Fraternity •jjk+Pjm

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Boa Leitura!

—Pai? — Jungkook chamou, assim que pôs os pés para dentro da mansão. 

Depois de experimentar uma das melhores  — se não a melhor — sensação de sua vida, o moreno deixou Jimin aos cuidados de Yeri e foi ao encontro do Jeon mais velho. Não por vontade própria, é claro, já que se fosse por ele, eles passariam a tarde toda da mesma forma que estavam minutos atrás. Grudados, abraçados, sentindo o calor um do outro. 

Meloso. Diría Yoongi. Mas bom, era de se esperar, já que o amigo nunca abraçava alguém por mais de trinta segundos, e ainda sim, não eram todos os que tinham o privilégio.

Ele havia esperado muito tempo, tempo demais ousava dizer, por qualquer sinal de reciprocidade da parte de Jimin, e agora que experimentou como era ter o loirinho nos braços, estava radiante.

 E um pouco viciado, talvez. 

Céus! Havia sido o melhor beijo de toda sua vida. E não por que Jimin era um expert no assunto, pelo contrário, o garoto era completamente inexperiente. Mas tinha algo que nenhuma outra pessoa poderia oferecer.

Era Jimin, e ninguém conseguia se encaixar tão bem em Jungkook como Park Jimin. 

 — Pai? — ele tornou a chamar, um pouco mais alto dessa vez, e logo avistou Sunhee aparecer por entre os corredores. 

— Ele está no escritório. 

A mulher avisou, dando um sorriso comedido, não esperando um minuto sequer antes de agarrar um cesto com lençóis e se dirigir até o quarto principal. 

— Sunhee! Por favor, peça que Jimin entre e tome um banho, ele está ensopado — Ele pediu, e a mulher apenas confirmou com um movimento sutil de cabeça. — Obrigado. 

Jungkook seguiu pela escadaria até chegar no terceiro andar. Ele abriu a porta de vidro para adentrar o lugar e seguiu reto até a última porta do imenso corredor. 

— Meu garoto! — A voz suave e rouca adentrou seus ouvidos, trazendo uma familiaridade que há meses o moreno não experimentava. — Entre! 

Jungkook atendeu o pedido, adentrando o cômodo e fechando a porta atrás de si. Seus olhos seguiram até a imagem do homem sentado na cadeira no fim da sala, logo atrás de uma mesa de madeira maciça e envernizada. 

Seu pai ainda parecia o mesmo, cabelos negros com alguns fios grisalhos, olhos complacentes e um sorriso gentil e juvenil.

Jeon Seohyun não se permitiria envelhecer tão rápido, de fato. 

— O que está fazendo aqui? — Jungkook perguntou, de um jeito que saiu mais ríspido do que ele esperava. — Quero dizer, por que o senhor voltou? 

— Tinha alguns assuntos para resolver. E bom, acho que não preciso de motivos para ver meu filho, não é? 

É claro que não, mas deve lhe faltar alguns, já que quase nunca aparece.  Jungkook sentiu as palavras quase escaparem. 

— O senhor não avisou…

— Ora, e eu preciso avisar que estou vindo para minha própria casa? — Jeon arqueou as sobrancelhas, mas logo sorriu largamente. — Estou brincando, não pretendo ficar muito tempo nesta casa, mesmo que permaneça na cidade. 

— Mas por quê? 

— Bom, eu terei muitas reuniões e jantares, e você vive tão tranquilamente aqui, não quero atrapalhá-lo  — ele deu de ombros, se acomodando na cadeira de couro. — Além disso, meu apartamento está fechado há meses, não comprei para deixar de enfeite.