Fraternity •jjk+Pjm

10.

Eu sei que eu demorei, mas para compensar veio ai 10k pra vocês 🥺

Boa Leitura!

Jimin sentia sua cabeça latejar. O loirinho praguejava baixinho enquanto a professora falava mais e mais sobre a história de seu país. Não que o loiro não se interessasse em como seus antepassados conseguiram a independência, ele só não ligava para aquilo naquele momento. 

E porquê? Bom, talvez o motivo fosse Jeon Jungkook e sua falta de habilidade em dar satisfações. 

Jimin sabia que não poderia exigi-las, e claro, compreendia que Jungkook não era obrigado a falar sobre sua vida. Mas o fato do moreno tê-lo tocado daquela forma no dia anterior e praticamente sumido sem nem dar um sinal pela manhã, deixava o loiro um pouco incomodado. 

Preocupado seria a palavra, isto claro, se ele admitisse se importar. 

Jungkook não foi para a escola. Quando Jimin desceu para o café o presidente já não estava em casa, e quando o loiro questionou Sunhee, a mulher foi clara em dizer que aquele era um assunto pessoal. 

Foi aí que milhares de suposições tomaram conta da mente barulhenta do baixinho. Jungkook sentiu-se rejeitado? Magoado? Chateado? 

Bom, Jimin sabia que as palavras trocadas no carpete daquele sótão não foram de fato uma declaração, mas significavam alguma coisa, não é? 

Atração talvez? 

E o beijo na bochecha que Jimin ofereceu poderia também ter sido  compreendido de várias formas, e Jungkook talvez tenha entendido da pior. 

Era tudo tão confuso. 

— Parece ter fumaça saindo da sua cabeça, o que aconteceu?  — Taehyung perguntou baixinho, tentando ao máximo não ser pego pela senhora carrancuda que escrevia no quadro. 

— Pensando em como eu vou arranjar tempo para lidar com uma apresentação, escola e agora um grêmio. — mentiu parcialmente, já que isso também era uma preocupação. 

— Você não tem compaixão pelas crianças órfãs? —  o azulado forçou um biquinho, tentando não levar a culpa por aquilo. 

— Ah, acredite, eu realmente sinto muito pelas crianças órfãs. Mas se você não se lembra, eu também sou uma, e agora no caso, uma criança órfã e desempregada.  

— Viu, agora você vai ter tempo, não tem mais um emprego! 

— Não, Taehyung. Antes eu não tinha tempo por ter um trabalho, agora eu vou ter menos ainda porque preciso procurar por um! — o loiro bufou, fechando o livro assim que o sinal tocou. 

— Foi mal, ok? Eu fiz merda. — Taehyung suspirou, puxando Jimin para fora da sala. — Mas se ajuda, eu posso te dar minha mesada, eu nem uso mesmo. 

Ah, o loiro queria chorar de frustração. 

— Eu não quero seu dinheiro,Tae! — segurou a mão do amigo. — Mas obrigado por oferecer. 

— Você é orgulhoso demais, que horror. 

— Pelo menos o meu orgulho eu preciso manter, não é. — sorriu, puxando Taehyung pelos corredores. 

Em um dia normal eles esbarrariam em Jungkook, que estaria com a o rosto grudado em algum livro, distraído demais para notar qualquer coisa, com exceção de Jimin, ele sempre notava Jimin. 

Mas hoje em especial, o moreno não deixou rastro algum. 

— Olhe, eles não estão na biblioteca hoje. — Taehyung apontou para a mesa no centro do refeitório, ocupada pelo trio de amigos. — Deveríamos ir lá falar alguma coisa?