua e começamos a nos beijar de forma lenta e quase torturante para o calor que começava a se espalhar pelo meu corpo.
                     
Suas mãos desceram do meu rosto para a minha cintura, enquanto as minhas envolveram sua nuca e pescoço.
                     
A pegada de Rafaella era extremamente precisa. Ela sabia exatamente onde tocar e apertar para me fazer perder o controle.
                    
Quando minha língua encontrou com a sua, Rafaella fez questão de apertar minha cintura com força, o que me fez soltar o gemido que estava preso em minha garganta desde o beijo que havíamos trocado no show.
                    
Gemer contra seus lábios pareceu ser o sinal necessário para Rafaella me puxar para o seu colo.
                     
Passei por cima do câmbio do carro e sentei-me sobre suas coxas, deixando uma perna de cada lado do seu corpo, e voltei a beijar sua boca que estava começando a ficar vermelha.
                     
Estando por cima de Rafaella minha jaqueta já não cobria toda a parte de cima do meu corpo, o que deixava minha camiseta branca totalmente exposta. Percebendo que poderia se aproveitar disso ela levou suas mãos para o interior da minha jaqueta, mais precisamente até a minha cintura, completamente descoberta já que minha camiseta só ia até metade do meu torso, e a apertou.

Suas mãos estavam quentes e assim que entraram em contato com a minha pele, pude sentir um arrepio subir pela coluna.
                     
Quebrei o contato entre nossos lábios devido ao ar que estava começando a faltar e ela desceu os beijos para o meu pescoço.
                     
— Rafinha... — falei ofegante.
                     
— Hm? — ela fez um som sem deixar de beijar meu pescoço, que já estava completamente arrepiado.
                    
— Vamos... — o ar ainda faltava. — Subir.
                    
— Agora? — ela sussurrou.
                    
— Agora. Lá em cima temos mais espaço. — sorri com o canto dos lábios, afastando-me de seu rosto.
                     
Rafaella soltou as mãos da minha cintura e assim que o fez senti falta do calor anteriormente presente naquela região, que foi rapidamente substituído pelo ar gelado que circulava pelo interior do carro.
                    
Voltei para o banco do passageiro e notei que os vidros do carro estavam começando a ficar embaçados.
                     
— Olha isso... — falei e ri enquanto apontava para as janelas.
                     
Rafaella olhou para onde eu apontava e sorriu, balançando a cabeça negativamente.
                     
— Isso é culpa sua, Bianca.
                     
— Minha? — perguntei incrédula.
                     
— Sua. — ela abriu a porta do carro. — Você vem?
                     
Saí do carro e dei a volta até me aproximar de Rafaella, que estava trancando a porta.
                     
— Por que a culpa é minha? — perguntei.
                    
— Porque você me provoca demais e eu acabo não conseguindo me controlar. — ela respondeu segurando minha mão e olhando para os lados antes de atravessar a rua.
                     
— Mas eu ainda nem fiz nada. — sorri enquanto subia os degraus que davam acesso ao portão do prédio.
                   
Coloquei meu dedo indicador no leitor de digitais e não demorou muito para que o portão fosse aberto.
                                                            
Assim que Rafaella entrou, fechei o portão e vi que a portinha da portaria se abriu, revelando os cabelos grisalhos de Jamie.

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