Woman In Love

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Olá! Desejo uma boa leitura desse capítulo imenso a todos os que me acompanham aqui. Aproveito para agradecer os lindos comentários que essa fic tem recebido. Dedico o capítulo a cinco pessoas muito especiais para mim: Alê, Bruna, Deborah, Laura Maria e Monique. Obrigada pelo amor e carinho diários e por tudo o que vocês tem sido. Amo vocês!





Eu estava apavorada. Por estar morando mais uma vez sozinha em um país que não é o meu? Não, eu adorava isso, mesmo que muitas vezes sentisse falta de um lar. Por estar diante do maior desafio da minha vida? Também, mas algo me confortava e me dizia que tudo sairia melhor do que o que eu esperava. O que estava me deixando assustada era o que eu estava sentindo pelo Sam. Já me apaixonei antes e conto nos dedos às vezes em que me deixei sofrer. Eu era muito jovem e imatura e para o meu azar só encontrei homens canalhas pelo caminho. O último me deixou uma ferida profunda que a muito custo cicatrizou. Meus amigos me consideram a mais forte entre eles e eu achava o mesmo até encontrar esse cara que além de ser o meu co-star também era o meu vizinho de bairro. Eu havia acabado de chegar a Glasgow e ele estava comigo enquanto eu abria a porta da minha nova casa. Ele parecia mais ansioso do que eu, já que a pessoa responsável por alugar aquele flat para mim o deixou com a função de me levar até lá e me mostrar tudo. Nós havíamos acabado de chegar de Londres, estava tudo tão recente, mas eu me sentia confortável ao lado dele e tão segura como jamais antes.

– Eu vou ligar para a Starz ainda hoje. – O Sam falou enquanto dava uma boa analisada no flat. Virei-me para ele sem entender o porquê. – Esse flat é muito maior do que o meu.

– Para de ser invejoso, cara! – Eu ri e dei uma tapa no seu cabelo.

– Você tem uma adega! – Ele fingiu estar revoltado. Eu ri da sua expressão. – O que você tem que eu não tenho?

– Devem ser esses meus belos olhos azuis... – Respondi em tom irônico.

– Eu também tenho olhos azuis e o máximo que consegui foi um aquecedor decente. – Sam suspirou teatralmente e foi até a pequena adega, abrindo a sua porta. – Isso é revoltante! Tem até vinho aqui.

– Ei! – Eu o chamei e ele virou o olhar pra mim, me fazendo prender a vontade de rir. – Eu vou ser legal e te convidar para tomarmos uma tacinha assim que eu terminar de conhecer o meu palácio.

Olhei ao redor e vi o quanto o flat parecia ter sido decorado por mim. Não era exatamente o que eu teria feito, mas muita coisa ali tinha a minha cara. Na sala de estar havia uma lareira e eu já podia imaginar Eddie se aquecendo deitada em sua almofadinha, sofás bem bonitos, paredes revestidas do clássico azul da Escócia. A cozinha não era enorme, mas grande o suficiente para que eu pudesse fazer minhas receitas sempre que o tempo me permitisse. O banheiro social era bem espaçoso, havia um escritório, um lavabo e dois quartos. Passei pelo primeiro, parecia ser de hóspedes. O segundo era bem grande, uma suíte muito confortável com uma banheira maravilhosa onde eu queria me jogar naquele momento, se não fosse o meu acompanhante que me seguia em cada cômodo. A verdade é que eu gostaria que ele entrasse comigo na banheira. Senti um calor percorrer o meu corpo, mas disfarcei enquanto ele sentava em minha cama e fazia movimentos como se estivesse pulando nela.

– Mas você é muito folgado, né? Nem eu deitei na minha própria cama e você já está aí todo espaçoso. – Fingi estar irritada, mas me sentei ao seu lado. – Nossa, que cama gostosa!

– Mais um motivo de reclamação. Estou anotando tudo mentalmente para fazer uma certa ligação e algumas exigências. – Sam dizia isso bem sério, mas eu sabia que ele estava brincando. – E então?

– Eu adorei a casa. É muito espaçosa e confortável, mas quero decorar algumas coisinhas ao meu gosto.

– Desde que cheguei a Glasgow não parei por muito tempo em meu apartamento, minha mãe quem decorou tudo pra mim. – Sam se levantou e me estendeu a mão. – Vamos brindar?

Against All OddsOnde histórias criam vida. Descubra agora