Kate ― Trilogia Walker

Capítulo Seis: Thomas

* Olá, como está sendo o domingo de vocês? O meu um pouco ocupado, estou trabalhando nesse projetinho aqui e mais outro. Espero que vcs estejam gostando da história desses meus bebês.  Hoje tem até presentinho 🙈🤭.  Uma boa leitura!*

Assim que saí do trabalho fui direto para casa e estranhei não ver minha prima naquele horário, dificilmente ela saia no dia de semana. Eu precisava tomar um ar e o convite de Dexter chegou em boa hora para irmos ao Belle. Entrar na força inimiga não era o que chamava de animador.

Desci as escadas após apagar as luzes e trancar a porta do apartamento, e tive uma visão em primeira mão da pequena briga do Senhor Larry e a esposa da semana, a mesma senhora mais baixa e gordinha ralhava com o marido e batia nele com uma espécie de rolo de massa. Eu parei no pé da escada achando tudo uma graça. Larry assim que me viu sorriu culpado e a sua mulher não parecia envergonhada. Era mais comum do que se imagina, com esse casal por perto nunca existiu um dia chato.

― Doutor! ― A senhora me cumprimentou com dois beijinhos na bochecha e tratou de arrumar seu avental florido amarrotado. ― Já está de saída?

― Sim, Debbie.

― Vai sair para galinhar ― Senhor Larry assobiou em aprovação. A sua mulher lhe lançou um olhar de canto de olho e levantou seu rolo de massa na tentativa de ameaçar o seu Larry, o mesmo no instante que viu se encolheu na cadeira. Aquilo era como assinar a televisão à cabo de graça.

― Quase isso Larry. Debbie seja mais boazinha, sabe que sua pressão pode subir de novo.

Ela sorriu satisfeita com meu comentário.

― Se eu passar mal, temos um doutor aqui por perto para me salvar ― Ela diz fazendo uma careta ao marido.

― Tá bom ― Eu disse rindo. ― Vou indo. Larry, tente não irritar sua mulher!

― Doutor ― Debbie interrompeu minha saída e acrescentou ― , eu fiz um bolo de chocolate, vou deixar com sua prima.

― Obrigado Debbie ― Eu disse abraçando a senhora. Ela como sempre fica toda feliz com afeto e se derretia toda. Seu marido apenas se aproveitou da oportunidade para salvar sua revista inadequada da lixeira. E levantou seu polegar agradecendo pela ajuda.

Sim, não era a primeira vez que ele aproveitava da minha bondade.

Saí de perto antes que começassem a brigar e eu arrumasse uma desculpa para assistir. Nunca perdia a graça, apesar da atitude do seu Larry ele amava sua esposa, Debbie simplesmente era o tipo de mulher que você vivia com emoção. Não existia uma única pessoa no prédio que não gostasse do casal inusitado. Já tentaram me empurrar para a filha deles, mas no final descobriram que a moça era lésbica.

Peguei um táxi que passava, pois não iria dirigir hoje e pretendia beber todas, era sexta e estava liberado, mesmo que eu vá trabalhar no final de semana. Aproveitei que estava no carro e mandei mensagem para April avisando que sai, a minha priminha tinha o hábito de ficar muito preocupada com minhas frequentes saídas noturnas e recebo a resposta de April comunicando que sairá com suas amigas para dançar. Ela não precisava saber que me encontraria com Dexter, se não apareceria lá e isso ficaria feio pro seu lado.

Eu entrei já cuidando as mulheres no bar, mas eu sentia que recentemente nenhuma delas fosse tão interessante como antes. Isso não impedia de flertar conforme procurava meu amigo pelo arredor. Eu logo o achei conversando com Barney no bar e tive que respirar fundo antes de seguir até Dexter. Bati em seu ombro em cumprimento.

― Demorou ― Ele diz simplesmente. Eu dou de ombros e peço uma cerveja para Barney. O homem não estava com as melhores caras. E Susi assim que me viu também não parecia feliz.