Against All Odds

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Olá, meus amores! Estão surpresas? Pois então, até eu estou. Mas estava tão inspirada que decidi escrever este capítulo lindo e que eu amei demais.

Bem, aproveito para dar um aviso. Provavelmente não conseguirei postar mais as quartas, porque a partir do dia 01 de fevereiro as aulas retornam e eu ficarei com o tempo bem curto durante a semana. Acredito que publicarei aos sábados. Mas confirmo antes, ok?

Dedico este capítulo a Karla Faria, uma pessoa muito amada por mim. Karlinha, é especial pra ti!

Desfrutem de uma boa leitura e não esqueçam de comentar e curtir. Beijos!

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Eu estava exausta! O meu corpo inteiro estava dolorido, eu mal conseguia sentar ou andar direito devido a intensidade daquela noite. Sam e eu atingimos um novo estágio no sexo, algo que eu jamais havia provado antes, uma plenitude que me fazia sentir como uma mulher rara e única. Eu agora estava de frente ao espelho daquele mesmo quarto, penteando os meus cabelos e pensando em tudo o que tinha acontecido. Sua crise de ciúme ainda era motivo de aborrecimento, afinal, eu abomino esse tipo de atitude. Seu comportamento machista me nauseava, mas eu sabia perfeitamente que ele não era aquele homem. Não estava defendendo absolutamente nada do que ele tinha feito, mas eu o compreendia agora. Quando eu estava dentro daquela banheira e ele debaixo do chuveiro me pediu que eu voltasse para ele, o meu coração disparou. Não pude respondê-lo, porque eu estava ainda sob efeito do orgasmo múltiplo que ele havia me dado e eu tinha muito o que pensar sobre isso. Eu suportaria viver um relacionamento escondido? Eu teria coragem de embarcar nessa aventura que poderia me custar tão caro depois, onde eu e ele aparecíamos em público com nossos "pares" e voltávamos para os braços um do outro e para o nosso cotidiano, como antes? Eu seria capaz de lidar com toda a narrativa imposta por nossos superiores? Eu seria forte como eu acreditava que era?

Meus cabelos estavam desembaraçados e soltos, mas eu seguia ali penteando os fios molhados e refletindo sobre tudo. Eu sentia muita falta do Sam e mesmo que eu tivesse desfrutado de outros momentos com o Marco e conhecido tanta gente legal durante minha viagem de verão, eu só desejava ter o Sam comigo. Eu sentia falta de voltar para casa e encontrá-lo, ou de esperá-lo chegar, ou de chegarmos juntos. Sentia falta da nossa vida a dois, sentia falta do meu melhor amigo, do meu centro de calma, do único homem que me fazia sentir como se eu fosse a única para ele. O meu Sam ainda estava ali, debaixo daquela armadura machista com a qual ele se vestiu durante o tempo em que estivemos separados. Eu tinha muito para ensiná-lo sobre tudo e sabia que ele me ouviria e que aprenderia comigo, porque além de amor ele tinha muito respeito e admiração por mim.

Eu estava perto dos meus 37 anos. Não era mais uma menininha, sabia exatamente o que fazer, sabia o que desejava para a minha vida e precisava fazer o que eu queria. Já havia passado muitos anos agindo apenas para agradar aos outros quando eu era modelo. Perdi muito tempo e nunca mais poderia recuperá-lo, mas criaria a história que eu queria viver. Com ele nunca seria só sexo. Depois que eu fiquei em silêncio quando ele me pediu para voltar, ele saiu do chuveiro, enrolou uma toalha em seus quadris e se agachou para me dar um beijo na testa. Então simplesmente vestiu sua roupa e foi embora. Eu continuei na banheira e depois que o frio me assolou - tanto na pele quanto na alma - eu saí do banheiro e fui para o meu quarto. Não consegui dormir, por mais que os lençóis tivessem sido trocados o cheiro do nosso gozo permaneceria ali para sempre. Levantei na manhã seguinte, tomei um banho e uma decisão e agora, vendo a escova passar livremente pelos fios dos meus cabelos sem nenhum nó, me certifiquei de que havia sido a escolha certa. Larguei-a na cama, vesti uma roupa e saí.

***

Eu terminava de fechar minha mala para voltar à Escócia na tarde daquela terça-feira. Finalmente iria para casa e começaria a gravar na semana seguinte. Estava checando se tinha esquecido alguma coisa no quarto do meu hotel quando ouvi batidas na porta. Estranhei, já que não tinha pedido nenhum serviço. Ao abri-la dei de cara com a Cait parada ali. As batidas do meu coração aceleraram.

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