Só Por Uma Noite [M] ✓

20

IGOR ADAMOVICH.
Vidigal, Rio de Janeiro.

— Como assim nós dois não rola mais? Isso é algum tipo de pegadinha? Você está brincando comigo. — ri nervosa. — Para de graça, amor. — tenta tocar meu rosto mas eu desvio. — Adamovich..

— Eu não te amo e você não me ama.

— É claro que eu te amo vida. — sua voz sai falha. — Nós nos amamos, estamos juntos a tanto tempo, não sei porque você quer terminar comigo.

— Não Thaís, eu não te amo e você sabe disso. — nego com a cabeça.

— Por favor Igor, não me largue. — pula em cima de mim me abraçando com força. — Sei que tivemos vários desentendimentos nesses últimos dias, mas vamos superar isso.

Respiro fundo e me solto dela com delicadeza, Thaís me encara com os olhos marejados e eu sei que tudo isso é cena, ela não me ama.

— Não da mais Thaís e você sabe muito bem o porque.

— É por causa dela não é? — pergunta e eu fico em silêncio. — ANDA ADAMOVICH, RESPONDE. — estapeia meu peito. — TUDO ISSO É POR CAUSA DAQUELA PIRANHA DA LIZ, NÃO É? — grita novamente e eu mantenho a postura.

— Isso não tem nada haver com a Liz, tem haver com nós dois e o fato de que não vamos dar mais certo. — Thaís ri com deboche.

— Você acha mesmo que eu vou acreditar que nosso término não tem nada haver com aquela biscate? Desde que ela chegou você mudou, ficou estranho, distante, você por acaso teve um caso com ela? — nego com a cabeça. — Então me fala o porque você quer acabar com tudo o que temos? A gente se ama e..

— PORQUE NÃO EXISTE AMOR, THAÍS. — grito cortando a sua fala, Thaís se cala no mesmo instante e me encara assustada. — Para de querer se enganar, por favor. — suspiro. — Nós dois não nos amamos e você sabe muito bem disso.

— Eu te amo, você sabe que eu amo. Não acredito que você vai me trocar por uma garota de dezessete anos, sem experiência alguma, ela nem se quer deve saber te dar prazer.

E como sabe. — meu subconsciente grita.

— Já falei que isso não tem nada haver com a Liz, vou voltar pra boca. Pode pegar suas coisas e sair até a hora que voltar pra cá? — ela nega.

— Eu não vou embora, você está fazendo a escolha errada. Você me ama, só está confuso..

— Thaís, você vai sair daqui. Por favor, não complique as coisas, não quero ter que tomar atitudes diferentes para te tirar da minha casa. — falo simples e ela me encara negando com a cabeça.

— Terminar comigo é a pior escolha que você fez, na sua vida inteira. — arqueio a sobrancelha.

— Está me ameaçando? — ela da de ombros e eu a puxo pelo braço. — Escuta aqui Thaís, você sabe quem eu sou e sabe muito bem do que eu sou capaz, então acho bom você começar a pensar antes de tentar me ameaçar. Sabe que eu posso acabar com a sua vida em um piscar de olhos. — ela me encara sem esboçar reação alguma.

— Me solta, está me machucando. — solto ela com brutalidade. — Não foi uma ameaça, apenas quis dizer que vai se arrepender com a escolha que fez.

— Isso quem vai decidir sou eu, mas duvido muito que eu me arrependa. — pisco e me viro de costas para ela. — Não quero te ver aqui quando eu voltar. — falo antes de sair pela porta do quarto.

— IDIOTA, BABACA. — a ouço gritar antes que eu pudesse descer as escadas.

Eu a conheço muito bem, ela pode ter dito que não foi uma ameaça, mas eu sei que foi. Thaís não vai sossegar a partir de hoje, vai fazer da minha vida um inferno, mas nada que eu não consiga lidar.