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LIZ DAMACENO.
Vidigal, Rio de Janeiro.
Sexta.

Já faz quase uma semana que estou morando com a Maria, a adaptação em morar aqui no Vidigal foi tranquila, já fiz amizade com algumas pessoas e já sou motivo de ódio de outras, sem eu ter feito simplesmente nada.

— Tenho certeza que vou pegar recuperação dessa prova. — choraminga enquanto subíamos o morro.

— Eu falei pra você estudar.

— Agora que eu e o Pezin nos..

— Nem vem com essa desculpa! — corto a fala dela. — Você precisa saber separar as coisas ou além de pegar recuperação da prova de hoje, pode reprovar de ano.

— Vira essa boca pra lá Liz Damaceno.

— Estou sendo sincera e realista, sabe disso. Essa semana você faltou pelo menos uns dois dias, e nos outros três sempre chegou atrasada. Entendo que você e o Pezin se assumiriam agora, mas você não pode deixar isso afetar nos seus estudos.

— Odeio quando está certa. — bufa e eu rio. — Vou pegar firme, prometo. Não quero reprovar de ano, se isso acontecer minha mãe me frita.

— E eu ajudo.

— Ajuda com o que? — escuto a voz rouca do Igor e acabo levando um susto. — Tá devendo?

— Você que brota do nada, parece até o capeta.

— Assim você me ofende, Liz. — reviro os olhos. — O que vão fazer hoje?

— Dormir. — respondo.

— Sai dessa vida, vai comigo no bar do seu João. — faço uma careta encarando a minha amiga. — Não adianta fazer essa cara aí não, gata, vai ir sim.

— Esquece bar do seu João, bora lá na social em casa.

— Eu tô fora!

— Oloco pô, por que? — Adamovich me encara.

— Acho que porque sua namorada não vai com a minha cara. — indago.

— Ela me odeia e mesmo assim eu vou.

— Não me sinto bem.

— Para de graça pô, vai ser daora, uma socialzinha com os mais chegados.

— Vamos Liz, tu precisa muito conhecer a mulher do Cobra. — Maria Clara fala.

— Vou ter outras oportunidades de conhecer ela.

— Caralho, que mina chata.

— Atura ou surta.

— Cheia de marra também, né? — sorrio de lado. — Vou voltar pra boca, se tu quiser ir só colar junto com essa maluca ai. — da um tapa na Maria que resmunga.

Igor se afasta de nós assim que paramos em frente a casa da Maria, já podia sentir o cheirinho da comida da tia Vanda do portão o que fez minha boca salivar.

— Ô mãe, que cê tá fazendo aí em? — pergunta quando entramos na cozinha.

— Lasanha, você gosta Liz?

— Não brinca, minha comida preferida.

— Então senta aí, que logo eu vou servir pra vocês.

— Cheguei na hora certa em. — Pezin fala passando pela porta junto com o Igor.

— Tu não ia pra boca? — Maria pergunta para o Adamovich.

— Boatos que a tia Vanda ia fazer uma lasanha.

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