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Achamos vocês

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Prometi ir a festa que aconteceria hoje, mas não consegui. A possibilidade de sair de casa era estranha demais para mim e muito provavelmente, meu segurança não fosse deixar. Então apenas decidi ficar em casa.

Um pequeno envelope de cor vinho destacava-se no meio dos lençóis brancos e um tanto bagunçados da cama quando adentrei no quarto e caminhei em direção ao mesmo.

Pegando-o, fiquei um pouco receosa entre abri-lo ou não, até notar que na lateral, meu nome havia sido escrito minuciosamente em um tom preto brilhante. Era estranho.

Eu não estava acostumada a receber cartas com frequência, ainda mais em outro país. No entanto, supus que fosse uma carta escrita por Cleo, uma vez que não teve tempo de se despedir corretamente de mim.

Mordendo o lábio inferior, a abri rapidamente enquanto uma pequena parcela de alegria crescia em meu interior. No início, não tive coragem de me aproximar dela e até entrar em sua casa parecia difícil. Sufocante. 

Mas nada havia mudado entre nós. E ela ainda era uma pessoa maravilhosa, apesar das dores internas.

Quando retirei o papel sem graça de dentro, entretanto, as palavras escritas naquele pequeno espaço em branco não eram de Cleo. Nem mesmo do papai ou qualquer pessoa que eu reconhecia. 

Abruptamente, joguei a carta no chão enquanto sentia minhas forças irem completamente embora e com isso, o desespero crescer.

Não podia ser. Não mesmo. Que merda!

- É apenas um trote - falei, apoiando-me na cama. Me sentia um pouco tonta e sabia que não era pelo álcool consumido na praia. Quem dera fosse. - É apenas a droga de um trote - eu repeti outra vez.

Passando a mão por meu cabelo, respirei fundo algumas vezes, enquanto observava o envelope caído no chão, inerte. Pronto para ser pisado ou rasgado, até mesmo queimado, mas não esquecido.

"Preparada para perder mais uma pessoa querida? O jogo apenas começou, querida Nalu. E você é o grande centro de tudo." É o que está escrito.

Mesmo que eu desejasse muito acreditar na possibilidade de ser verdadeiramente um trote, a ideia de perder outra pessoa importante na minha vida era torturante e insuportavelmente dolorosa.

Eu não conseguiria mais ser capaz de suportar. Não outra vez.

Ouvi batidas fracas vindas da porta enquanto me encontrava pensativa e observei-a. Limpando minhas poucas lágrimas com as costas das mãos, estava prestes a dizer que meu segurança poderia entrar, quando o mesmo adentrou o quarto sem permissão alguma. Sua expressão séria, demonstrando que ele definitivamente não parecia bem.

Jaebum fechou a porta antes de ser capaz de dizer qualquer palavra e, levando seu dedo indicador aos lábios, pediu que eu fizesse silêncio.

Foi nesse momento que notei o sangue escorrendo na lateral do seu queixo e pingando no tapete macio e claro do chão. Foi nesse momento que notei o cabelo bagunçado um pouco molhado, a camisa social branca desabotoada e com resquícios do sangue, a falta da gravata e terno preto...

Era possível que tivesse vestido essas roupas de forma tão rápida, que sequer notou ou teve tempo para combiná-las e arrumá-las. Mas estava bonito.

New security ❄ Im JaebumOnde as histórias ganham vida. Descobre agora