Kate ― Trilogia Walker

Capítulo Vinte e Seis: Thomas

Olá, meus amores, tudo tranquilo? Capítulo novo, ebaaa! Acho q n vou conseguir terminar a história esse ano, estou atolada de trabalho da facul, mas vamos manter a fé, uma hora a gente chega lá^^, boa leitura e não me matem,  juro inocência hueheuhe. 

Meu celular tocou, quase dei um pulo na cama, ao meu lado Kate soltou um resmungo, e tive que me desvencilhar dela para o pegar antes que pudesse incomodar o seu doce sono, era incomodo, mas talvez fosse do hospital. Kate custou para me soltar e resmungou outra vez quando o meu calor corporal deixou o seu, porém virou para o lado, agarrando seu travesseiro. Não identifiquei o número, então saí da cama para atender fora do seu quarto, só nós dois dentro do seu apartamento então aquilo facilitava.

―Quem é? ― Perguntei ao segurar um bocejo.

―Filho.. ― A voz meio grogue me chamou. O reconhecimento me deixou com raiva, era Daisy, franzi a testa confuso, nós dois nunca tivemos sequer trocado números na vida antes. ― Me desculpa por ser uma péssima mã.... ―Um soluço interrompeu sua fala. Não consegui dizer nada, simplesmente minha mente permaneceu branca. 

―Thomas? ― Ela me chamou, não demorou muito e pude detectar o motivo da sua ligação nesse horário, algo que nunca foi do seu feitio, o culpado, o famoso álcool.

―É um pouco tarde para ficar bebendo ―Disse por fim, meu tom de voz não podia deixar de lado a frieza destacada. ―São três horas da manhã, Daisy.

―Eu nunca vou escutar da sua boca a palavra mãe? ―Indagou e sua voz se abafou na linha, confesso que não era um homem de ferro e senti um leve aperto no peito e algumas escassas lembranças subitamente passaram pelos meus olhos.

―É melhor parar de beber e descansar ―Aconselhei trocando o celular de orelha. 

―Nãã.. ― Ela se pôs a tossir violentamente. Dessa vez a preocupação surgiu. Eu sabia que Daisy devia estar fora de si, seus filhos não a queriam por perto e entrou com um novo pedido de divórcio, boa da cabeça com certeza essa mulher não estava. 

―Thomas... Apenas escute...por favor, meu filho.

Ela falava entre intervalos. Soltei um longo suspiro e assenti por mais que ela não estivesse vendo.

―Me perdoe, por favor. Se eu pudesse voltar... Trocaria todo sucesso do mundo para ter você ao meu lado... Eu fui tão burra! Achava que o sucesso traria mais felicidades e não pensei em ... Meu amado filho.. Devia ter ouvido mais Abby, minha ganância roubou tudo de mim... Inclusive você, Thomy...

Apertei os olhos quando escutei o apelido carinhoso que antes Daisy costumava me chamar. Quando ela insistia em cantar uma musiquinha mesmo com sua voz desafinada porque tinha medo de dormir sozinho.

 "Bons sonhos, meu Thomy".. 

Por anos eu odiava a simples menção do seu nome por ter me abandonado e na minha cabeça não havia justificativas, custava ter me levado junto? Sua voz inundada de emoções, como se compartilhasse do meu pensamento, começou a cantar fraco, me mantive paralisado e minhas pernas tremulavam de leve, desconcertado, me sentei no chão mesmo em total hipnose. 

―Eu sei que existem marcas aí dentro.. ―Daysi prosseguiu quando a melodia cessou, e foi impossível não ouvir seu choro desenfreado, temia até que a mulher tivesse um treco. ― Mas, eu queria poder recomeçar... Não sei se ainda está me escutando...Perdoe a mamãe.

E a ligação caiu. Mesmo sabendo desse detalhe continuei com meu celular grudado na orelha por longos segundos. Até que senti um toque suave nas minhas costas, só virei e abracei a loirinha e se tinha algo que acalmasse os ânimos, era seu doce cheiro. Kate me abraçou acariciando meus cabelos. Não falamos nada entre nós dois, encostei minha cabeça em sua barriga e a minha loirinha me ajudou a levantar. Kate sabia o turbilhão de emoções dentro de mim. E sem nem perceber, fiquei assustado ao notar as lágrimas que para mim eram estranhas molharem a camisola da Kate, foi então que seu aperto ficou mais firme.