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Boa Leitura!

Eu não o odeio. Era a constatação que o loiro fazia toda vez que via Jungkook perambulando pelos corredores daquela mansão.

Ele não o odiava, e Jungkook não era insuportável, mesmo com as piscadelas imorais, as provocações constantes, e todos os apelidos irritantes. Nada, absolutamente nada, fazia com que Jimin o odiasse.

E isso era uma tortura para o coraçãozinho marrento do loiro.

Mas então como ele nomearia esse sentimento confuso? Sempre foi cômodo dizer que todo aquele incômodo, e aperto no peito que sentia quando o moreno aparecia em seu campo de visão, não passava de raiva, rancor, e até mesmo ódio.

Um gratuito e genuíno ódio.

Jimin preferia mil vezes acreditar que era um sujeito amargurado que por birra tinha escolhido alguém para desprezar, até mesmo aceitou que poderia ser uma daquelas pessoas rancorosas e vingativas que destilam todo tipo de veneno por aí.

Era mais fácil, mais simples que de fato admitir que tudo aquilo era, no fim das contas, magoá, e até mesmo medo da rejeição.

Ele foi desconsiderado. Sua primeira paixonite tinha o rejeitado completamente e corrido para os braços de seu melhor amigo.

E o loiro sentia-se patético por ainda sentir toda a dor de uma coisa que parecia tão boba e pequena, perto dos incontáveis problemas que tinha.

Ele era um adolscente órfão, sem onde morar, com uma tia adicta e problemática para fugir e um irmão caçula e desastrado para cuidar.

E para completar sua vida, estava desempregado. Seu chefe tinha o ligado logo cedo, dizendo que um sobrinho de outra cidade iria trabalhar no lugar do loiro naquele mês, e que era impossível o homem conseguir pagar por dois salários. Então, como sempre, Jimin foi chutado para escanteio, deixado de lado como a droga de algo descartável.

E mesmo com tudo isso, com todas essas dificuldades, no momento, assim como nos últimos dias, a única coisa que o loirinho conseguia pensar era naquele garoto o qual agora brigava pelo leite todas as manhãs.

Sim, faziam exatos quatro dias que morava na mansão, e desde o primeiro, Jungkook mostrou que não facilitaria para o menor.

O moreno era educado, cativante e gentil, porém ao contrário do que Jimin pensava, nada retraído, e muito menos delicado, como fez parecer durante os anos em que se conheciam.

Jungkook sempre estava rindo com aquela risada de bebê, contando piadas e soltando provocações. Jimin, Jihyun, e nem mesmo Sunhee escapavam das afrontas do moreno.

Todos sabiam que não passava de brincadeiras, principalmente Jihyun, que agora via Jungkook como sua nova pessoa favorita, deixando o irmão completamente enciumado.

Parecia até mesmo maldição de família, cair nas graças de um Jeon narigudo.

Mas mesmo com todas as tentativas de Jungkook em chamar a atenção do loirinho, Jimin nem mesmo o olhava por mais que meio segundo, ou dizia algo, só abria a boca para respondê-lo, e mesmo assim não passava de duas ou três palavras.

Desde do ocorrido onde o loiro acidentalmente viu o tronco nu do presidente, as coisas ficaram desconfortavelmente estranhas, isso porque o mais baixo não conseguia parar de pensar na imagem, que parecia incrivelmente bela aos seus olhos.

Estava irritado por parecer um adolescente cheio de hormônios — o que de fato era — e toda vez que olhava para Jungkook, imaginava o quão macia aquele pedaço de pele poderia ser, e quão cheirosa também. E o medo de perder o controle e pedir para tocar era real.

Fraternity •jjk+PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora