Capítulo 21.

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POV Bianca Andrade

A tão esperada sexta-feira havia chegado. A festa de comemoração da Kalimann Enterprise aconteceria hoje e eu não poderia estar menos ansiosa.

A noite passada foi difícil para dormir. Depois de tomar um banho bem relaxante, comer algo leve, e separar previamente alguns equipamentos assim como a roupa que usaria no evento, deitei em minha cama e esperei o sono chegar, o que não aconteceu.

Incontáveis foram as vezes em que me revirei na cama durante toda a noite em busca do sono necessário para que eu pudesse descansar.

Eu simplesmente não desligava.

Acabei acordando por volta das nove da manhã com o som do despertador que havia programado e implorei internamente para ganhar cinco minutos a mais. Parecia que eu havia literalmente acabado de pegar no sono.

Lutando contra todas as tentações possíveis, levantei-me da cama e preparei um café da manhã bem reforçado, afinal o dia seria cheio.

Depois de me alimentar fui até meu quarto e peguei minha bolsa fotográfica, onde estavam todos os equipamentos que utilizaria a noite, e voltei para a sala.

Organizei todos os equipamentos em cima da mesa por ordem de tamanho: lentes, flashes, cartões de memória, pilhas reservas para os flashes, o cordão que encaixava na câmera e a mantinha presa ao meu pescoço e por fim, mas não menos importante, a câmera em si.

Com muito cuidado, limpei as peças pela segunda vez, deixando-as prontas e adequadas para o uso, voltando a guardá-las na bolsa depois de terminar.

Deixei a bolsa em cima do sofá, e enquanto voltava ao meu quarto para pegar meu celular senti algo estranho, como se fosse um pressentimento, me alertando para que eu não a deixasse exposta.

Estranhei, mas resolvi me ouvir.

Voltei até a sala, peguei a bolsa e levei-a de volta para o quarto, guardando-a na minha parte do guarda-roupa. Abri a parte de Bruno e olhei para suas roupas por alguns minutos.

Eu precisava dar um jeito nisso.

Ouvi meu celular tocando e corri em direção a ele, sorrindo involuntariamente ao ver o nome no visor.

— Bom dia, Srta. Kalimann! — falei em um falso tom profissional.

— Bom dia, Srta. Andrade! — ela me respondeu no mesmo tom.

— Gostou? — perguntei. — Estou treinando para hoje a noite.

— Está perfeito! — ela riu. — E aí, nervosa?

— Muito! — respirei fundo e me joguei em minha cama. — E você?

— Tremendo igual a um pinscher.

Não aguentei e ri alto de seu comentário.

— Conseguiu ao menos decorar o que vai falar? — perguntei.

— Sim, mas estou morrendo de medo de não lembrar nada na hora e entrar em pânico. Odeio multidões. — ela respondeu.

Fiquei em silêncio por alguns segundos.

— Tive uma ideia! O que acha de quando nos encontrarmos mais tarde eu te ensinar um truque?

— Por que você não pode me ensinar agora?

— Porque pessoalmente é melhor. — respondi e pude ouvi-la soltar um suspiro do outro lado da linha.

— Tudo bem. Mesmo morrendo de curiosidade vou confiar em você. — ela falou e ficou em silêncio por um tempo. — Agora que sei como você está posso ir direto ao assunto para o qual te liguei. Acabei de enviar um e-mail para toda a equipe pedindo que chegassem com uma hora de antecedência, então todos vocês devem estar presentes no teatro às 19h. Acha que consegue?

A CHUVAWhere stories live. Discover now