27

3.1K 348 12
                                    

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•

Três passos

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•

Quando estamos assustados, temos tendências a inventar desculpas ou contratempos para evitarmos aquela coisa. O motivo de nosso medo. No entanto, o que esquecemos, é que se não encararmos o problema, ele nunca será capaz de sair de nossa vida verdadeiramente. Ao invés disso, ele estará sempre lá, nos assombrando. Colocando em nossa cabeça todos os motivos para fracassar. Todos os nossos motivos para entrar em pânico e correr.

Três passos. Tudo o que eu precisava naquele momento era de três míseros passos, para entrar de uma vez na enorme mansão da minha tia. Para enfim vê-la, e conseguir constatar se meus medos eram apenas frutos da minha mente, ou se realmente haviam motivos para tal pensamento.

- Por que estão demorando tanto para abrir uma porta? - de braços cruzados e olhos semicerrados, por conta do sol que vinha em nossa direção, meu pai perguntou.

Embora soasse refrescante morar em uma casa enorme, com vista de frente para praia e diversão sempre que quisesse, não era agradável estar quase fritando no sol.

- Toca à campainha de novo, talvez não tenham escutado. - falei, olhando ao redor. Senti um vento forte e gélido passar por mim, me fazendo sorrir um pouco, pois o calor, de alguma forma, tinha diminuído.

- Acho que não estão em casa. - ele falou, me encarando.

- Impossível. Sabiam que nós vínhamos, então por qual motivo iriam sair de repente? - perguntei, andando até a porta.

Estava prestes a bater, quando a mesma foi aberta e um homem de aparentes quase quarenta anos, alto, de olhos verdes e forte perguntou, em inglês, enquanto segurava um gatinho preto recém nascido como se fosse seu filho:

- Quem são vocês? - juntando as sobrancelhas em uma dúvida notável, ele encarou papai, seguido por meu segurança, e por último, eu. Ao me ver, suas sobrancelhas levantaram-se rapidamente, e quando pensei que ele estava prestes a nos mandar ir embora, o cara altão disse, em minha direção: - Eu conheço você. Deixe-me ver... Annaly? Annalu? Não, espera, Nalu? Isso, Nalu! Você é a sobrinha da Cleo, não é?

Um pouco surpresa com aquele seu reconhecimento, acenei, tentando ser educada. Era impressão minha ou tia Cleo tinha se apaixonado por um malucão?

- Sim, essa sou eu. E você, quem é?

- Matteo. Eu sou o Matteo, futuro marido da sua tia. - respondeu, sorrindo. - Bem, entrem logo, caso contrário, irão fritar aí fora. - ele afastou-se um pouco, dando espaço para que nos entrássemos.

- Tarde demais para isso. - escutei o segurança murmurar baixinho, e soltei um pequeno sorriso.

- Onde está Cleo? - perguntei, ao entrarmos.

Do lado de dentro, a casa era ainda mais linda. Com móveis em tons de marrom claro e um estilo meio industrial, era impossível não se apaixonar pela decoração. Fora isso, também haviam as enormes janelas de vidro, que nos davam a vista para o mar sempre que quiséssemos.

- Cleo foi tomar um banho no mar. Ela volta em alguns minutos, eu acho. Desejavam alguma coisa? Uma água, suco, bebida alcoólica? - perguntou Matteo, sentando-se no sofá. Ele ainda segurava o gatinho, e agora, estava acariciando sua cabecinha.

New security ❄ Im JaebumWhere stories live. Discover now