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O motivo

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Após Mark ter me falado que não estava mais com meu celular, tudo o que consegui me sentir foi uma baita de uma idiota. Eu havia me dado ao trabalho de comparecer até a boate, conversado com ele, tentado, inutilmente, convencê-lo de que era uma pessoa boa, para no final, ele simplesmente me dizer que não se encontrava mais com ele. Para no final, eu ter descoberto que tinha sido ridiculamente enganada. Fala sério, isso era o cúmulo.

- Agora está confirmado, sou uma idiota. - disse, olhando para frente. Uma figura máscula e bem mais alta que eu estava parada em frente ao portão da minha casa, quando sai do táxi e comecei a caminhar entre a forte ventania da madrugada e o barulho de árvores chacoalhando sem parar.

Tinha voltado para boate após meu querido "amigo" ter se mandando e bebido mais alguns copos daquele líquido forte que Wiley havia me oferecido, na esperança de me esquecer um pouco das coisas.

Antes, ao menos, eu tinha noção de onde estava meu celular. Mas agora? Bem, agora tornava-se impossível acha-lo.

- É incrível o modo como você nunca me escuta. - meu segurança disse, após eu finalmente parar de caminhar em sua frente. Seus olhos nada satisfeitos por conta da minha atitude e seus braços cruzados me  causaram calafrios; No entanto, ao invés de me deixar abalar, apenas permaneci encarando seus olhos como se nada de errado tivesse acontecido. - Aonde diabos você estava? - perguntou, me encarando cima a baixo.

Hoje estava fazendo mais frio que o normal, e meu segurança notou isso, pois suspirando, ele retirou o paletó preto que usava, e colocou em minhas costas, numa tentativa de me aquecer, mesmo que pouco.

- Dando uma volta. - comentei, sem muita animação. Não queria contar sobre Mark, e sabia perfeitamente que iria levar uma bronca, assim como também sabia que nada que eu falasse, seria desculpa o suficiente para impedir isso.

- Ah, que ótimo. - ele murmurou, nada satisfeito com minha resposta. - Então você apenas resolveu que queria dar uma volta sozinha e sequer avisou ao seu pai ou seu segurança sobre isso. Sabe o quão preocupado eu fiquei quando voltei e não vi que você estava em casa? Graças a Deus que seu pai já estava dormindo quando cheguei e fui até o seu quarto. Caso contrário, essa casa já estaria de cabeça para baixo e com alguns pescoços cortados.

Imaginar a revolução feita por meu pai realmente me fez querer rir. Principalmente porque papai não era do tipo que surtava por coisa boba e obviamente, meu segurança estava exagerando. Entretanto, eu apenas tentei me manter o mais séria possível.

- Você está exagerando. - falei, cruzando os braços.

- Sério mesmo? - erguendo uma sobrancelha e soltando um pequeno sorriso ladino, ele perguntou. - Sério mesmo que você acha que isso é um exagero? Se coloque no lugar do seu pai, Nalu. Imagine que você tenha algo muito importante na sua vida, e essa coisa de repente desaparece, sem ao menos dizer nada. Imagine que enquanto você pensa que essa coisa está em um lugar, salva e intocável, na verdade ela não está lá. Na verdade, tudo o que tem lá é apenas o vazio e varias suposições de como aquela coisa desapareceu. Como você se sentiria em relação a isso? O que você faria, em relação a isso?

Era nítido a forma como ele estava com raiva, embora, eu notasse que fosse só isso. Meu segurança estava estranho. Um pouco inquieto, até. Como se precisasse fazer algo importante, mas não tivesse a coragem para tal ato.

New security ❄ Im JaebumWo Geschichten leben. Entdecke jetzt