17 - Capítulo 17

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- Mon amour ? - Se fez presentes a voz da minha mãe, tão doce, aconchegante e incrivelmente feliz.
- Mamãe? Onde estou? - Digo abrindo os olhos aos poucos, acostumando-me com a luz refletida das janelas, estou no meu quarto, após noto no momento em que olhei vários quadros com rosas vermelhas e fotos minhas vestidas de bailarina.
- Você está em casa filhinha - Olhando meu rosto de surpresa mamãe termina seu pensamento :
-Você perdeu a cabeça mon précieux, quebrou seu quarto inteiro na mansão dos Fortunnes, acabou entrando em coma após cortar próximo aos pulsos com um dos cacos de vidro, você sofreu tanto minha joia.
-Me perdoa mamãe. - Digo chorando e segurando suas mãos, ela logo retribui o carinho depositando um beijo na minha testa.

Saindo assim do quarto, tento adormecer mas logo alguém bate e mando entrar me surpreendo pois avisto Lorenzo.
- Olá grandiosa suicida - Diz em um tom brincalhão.
- Eu deveria ter cortado sua língua com meus dentes quando tive oportunidade. - Digo sorrindo, ele retribui dizendo:
- Não deu tempo de encontrar sua língua garota mas eu paguei muito caro por isso, droga, não gosto nem de pensar.
- O que ele fez com você? - Pergunto sem mostrar muito interesse e passo as mãos no meu pescoço sentindo na palma das mãos meu colar de rubi.
- Ele me deu isso de presente.

Lorenzo vira-se, levanta a camisa e mostra um corte enorme nas costas que atravessava do ombro até a cintura, fico boquiaberta e ele diz :
- Não se espante estou feliz por ter vida após este acontecimento, considero uma vitória, meus irmãos passaram semanas sumidos pois estavam cuidando de mim, também não olhei Picasso durante quase um mês, me recusava a ir na casa daquele filho da puta que me marcou por causa de uma buceta.

Inicio uma risada, carambas, não deveria mas não consigo evitar, ele me olha sentando no puff em formato de rosa e diz :
- Você é tão psicopata quanto ele a diferença é que tem esse rostinho de boa moça.
- Bom, a que devo a honra da sua visita ? - Digo após cessar o riso, ele me encara de forma desconfiada e exclama :
- Você precisa voltar garota, Picasso não para de derramar sangue, está descontrolado, só essa semana ele ceifou umas quinze vidas.
- Isso ele sempre fez. - Falo de forma bem compassada para que entenda que não há possibilidades de ser por minha causa, talvez esteja entediado com a Bella.

Sento na cama de frente para ele,  o mesmo trata de dizer para eu não me movimentar mas não me importo, entro no closet pego umas peças de roupa, saio e peço para Lorenzo dar-me uma bolsa de mão atrás dele, obedecendo, se depara com uma lingerie rosa e fica vermelho, logo digo :
- Quer que eu use para você? - Ele rapidamente responde :
- Não, obrigada, a última coisa que eu quero é perder a vida, sua chave de cadeia, você está levando essas coisas para onde?
- Para lavanderia, vamos lá.

Ele me olha de forma interrogativa, após, abro a porta e caminho até a lavanderia, chegando lá, digo a ele:
- Estou feliz porque você não perguntou o motivo de estarmos vindo até aqui, no meu quarto tem esculta e câmeras descobri no ano passado mas não me importava porém deixando de lado esse blábláblá, preciso que me diga de verdade o que está acontecendo, porque Picasso não me falou da tal noiva?
- Você realmente vai ao closet pegar roupas limpas para lavar ? Não tinha uma desculpa melhor?

Digo que tenho mania de limpeza e por esse motivo os seguranças por trás das câmeras não irão desconfiar ele faz sinal de positivo com a cabeça e no sentamos cada um em uma cadeira então Lorenzo começa a proferir tais palavras :
- Aleli, tudo começou há uns cinco anos, em um evento da Richesse nessa propriedade. Picasso nunca havia participado das festas do seu pai mas então resolveu se fazer presente porque a Bella não queria ficar em casa entediada só que a mesma tinha em mente um plano claro de deixar evidente para toda a alta sociedade Francesa que era a futura Senhora Fortunne.

Fico pensativa, Bella não se mostrou ser exibida mas também não deu tempo de avaliar da melhor forma, ele continua:
- Quando Picasso voltou para casa notamos que estava estranho com a Bella e a mesma se quer notou, ela só caminhou para seu quarto, sendo fútil como sempre, estávamos sentados no bar e ele começou a beber sem parar, nós o deixamos afinal não iria adiantar discuti algo contrário a sua vontade. Eu, Geovanni e Enrico ficamos apenas observando e após notar que Picasso não conseguiria ir até o quarto seguramos ele e uma foto caiu do seu terno , era uma foto de uma garota de aparentemente uns treze anos, com olhos azuis e cabelos loiros, você era linda Aleli.

- Quer dizer que não sou mais linda Lorenzo? Ele roubou uma foto minha, da minha casa? Porque? Ele não é pedofilo.

- No dia seguinte após ele acordar perguntamos quem era a garota da foto e ele disse que você era dele. Picasso estava agindo possessivamente com uma garota de treze anos o mesmo também disse que jamais te tocaria até atingir a maior idade, nunca imaginaríamos que isso iria se perduraria afinal ele estava com Bella apesar de tudo pareciam compatíveis mas agora você precisa voltar Aleli, ele vai se matar caso não esteja próximo a você. - Diz de uma maneira nada feliz e deixando-me um pequeno papel anotado um número de telefone, pego e após exclamo :
- Tá, ok, vamos sair daqui antes que possam me procurar e imaginarem que quero o irmão errado!
- E você quer ele ? - Diz assustado,  não sei porque toda a surpresa, não disse que não queria no último mês.

Saímos e cada um foi para seu lado, vejo a BMW preta saindo avisto pela janela do Castelo.
Bem, parece que preciso fazer uma visita a terra do Papá.

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CRIMINAL LOVE - LIVRO 1 - SÉRIE GUNS AND FLOWERS - REESCREVENDO Where stories live. Discover now