Capítulo Dezoito: Thomas

30 6 75
                                    

*Hello! Como vocês vão? Estou animada com essa nova fase da história hahaha, enfim pessoas lindas e curiosas, uma boa leitura e vejo vocês nas notas finais, uma boa leitura!^^*

― Aquela não é a sua mãe? ― Perguntou Miguel do meu lado. Um colega nosso assistia uma entrevista no seu celular sem se importar de utilizar os prezados fones de ouvido. Eu sai de perto do Miguel e bati no ombro do residente pronto para o repreender, já estava começando a me sentir incomodado e a simples menção dela fez com que a quase escassa paciência se esgotasse. Eu não queria ouvir sobre a vida perfeita da minha mãe biológica.

― Use os seus fones. ― Eu falei sinalizando com as mãos aos ouvidos, o residente se assustou e quase deixou seu celular cair no chão, por sorte ele o agarrou como se sua vida dependesse daquilo.

― Se ele usar a gente não vai poder escutar também ― Uma garota que estava ao seu lado retrucou.

― Isso não importa, ninguém é obrigado a ouvir as besteiras que essa mulher diz ― Argumentei irritado. Ela se surpreendeu com meu súbito ataque mal humorado, visto que eu sempre fui conhecido como alguém que dificilmente perdia sua calma. O residente rapidamente tateou os bolsos à procura de um fone, nada disposto a contrariar meu comando.

― Assim você vai longe! ― O felicito voltando para o lado de Miguel. Nós dois estávamos no meio do escasso intervalo e viemos juntos para uma das salas de descanso e tudo que não precisava era ouvir a entrevista de Daisy, ou pior a sua irritante voz. Digamos que Daisy vive muito bem com seu quinto marido rico e uma grande escritora reconhecida por escrever excelentes livros de ficção.

― O seu pai não vai mais te incomodar? ― Miguel me questionava enquanto mordia sua barra de chocolate, uma vez ou outra jogava olhares na porta sempre atento para esconder caso a smurfette invadisse nosso espaço, pois sabia que ela comeria boa parte da sua barra senão toda, mesmo contra a sua vontade. Para sua sorte, ainda não vimos Melody hoje.

― Já depositei algum dinheiro. ― O contei, aquele maldito sempre conseguia tudo que queria comigo. ― Acredito que não vá me procurar tão cedo pelos próximos dois meses.

― E aquela loira de antes? ― Miguel inquiriu e fez uma expressão engraçada como se estivesse fazendo força para lembrar de algo. ― A....Kate? ― Completou ele ao estalar os dedos.

Meu amigo havia conhecido brevemente Kate no bar e manifestado um pouco sua curiosidade, e olha que Miguel sempre foi na dele até porque ele ou nenhum outro amigo meu me viu apaixonado, na verdade pensar em mim desse jeito me causava um divertimento sem igual.

― Ainda não sei.. ― Eu disse e foi inevitável um sorrisinho brincou nos meus lábios, eu me sentia um menino travesso. ― Estou ansioso para vê-la de novo.

Miguel me fitou intrigado, ele reconhece que Kate é a primeira mulher a me causar tal efeito. Mas agora que já confessei meus sentimentos eu só preciso a convencer de que daríamos certos juntos. Só esperava que pudesse trocar mais palavras amigáveis como aquela noite que pude ver outro lado mais sensível dela, um que ela raramente mostrava e que me fisgou completamente, eu simplesmente não pretendia deixá-la escapar das minhas vistas.

E depois tivemos que voltar correndo para a emergência, pois um grande acidente de caminhão ocasionou em muitas vítimas. Por isso, lá era muito raro você ter um bom descanso. Tive que correr para uma cirurgia com uma criança de apenas dez anos que estava desacordada. Ela e sua mãe foram atropeladas, contudo a única sobrevivente era a frágil menina que faria de tudo para salvar, situações como essas eram tão recorrentes, mas a gente nunca se acostumava.

― Thomas? ― Chamou minha irmã invadindo meu quarto sem nem bater. Eu cheguei não faz muito e me joguei na cama exausto. Só precisava de alguns minutinhos em paz, porém a capeta da minha irmã nem sabe o que essa palavra significava.

Kate ―  Trilogia WalkerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora