3

4.4K 473 121
                                    

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°

Você quer dançar um pouco?

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•

Assim que Scarlet estacionou seu carro na parte de cima do jardim da casa de Mark, onde havia mais uns dois carros lá, fui a primeira a descer e soltar um gritinho animada.

Eu amava festas. Amava dançar despreocupadamente e apenas aproveitar os momentos. Pena que eu não conseguisse fazer isso frequentemente, por conta da vida corrida que eu tinha.

Quando não estava em reuniões com meu pai, ou indo a lugares beneficentes e coisas do tipo, eu simplesmente dormia, ou aproveitava o restante do tempo livre para me aprofundar no piano e nas minhas pinturas.

Festas para mim eram importantes sim, mas nunca superavam o toque suave do piano, ou as primeiras pinceladas de tinta num belo quadro branco, prontinho para ser usado.

- Tá felizona por que? - Jackson perguntou de repente. Ele me encarou com um sorriso ladino e cruzou seus braços. Parecia um pouco curioso.

- Não posso mais sorrir por motivos bobos? - tentei me desviar de sua pergunta.

Subitamente, a imagem do meu novo segurança havia aparecido em minha mente, me fazendo rir.

Que tipo de pessoa era ele? Deixar a garota que precisa proteger ir para uma festa... Mesmo que eu tivesse dito para ele deixar de ser chato e me liberar, ainda era estranho. Principalmente ele ser o tipo de pessoa que não desistia fácil.

- Você nunca sorri por motivos bobos, Nalu. Na verdade, você está sempre tão estressada e reclamona, que quando sorri, todos nós ficamos surpresos. - ele disse, erguendo uma sobrancelha. - Por acaso tá felizona assim porque irá ver Mark?

- Não viaja, Jackson. Todos nós sabemos que Mark é afim de Scarlet, e não de mim. - disse, revirando os olhos.

Dá última vez que o vizinho de Scarlet havia dado uma festa, ela não havia comparecido, pois estava estudando para uma prova. Então, frustado e bêbado, Mark Tuan acabou indo na casa dela e dito seus reais sentimentos.

Por sorte, no dia seguinte, Mark falou que não se recordava de nada que havia feito.

O que era bom, pois se lembrasse, certamente iria se sentir o pior babaca dos tempos.

"Ninguém merece recusar alguém duas vezes." Scarlet havia dito para mim no telefone, um dia após o acontecimento. "Ninguém merece quebrar o coração de alguém duas vezes".

De certa forma, ela estava certa. Gostar de alguém era algo intenso demais, para se fazer a pessoa passar por um momento ruim mais de uma vez. Além disso, Mark não era um babaca. Ele era legal. Engraçado, até. E o único motivo dela não ter aceitado seu sentimentos, foi porque já gostava de outra pessoa.

- Uma pena ela já ter um namorado. Um belo, amável e responsável namorado. - Jinyoung disse, entrelaçando sua não a de Scarlet.

Soltei uma gargalhada. Jinyoung sempre dizia que não era um cara ciumento, mas sabíamos que isso era apenas fachada. No fundo, ele apenas se esforçava para fazer Scarlet feliz. Mesmo que isso significasse estar na festa de seu "adversário".

- Bom, querido casal de pombinhos apaixonado, e... Jackson. - comecei a falar, olhando para as minhas três pessoas favoritas e irritantes da vida. - Sei que vão sentir minha falta, mas irei aproveitar a festa.

Me despedi deles, saindo do gramado da entrada e indo em direção a porta, que se abriu, antes mesmo de eu ser capaz de bater.

Me assustei quando uma garota de cabelo rosa me puxou pelo braço e sorriu.

Sorri de volta, murmurando um "que atitude selvagem, gostei.", e ela riu, se despedindo de mim e indo para qualquer outro lugar da festa.

Sem pensar duas vezes, olhei ao redor da sala, num objetivo de encontrar saber onde as bebidas alcoólicas se encontravam.

Embora eu não fosse muito fã de beber, queria me divertir bastante hoje. Afinal, com as eleições se aproximando cada vez mais, quando eu seria possível de ir a uma festa novamente? Quando estivesse com meus noventa anos? Eu não queria isso.

- Se eu fosse você, pegaria aquele ali. - uma voz bastante conhecida por mim, disse ao meu lado.

Olhei em sua direção, observando seus olhos castanhos me fitarem de cima a baixo, tranquilamente.

Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios, e sem pensar duas vezes, eu retribui.

- Já faz um tempo que não nos vemos, Yugyeom. - disse, voltando minha atenção as bebidas. - Qual você me sugeriu mesmo?

- Bom, quando a filha do prefeito te chama de babaca e manda você desaparecer de sua vida, meio que é natural que não nos encontrássemos mais. - ele disse, soltando uma pequena risada. - Ah, pega aquele ali perto dos copos de plástico. Você gosta de bebidas fortes, não é? Aquela é a melhor. - ele me entregou um copo de plástico, e agradeci.

Kim Yugyeom era filho de um dos melhores amigos de papai e, as vezes, quando estávamos no tédio em meio às reuniões que éramos obrigados a ir, nós aproveitavamos o encontro paga dar uns "pegas". E olhe, que pegas!

- Eu estava bêbada. - revirei meus olhos, enchendo o copo vermelho com o líquido desconhecido que Yugyeom havia me indicado. - Além disso, você foi embora sem ao menos avisar.

- Meio que não se pode avisar algo que você sequer sabe que irá acontecer. - ele fez uma pequena careta, colocando um pouco de bebida no copo que estava a segurar. O barulho da música estava alto, e as pessoas dançavam loucamente ao nosso redor.

- Seu pai não deveria ter feito aquilo. - informei.

Mesmo o pai de Yugyeom tendo o feito viajar para Inglaterra num objetivo de fazê-lo ter mais conhecimento e experiência, ainda era errado. Yugyeom não desejava aquilo. Ele desejava estudar na Coréia, se forma em pedagogia e ser um ótimo professor.

Sei disso, pois conversávamos sobre nosso futuro as vezes, quando nos sentíamos vazios e quebrados. Quando a insuficiência atingia nossos ossos.

- Você quer dançar um pouco? - ele perguntou, mudando de assunto.

- E quando eu recuso uma bela de uma dança? - perguntei, sorrindo.

New security ❄ Im JaebumWhere stories live. Discover now