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LIZ DAMACENO.
Copacabana, Rio de Janeiro.

Igor mordisca meu lábio inferior e finaliza o beijo com um selinho longo. Ambos nos encaramos e sorrimos juntos.

— Isso é surreal.

— Isso o que? — pergunto.

— A forma como nossas bocas ainda se encaixam perfeitamente..

— Como se fossem feitas uma para a outra? — Igor assente enquanto sorria.

Ficamos nos encarando por alguns segundos até eu tomar a iniciativa e o puxar selando nossos lábios em um beijo calmo, sinto sua mão adentrar entre os meus cabelos e eu me arrepio toda quando Igor os puxa levemente.

— Preciso ir. — lhe dou um selinho.

— Faltar um dia da escola não mata. — beija a minha bochecha e em seguida desce com a boca para o meu pescoço.

— Tenho prova. — mordo os lábios.

— Faz outro dia. — beija meu pescoço me fazendo arfar.

— Igor.. — falo seu nome em tom de aviso. — É sério. — ergo seu rosto com as minhas mãos fazendo ele me encarar.

Adamovich revira os olhos e eu rio, selo nossos lábios mais uma vez, só que diferente dos outros dois beijos esse tinha mais intensidade e desejo, quando sinto sua mão apertar forte a minha cintura me dou conta do que realmente estou fazendo. Isso é errado, é completamente errado.

— A gente não pode. — me afasto dele. — Isso foi um erro, não era pra ter acontecido. — nego com a cabeça. — Abre a porta.

— Liz..

— Igor, abre a porra da porta. — peço desesperada e o ouço suspirar, enquanto destravava o carro, saio do veículo e fecho a porta logo em seguida, ando rapidamente até a escola.

— Até que enfim você voltou. — fala quando me aproximo dela.

— Eu beijei ele. — falo baixo.

— Não entendi, Liz.

— Igor e eu nos beijamos.. a gente se beijou, puta que pariu Maria. Adamovich e eu nos beijamos. — choramingo. — Me sinto um lixo, ele namora, ele ainda está com a Thaís. Isso é injusto com ela, eu.. eu.. — Maria me puxa para um abraço e eu me calo, envolvendo meus braços em volta do seu corpo.

— Você não é um lixo, Liz.

— Mas eu..

— O que rolou não te torna uma pessoa ruim amiga, acho que ambos estavam com essa vontade a muito tempo, a conexão que vocês têm é incrível e ao mesmo tempo surreal. Foi errado? Sim, mas o seu arrependimento por ele estar com outra pessoa já conta, isso só não pode se repetir, só quando ele ficar solteiro que creio eu que seja hoje mesmo.

— Consegui deixar a coisas mais complicadas do que já estavam, se a Thaís souber disso..

— Esquece ela, Liz.

— Não tem como caralho. — me solto dela a encarando aflita. — É a Thaís porra, ela surtou só porque o Igor me ajudou. Imagina se ela souber que eu beijei ele, eu tô fodida. — bufo.

— Liz..

— Não, vamos somente esquecer disso, tudo bem? Vamos encerrar esse assunto por aqui. — minha amiga assente.

Puta que me pariu, porque eu fui seguir a porra do meu coração?

Puta que me pariu, porque eu fui seguir a porra do meu coração?

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IGOR ADAMOVICH.
Vidigal, Rio de Janeiro.

Voltar pro Vidigal foi um porre, além de ter pegado um trânsito da porra e estar me arriscando pelas ruas do Rio de Janeiro, eu não parei de pensar um minuto se quer no beijo com a Liz. Porra.. parece que eu estou revivendo a cena na minha mente a cada segundo que passa, estou preso nesse momento e não consigo me soltar dele.

— Adamovich, porra. — Cobra da um tapa na minha cabeça.

— O que foi caralho? — falo sem paciência o encarando.

— Você porra, tá aí, todo avoado e nem prestou atenção no que eu falei.

— Avoado meu pau, lógico que eu prestei atenção.

— Ah é mermo? Então repete aí o que eu disse. — cruza os braços e eu reviro os olhos. — Que merda aconteceu tio?

— Liz e eu nos beijamos. — falo e ele me encara por alguns segundos antes de cair na gargalhada. — Coé, tá rindo do que?

— Você. — gargalha. — Você tá no mundo da lua porque beijou a morena? — ri mais ainda. — Aí eu tô passando mal. — recupera o fôlego e eu o encaro de cara fechada.

— Vai se foder, Cobra. — nego com a cabeça. — Não sei o que fazer mano.

— Ah fala sério Igor, óbvio que primeiro de tudo tu vai acabar com o que tem com a Thaís. — fala. — Agora.

— Ih qual foi?

— Qual foi nada parça, tu vai lá agora. Thaís pode ser uma chata, insuportável, mas mulher nenhuma merece passar por isso não, tu tava no erro então pra não errar novamente já acaba com esse lance que tu tem com a mina, tu nem gosta dela mermo.

— Thaís não vai aceitar.

— Você é o Adamovich, dono da porra toda. Então larga a mão de ser carente e vai logo terminar com ela caralho, tu sabe que só assim que vai rolar outro beijo com a Liz.

Respiro fundo e puxo meu celular que estava no bolso da minha bermuda, entro na minha conversa com a Thaís e mando algumas mensagens para ela.

Thaís

I: Tá onde? (16:00PM)

T: Em casa amor, por que? (16:00PM)

I: Tô indo aí trocar uma ideia contigo. (16:01PM)

T: Sobre o que? 🤔 (16:01PM)

I: Quando eu chegar aí, a gente conversa. (16:01PM)

— Boa sorte, não queria ser você. — zoa e eu lhe dou o dedo do meio.

Levanto da cadeira e saio da boca e vou em direção ao meu carro, adentro o veículo e dou partida seguindo com o mesmo até a minha casa.

(...)

Já faz uns dez minutos que estou aqui dentro do meu carro, parado com ele em frente a minha casa. Já fumei um beck todo só pra ver se me relaxava, tô ligado que a Thaís vai surtar pra um caralho comigo, mas chegou a hora de acabar de uma vez por todas com isso.

Saio do meu carro e travo o mesmo, guardo a chave no bolso da minha bermuda e vou andando lentamente até a entrada da casa, respiro fundo antes de passar pela porta da sala.

— Thaís. — a chamo pelo nome.

— No quarto. — grita do andar de cima.

Subo as escadas e vou até o nosso quarto, ou melhor, até o meu quarto. Quando passo pela porta do cômodo vejo a loira usando apenas uma lingerie vermelha, o que de fato não tem efeito nenhum sobre mim.

— Coloca uma roupa a gente precisa conversar. — peço e ela estreita os olhos para mim.

— Deixa a conversa pra depois, tô com saudade de você. — leva sua mão até a sua intimidade. — Vai falar que não me quer? Eu sei que quer me foder Adamovich, então para de marra e vamos transar logo. — afasta sua calcinha para o lado e começa se tocar.

— Caralho Thaís, eu tô mandando você se vestir porra. — aumento o tom de voz e ela para o que está fazendo.

Observo a loira levantar da cama e vestir seu pijama que estava ao seu lado, Thaís caminha até mim e para em minha frente de braços cruzados.

— Me fala o que é mais importante do que um sexo?

— O nosso término.

— Jura que.. pera, o nosso o que?

— Término, eu e você. — aponto para mim e depois para ela. — Não rola mais.

Só Por Uma Noite [M] ✓Donde viven las historias. Descúbrelo ahora