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LIZ DAMACENO
Vidigal, Rio de Janeiro.

— E-ele o que?

— É mentira, ele me obrigou a falar isso. — sorri fraco e eu reviro os olhos, porém, aliviada. — Ele não teve complicações, a retirada do projétil que estava em seu abdômen foi fácil.

— E como ele está agora? — Cobra pergunta.

— Bem e acordado.

— Já até tirou uma com a nossa cara. — GS fala nos fazendo rir.

— Quem é Liz?

— Sou eu.

— Ele disse que quer te ver. — assinto. — Tenta convencer ele a ficar essa noite aqui. — pede.

— Não garanto que eu vá conseguir. — sorrio amarelo. — Qual quarto ele está?

— Ao lado do da mãe dela. — aponta com a cabeça em direção a Maria. — Aliás, podemos conversar sobre ela?

Respiro fundo antes de começar a andar em direção ao quarto em que o Igor estava, olho de relance para o quarto da tia Vanda e a mesma já estava acompanhada do tio Alberto.

— Acho melhor você entrar logo, ele é irritante. — Júlia revira os olhos saindo do quarto e eu rio. — Bandidos são tão teimosos. — nega com a cabeça e se afasta.

Paro encostada no batente da porta do quarto em que o Igor estava e eu involuntariamente sorrio.

— Você precisa passar a noite aqui. — falo chamando sua atenção para mim. — Mas te conhecendo bem, sei que não é isso que vai fazer. — ele sorri de lado.

— Chega mais perto pô, tá com medo? — reviro os olhos indo até ele.

— Você me assustou. — encaro seus olhos.

— Não era a minha intenção, tu sabe disso. — concordo. — Liz.

— Eu te perdoo Igor. — ele se cala e apenas me encara atento. — Não vou esquecer o que fez, sabe que não tem como. Mas eu te perdoo, essas duas semanas desde a nossa última conversa eu pensei muito sobre, me coloquei no seu lugar e no lugar dos outros e, eu perdoo vocês. — ele sorri. — Sem mentiras daqui pra frente, tudo bem?

— Sem mentiras. — sorrio.

— Agora vou deixar os outros entrarem.

— Fica. — pede me encarando nos olhos. — Logo já saio desse postinho, vejo eles depois. Só quero ficar contigo agora, só nós dois.

— Chega pra lá então. — falo e se afasta para o lado, subo na cama de hospital e me deito ao seu lado.

Apoio minha cabeça em seu peitoral e fico passando com a minha mão lentamente pela sua barriga, com cuidado para não pegar em seu curativo.

— Estamos de boa? — pergunta enquanto fazia cafuné em mim, assinto. — Em qual sentido? — sorrio de lado e ergo o meu rosto para o encarar.

Deposito um selinho longo em seus lábios e um choque percorre por todo meu corpo, não nego, senti falta pra caralho disso.

— Isso responde a sua pergunta? — ele nega sorrindo.

— Só um beijo pra ter certeza mesmo que estamos de boa. — fala me fazendo rir.

Selo nossos lábios, Igor pede passagem com a língua e eu de imediato cedo, deixando que ela entre em uma guerra por espaço com a minha. Ambos estávamos com saudade do nosso beijo, que se encaixa perfeitamente bem e de uma maneira surreal.

Só Por Uma Noite [M] ✓Where stories live. Discover now