Fraternity •jjk+Pjm

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Nota: Jungkook até o segundo ano do colegial era Vice presidente do Grêmio. No terceiro ano (que é na época que a história se passa) ele subiu de cargo e se tornou Presidente. Por isso, dependendo da época narrada, vocês vão notar eu me referindo a ele desses dois modos.

Boa leitura!

2 anos antes. Segundo semestre do primeiro ano do colegial.

Jimin não queria associar o engomadinho a toda a melhora em sua vida, mas era impossível. Desde que o garoto de olhos grandes atravessou seu caminho, as coisas se ajeitaram.

E por isso agora Park não tirava seus olhos dele. Era patético o fato de sentir seu coração disparar, sua mão suar e seu sangue ferver, sempre quando Jeon estava na arquibancada, assistindo-o jogar. No começo pensou que era uma genuína gratidão, mas não deixou de cogitar outras possibilidades, mesmo que em segredo.

Já Taehyung não sabia de nada, Jimin nunca o contou o motivo de Jungkook ter o ajudado, e parecia querer fugir sempre que o vice-presidente aparecia. Por isso ele não deu muita importância para o assunto, e nem percebeu os olhares que vez ou outra Park lançava para Jeon.

Jimin contaria tudo que fosse importante para ele, não é? Não tinha com o que se preocupar.

— Você está olhando para ele de novo. — Minhyuk diz bem pertinho da orelha de Park, fazendo o mesmo saltar com a interação inesperada.

— Credo Min. Quase me matou!

Minhyuk era o receptor do time, ele era gentil e amável com Jimin. Os dois se deram bem de cara, e sempre que Taehyung faltava — o que era frequente— faziam companhia um ao outro. Além disso, ele era o único que sabia do certo interesse de Jimin por Jeon, desde que viu o mais baixo suspirando pelo outro entre as prateleiras da biblioteca.

— Se está assustado é porque está devendo. — provocou, e Jimin revirou os olhos, já prevendo onde o assunto iria chegar. — Qual é Jimin, não é errado estar gostando de alguém, e eu não te julgo, ele é Jeon Jungkook!

— Eu não gosto dele, ok? Eu só sou grato. — Jimin respondeu afobado, não queria que o amigo continuasse insistindo no assunto. — É só que, eu nunca agradeci. Talvez ele me ache um ingrato.

Minhyuk sabia bem que tipo de gratidão era. A mesma que sentia por Jimin, pelo visto.

— Então vá agradecer.

Jimin queria muito ir, mas sempre que tinha oportunidade Taehyung estava por perto, e o amigo não sabia de nada sobre a história. Ele deveria contar, é claro, mas teria que explicar também o motivo da ajuda de Jungkook, ou seja, contar que vivia em uma situação péssima com o irmão.

E Taehyung tentaria ajudar. Ofereceria dinheiro, e perguntaria sobre os hematomas que o tio deixava em seu braço sempre que chegava bêbado.

Muita merda em que Jimin não queria envolver o amigo.

— Você acha que eu devo ir? — Jimin perguntou receoso, direcionando o olhar ao de cabelos rosados.

Minhyuk queria dizer que não, assim como desejava em segredo que o moreno não olhasse para Jeon daquela forma. Mas não era uma decisão sua, então só acenou positivamente, incentivando o mesmo a ir.

Jimin se levantou vagarosamente, deu alguns passos até parar no meio do caminho, apavorado. Ele não era do tipo que tomava atitudes e puxava assuntos. Até porque não tinha muito tempo para se preocupar com coisas assim. Mas era difícil ignorar o quanto Jungkook mexeu com sua cabeça desde a primeira vez que o viu. Jeon era um garoto determinado, estava sempre à frente dos projetos, era um ativista nato, além de ter a liderança estampada em sua maneira de ser. E Jimin admirava isso. Como o garoto podia ser tão focado em seus objetivos e ao mesmo tempo tão humano?