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Hospital

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Não teve muita coisa no café da manhã. Fora as latinhas de suco, tudo o que comemos foram alguns recheados ainda não vencidos e um sorvete de morango, que não era necessariamente um café da manhã, mas estava delicioso.

Saímos do esconderijo as exatas onze horas da manhã e paramos somente num posto de gasolina, onde onde o segurança comprou alguns salgadinhos, uma jaqueta de couro e uma camiseta de cor rosa escrita "pink as my dreams" para mim, uma vez que o avião era gelado e eu provavelmente iria morrer de frio se usasse somente aquelas roupas a viagem toda. Ainda eram as mesmas do casamento. O mesmo vestido azul.

- Obrigada - agradeci, enquanto ele adentrava o carro.

- Não conseguiria me sentir bem sabendo que você estaria com frio no avião - ele murmurou, dando partida. - E me senti um pouco culpado por não ter uma roupa adequada pra você enquanto estávamos no depósito.

- Na verdade, isso até que é bom - disse, sorrindo para ele.

- Não ter nenhuma roupa para você?

- Não ter nenhuma roupa feminina.

- Se está se perguntando, e aposto que está, nenhuma garota entrou lá antes. Aquele era meu lugar secreto. Você é a primeira, Nalu. E a única - ele disse, me encarando.

Quis brincar com este comentário, mas não era capaz. Porque Jaebum falava sério sobre isso, eu realmente podia sentir. E porque quando adentrei naquele local, tão pequeno, belo e íntimo, senti realmente como se nenhuma outra pessoa além do próprio segurança um dia já o frequentou. Talvez esse fosse o único a estar lá. O único ao saber dali. E agora eu. Agora nós.

Sorrindo, encostei minha cabeça no banco, enquanto ele voltava a encarar a estrada outra vez e simplesmente apaguei. Não tanto pelo cansaço físico, mas sim mental.

Por sorte, não fomos seguidos durante o longo percurso e agradeci ao céus por isso. Já estava cansada de tanta adrenalina e só desejava embarcar de uma vez para que enfim pudesse estar novamente em minha cama macia e em segurança.

Ao chegarmos no aeroporto, descobrimos que haviam duas últimas passagens disponíveis com o destino a Coreia do sul, entretanto, não eram uma ao lado da outra.

A possibilidade de ir afastada do meu segurança, diferente da vinda, me incomodou um pouco. Mas não havia nada que eu fosse capaz de fazer e o importante era voltar para casa o mais rápido possível. Por isso, apenas compramos nossas passagens e esperamos o horário do embarque. E mesmo sem conseguir entender como diabos ele foi capaz de fazer tal ato sem minha identidade, não contestei. Suborno. Pessoas facilmente faziam as coisas por suborno.

Enjoei um pouco no percurso, mas por sorte não vomitei. E fora essas minhas ânsias de vômito provocadas pela falta do remédio e solidão, tudo foi normal. Ainda bem.

Pegamos um táxi para casa e assim que a porta se abriu, logo após sermos recepcionados pelos seguranças que rondavam a mansão, avistei, ao passar pela sala, uma das pessoas que realmente deixavam meus dias alegres. Era Terê.

Com um enorme sorriso nos lábios, corri em sua direção e dei-lhe um abraço apertado, sentindo-a retribuir também. Estava realmente surpresa ao me ver.

- Quase morri de saudades! - falei, afastando-me dela, ainda sorrindo.

- Querida... eu não sabia que voltava hoje - falou, espantada.

New security ❄ Im JaebumOnde as histórias ganham vida. Descobre agora