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Não está comigo

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- Você é um péssimo mentiroso. - eu disse, após nos sentarmos em uma mesa um pouco distante.

- Sobre o que está falando? - me encarando de forma desentendida, ele tentou conter um sorriso.

- Você não estava me procurando, né? Na verdade, você possivelmente já tinha me visto desde quando eu entrei. - falei, neutra.

- Não se ache tanto.

- Não seja um mentiroso tão ruim.

- Não é que eu seja um péssimo mentiroso, você apenas viu meu "eu" verdadeira e não consegue mais assimilar com o antigo. - ele disse, sem se importar muito. - Bem, já que não acreditar em mim mesmo, é, confesso que já tinha visto você desde que chegou. Desculpe atrapalhar o momento quase família feliz de vocês três, querida Nalu. Era só que eu não conseguia mais ficar observando-a  tão longe de mim e senti que precisava fazer algo.

- Seus sentidos devem estar péssimos então. Caso contrário, você saberia que tudo o que eu quero de você é distância.

- Ah, claro, distância... - sorrindo, ele chamou um dos atendentes da boate, depositou um pouco de vinho branco em minha taça e logo em seguida, na sua. - Quer tanta distância de mim, que está aqui, bem na minha frente, me fazendo companhia.

- Você sabe que não vim por você, mas sim por meu celular. - falei, estendendo minha mão. - E já que enfim estou aqui, me devolva logo.

Agindo de forma tranquila, Mark retirou de seu bolso um celular preto e estendeu-o em minha direção. Era o meu celular. Sem exitar, tentei pega-lo. Entretanto, não consegui, pois antes mesmo de ser capaz de alcançar sua mão, o mesmo a levou novamente para o bolso, guardando o telefone lá.

- Não achou que seria tão fácil assim, achou? - ele bebeu um gole do vinho branco. - O quão ingênua você consegue ser, Nalu? Se eu quisesse matar você, certamente já teria conseguido fazer isso.

- Mas não quer. É por isso que ao invés de marcar um encontro em qualquer outro lugar desconhecido e estranho, você escolheu aqui. Foi o primeiro lugar que saímos juntos. Ou vai me dizer que esqueceu isso?

Sem deixar o sorriso sair de seus lábios, Mark ajeitou-se na cadeira, apoiou seus cotovelos na mesa e aproximou seu rosto do meu.

- Por acaso se esqueceu do acontecido de alguns dias atrás? - ele disse. Seus olhos encarando os meus, enquanto a suave fragrância de seu perfume invadia minhas narinas, me deixando um pouco em transe. Apenas um pouco. - Não me subestime, eu já disse. Você não me conhece. Não sabe do que sou ou não capaz de fazer.

Não recuei ao ouvir suas palavras. Ao invés disso, apenas disse:

- Devolva o meu celular, eu quero ir embora.

- Eu devolvo. Claro que devolvo. Porém, com uma condição. - ele encostou suas costas na cadeira novamente e cruzou os braços. - Eu quero você. Devolvo seu celular e a foto da sua mãe, mas em troca, eu quero você.

New security ❄ Im JaebumWhere stories live. Discover now