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Enjoada
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Me senti enjoada na volta pra casa, porém tentei fingir que estava bem, enquanto conversava sobre coisas aleatórias com Jaebum durante o percurso inteiro.

Quando chegamos, após meia hora no trânsito infernal, cumprimentei Terê brevemente e subi as escadas, rumo ao meu quarto, prestes a vomitar.

Talvez fosse coisa da minha cabeça, mas eu sentia os olhos do segurança me analisarem durante o caminho, como se quisesse dizer algo.

E não ousei comentar nada sobre tal mal estar, pois tinha ciência que o ato significaria conversar outra vez sobre a gravidez.

E de forma alguma era isso.

Trancando a porta, corri para o banheiro, na esperança de colocar para fora o que possivelmente havia me feito mal, porém não saiu nada, mesmo o incômodo persistindo. E me mantive ali durante alguns minutos, até desistir e decidir tomar um banho gelado.

A água descia pelo meu corpo, forte e precisa, como uma massagem mais que necessária.

Meu único desejo, no entanto, era que não limpasse apenas o corpo, como todas as dores e mágoas. Como os meus pensamentos conturbados.

Haviam tantas coisas para se resolver. Tantas coisas para se colocar um fim decisivo.

- Mesmo assim... preciso ao menos falar com ela - disse a mim mesma, finalmente saindo do box.

Prestes a atravessar o banheiro, entretanto, parei, encarando-me no espelho embaçado frente a pia de mármore branca.

Meu cabelo bagunçado, os olhos cansados e o corpo nu, coberto  apenas um roupão entreaberto.

Inconscientemente, encarei minha barriga, passando a mão por ela e respirando profundamente.

Uma criança. Apenas a ideia de isso talvez ser real me assustava pra caramba.

Conseguia facilmente me imaginar sendo a tia preferida que tomava conta dos filhos dos amigos quando necessário, mas nunca, em hipótese alguma, ser a mãe dos meus próprios filhos. E era engraçado.

Suspirando, apaguei o pensamento da mente e fechei o roupão de uma vez,  sentando-me na cama após pegar meu celular e as cartas escondidas atrás do travesseiro.

Quando fui vencida noite passada  pelo cansaço e as mãos carinhosas de Jaebum acariciando o meu cabelo, temi a possibilidade do segurança as encontrar. Por sorte, não aconteceu.

Todos os envelopes permaneciam aqui, até mesmo os abertos. Alguns mais amassados que outros, porém inteiros.

Mantendo a ordem, peguei a próxima carta de 2018.

E abrindo-a, comecei a lê-la também.

"Seu falso pai está fazendo um bom trabalho escondendo isso de você. É uma pena que proteção demais nunca seja o suficiente. Acha que ele te amava, Nalu? O garoto morto? Vá um pouco mais a fundo e escave os segredos. Se não for tarde demais, descobrirá algo. Se morrer antes disso, bem, eu tentei. Assuma a responsabilidade dos seus atos."

New security ❄ Im JaebumOnde as histórias ganham vida. Descobre agora