Capítulo Dezenove: "Para sempre e quase sempre".

1K 36 18
                                    

(N/A: também conhecido como último capítulo, mas calma! Ainda tem o epílogo).

- Oi, baby – Doug disse sorrindo de forma hesitante e recebeu em resposta uma exclamação assustada e viu uma garrafa indo ao chão, espalhando água para todo lado, mas antes que ele tivesse qualquer reação foi praticamente atacado pelos braços de Elena ao redor de seu pescoço e não perdeu tempo em envolver seus próprios na cintura da garota, que ficou nas pontas dos pés e o apertou mais ainda quando disse sofrido contra os cabelos dela – Oi, meu amor.
- Você tá aqui, você tá aqui – ela repetia como num mantra com o rosto enterrado contra o pescoço de Dougie, completamente inebriada pelo cheiro dele, pelo calor de seu corpo. Ele estreitou mais os braços e ela entendeu o que ele queria, tomou impulsou e cruzou as pernas ao redor da cintura do rapaz, que deu dois passos para dentro do apartamento e chutou levemente a porta para fecha-la. Elena pareceu despertar com o barulho e se afastou o suficiente para encara-lo, segurou o rosto de Dougie com ambas as mãos, acariciou suas bochechas coradas de sol com os polegares e disse com a voz embargada – Oi, baby.
- Você não faz ideia de como senti sua falta... Falta da Penelope... Eu tô doido pra encher aquela maluquinha de beijos – ele sorriu largo e Elena achou que fosse explodir de amor.
- Você não precisava nem falar que sentiu minha falta, só de falar da Penny eu me apaixono de novo, de novo e de novo – moveu as mãos para a nuca dele, encostou suas testas e ficaram se encarando por alguns instantes – Ela vai pirar quando acordar e te encontrar aqui.
- Dá até vontade de acorda-la agora – ele disse devagar, respirando fundo o ar compartilhado com Len – Mas sei que não vai dormir de jeito nenhum depois, então vou me aguentar por algumas horas.
- Você estará aqui de manhã... Você tá aqui – ela repetiu sussurrando ao fechar os olhos e passar seu nariz de levinho pelo dele enquanto mexia nos fios de cabelos de sua nuca, mais compridos do que estava acostumada.
- Eu tô aqui, Len, não vou a lugar nenhum, não sem você, nunca mais – Doug repetiu as mesmas palavras que ela uma vez lhe havia dito há cerca de um ano - Eu tô aqui.
- Eu tô com medo de te beijar e acordar – confessou baixinho, ainda de olhos fechados e ele riu fraco – É sério, depois de tudo que o Nick disse, agora ter você aqui, assim... Só pode ser um sonho.
- Não é um sonho, baby, meus braços começando a tremer provam que isso aqui é bem real – dessa vez ele riu com gosto e foi acompanhado por Elena – Mas eu não quero te soltar...
- Vamos pra cama – ela decidiu e ele se afastou com uma sobrancelha arqueada, logo ganhando um tapa no ombro, causando mais risos – Seu tarado.
- Len, eu estava há quase cento e noventa dias sem você... Não te beijei ainda porque sei que quando começar, não vou parar tão cedo.
- Vamos pra cama – ela repetiu sem rir e roçou seus narizes de novo, porém deixando seus lábios encostarem por um instante, o que resultou num suspirou por parte dela e um grunhido quase de dor vindo da garganta de Dougie.
- A gente precisa secar essa água do chão, e se a pequenininha acordar antes da gente e escorregar aqui?
- Deixa isso ai, vai secar sozinho até ela acordar. Só preciso trancar a porta – ele a ajustou no colo e se aproximou mais da porta, o suficiente para Elena virar a chave na fechadura e testar a maçaneta – Pronto, vamos.
- É muito estranho eu ter sentido falta até do cheiro do seu apartamento? – ela negou com a cabeça – Tem cheiro de lar.
- A gente pode ir pra qualquer casa que terá cheiro de lar, contanto que estejamos nós três juntos – Len disse tentando ficar séria, mas logo riu acompanhada por Doug – Que piegas! Mas o pior é que é verdade.
- É mesmo – concordou ainda rindo ao entrarem no quarto e ele colocar a garota sentada na cama de casal – A gente tem tanta sorte da Penn ter sono pesado, estamos muito barulhentos.
- Eita, falando em sono, preciso pegar o baby monitor lá na sala.
- Eu busco, fica ai – Doug se inclinou para segurar o rosto dela com as duas mãos e estalar um selinho rápido em seus lábios, arrancando um gritinho risonho dela e então saiu. Minutos se passaram e ele não voltou, o que Elena achou estranho e foi procura-lo, mas nem precisou sair do próprio quarto para ver a porta do de Penny aberta, ao parar no batente viu mais uma das cenas que ficaria gravada em seu coração para sempre: Dougie ajoelhado ao lado da cama da filha, com o rosto apoiado no travesseiro cor de rosa alinhado ao de Penn, que dormia de bruços e tinha uma das mãozinhas esticada em direção ao rapaz, que a segurava e fazia carinho com o polegar.
- Ei – disse baixinho e ele levantou a cabeça para encara-la com os olhos marejados – Ah, meu amor.
- Parece que finalmente meu coração voltou a bater depois de meses – confessou baixinho ao voltar o olhar para Penn, tomar sua mãozinha entre suas duas e aproximar o rosto para beijar seus dedinhos e sussurrar – O papai voltou, princesa... O papai tá aqui.
- Doug – Elena disse de forma quase inaudível ao ouvir a palavra em português e esperou mais alguns minutos só observando seus dois amores juntos de novo. Dougie beijou a palma da mãozinha de Penny, então a colocou debaixo do edredom e se inclinou para depositar um beijo demorado em sua cabecinha e acariciar seus cabelos, somente então pegou o baby monitor do carpete, levantou do chão e foi em direção a Len, que o puxou para um abraço apertado por alguns instantes e então se afastou o suficiente para perguntar – O que foi aquele 'papai' em português?
- Nicholas e eu entramos num acordo de que cada um precisaria ser chamado de uma forma diferente, pra não confundir a cabecinha dela – aproveitando que ela o abraçava pela cintura, Doug segurou o rosto da garota com uma das mãos, a outra ainda segurando o aparelho que mostrava em tempo real o quarto de Penelope, e encostou suas testas para se olharem de perto – Então eu serei o papai e ele o daddy.
- Que universo alternativo é esse em que eu fui parar onde você me dá uma informação dessas nessa tranquilidade e ainda chama o Nick de Nicholas? E parando pra pensar, ele te chamou de Dougie!
- Outra parte do acordo, baby, vamos tentar melhorar nossa relação pelo bem da nossa filha – sorriu fraco ao ver a reação de Elena ao final de sua frase.
- Nossa o que? – pediu baixinho e fechou os olhos em expectativa.
- Nossa filha – ele repetiu e deu um selinho de leve em seus lábios – Com aval do Nicholas e tudo... A Penny também é minha filha.
- Meu Deus, como eu te amo, Poynter – declarou com o coração disparado ao ficar nas pontas dos pés e abraça-lo mais apertado pela cintura e assim juntar seus lábios novamente num selinho longo, que foi seguido por vários rápidos e estalados – Agora vamos sair daqui, por mais que ela durma feito uma pedrinha a gente já tá brincando com a sorte.
- Ainda tem alguma roupa minha aqui? – ele questionou ao entrarem no quarto, tirando os tênis enquanto fechava a porta – Ou você já deu tudo pra caridade?
- Até parece, eu não mexi em nada na sua parte do guarda-roupa – ela foi até o móvel e abriu a porta para confirmar o que tinha dito – Nunca nem passou pela minha cabeça tirar qualquer peça daqui... Ainda mais que eu vivia pegando alguma delas pra sentir seu cheiro.
- Eu levei o jacaré de pelúcia comigo pra L.A e comprei um perfume igual ao seu pra passar quando ficava fraco – devolveu a confissão e ambos riram – Nós somos dois apaixonadinhos ridículos mesmo depois de tantos anos, né?
- Ô se somos! – ainda sorrindo conversaram sobre coisas bobas enquanto se preparavam para dormir, Dougie então deitou na cama e suspirou alto ao abrir os braços para a namorada – Como pode eu ficar emocionada de te ver me chamando assim? Acho que chorei tanto nos últimos tempos que vou secar as lágrimas pelos próximos dez anos.
- Você se acha durona, mas é uma chorona, meu amor – respondeu querendo rir e se esticou para puxa-la pela mão – Vem pra cá logo.
- Desidratada, tô falando – disse rindo e logo fungando, o que fez Doug rir alto e envolve-la num abraço de urso e cobri-los com o edredom. A garota se aninhou nos braços dele, escondendo o rosto contra seu pescoço e passando uma perna por cima de seu quadril para então resmungar – Não vou sair daqui nunca mais.
- Ah então vou buscar a Penelope e vamos morar nós três aqui, assim pra sempre, numa bolha – ele a abraçou mais apertado e beijou sua cabeça repetidas vezes.
- Seu novo melhor amigo Nicholas não vai gostar nada disso – comentou ainda com o rosto contra a pele quente dele, causando mais risos – E qual foi da pegadinha dele acabar de sair daqui, ai o Barrow falar que ele voltou e chegar você? Você tem a entrada liberada.
- Eu cheguei de L.A. hoje à tarde e fui direto conversar com ele, quando me disse da decisão da guarda compartilhada e que viria falar com você, eu vim junto e esperei lá embaixo até ele descer e me contar da sua reação – Elena se afastou o suficiente para conseguir olha-lo – Foi ideia do Barrow anunciar a subida do Nicholas, para você estar esperando alguém chegar, pra não te matar do coração.
- Ele é um fofo – reagiu e Doug sorriu concordando.
- Ele me disse que você estava muito triste sem mim e que não via a hora da família mais simpática do condomínio se reunir.
- Eu não fazia mais questão de disfarçar o quanto estava sofrendo com a ideia de perder e minha filha e estar sem você – ele estreitou os braços ao redor da namorada e beijou sua testa – Agora vai ser difícil disfarçar o quão feliz eu estou, de evitar gritar por ai que minha menininha não vai a lugar nenhum e que eu sou a fã sortuda que vai passar o resto da vida com o Dougie Poynter do McFly... Essa ultima parte é brincadeira.
- Brincadeira por quê? Nós vamos assumir nosso relacionamento pro mundo, baby, assumir nossa família, inclusive esse é outro ponto já alinhado com o Hoult, por ele a mídia não saberia da Penelope, mas ele disse que entende que a gente não queira mais se esconder.
- Gente, como eu tô amando essa parceria de vocês, que benção, meu Deus! – ela o abraçou apertado de novo e beijou o pescoço dele repetidas vezes, logo o mordeu grunhindo de forma brincalhona – Ah eu não tô acreditando! Isso aqui é minha vida mesmo? Todos meus medos e problemas resolvidos, meu amor de volta, minha neném tendo dois pais maravilhosos... Ah eu tô tão feliz!
- Você merece ser feliz, meu amor, nós merecemos – Dougie se moveu o necessário para ficar com seu corpo sobre o de Elena, apoiado pelos cotovelos e o rosto pairando sobre o dela, a encarando por alguns instantes em silêncio, ambos tentando manter a expressão neutra, mas logo explodindo em risadas – A sua estranheza combina tanto com a minha.
- Quem diria que o amor da minha vida seria o baixista inglês branquelo que minha mãe chamava de gótico porque não lembrava a palavra emo – eles riram mais ainda e Doug deu um selinho de leve nos lábios de Len.
- Minha sogra querida pode me chamar do que ela quiser, afinal foi ela quem me deu dois dos meus maiores presentes da vida e consequentemente o terceiro – Elena franziu a testa e ele passou seu nariz pelo dela antes de continuar – Ela colocou você no mundo, ela te deixou vir pra Inglaterra e ela te apoiou em ter a Penelope mesmo no meio da loucura que foi aquela época.
- Puxa saco – ela tentou se conter mas acabou soltando o comentário em meio a uma gargalhada.
- É verdade, sua mãe é incrível e eu vejo muito dela em você – ele também ria – E não preciso nem dizer que a Penelope é uma mini Elena, né?
- Sabe o que eu ouvi minha mãe falando com meu pai pelo telefone esses dias? – ele arqueou em expectativa – Que a Penny é uma mistura linda de nós dois.
- Sério? – o brilho de orgulho paternal era inegável nos olhos de Doug, o que fez com que Len o puxasse pela cintura para compartilhar outro selinho rápido e concordar – Acho que esse é um dos maiores elogios que já recebi na vida.
- Eu vejo muito de você nela, principalmente a tranquilidade, coisa que ela obviamente não puxou de mim – ambos riram novamente – Quando eu deixava os pensamentos ruins tomarem conta de mim, algo que me confortava em imaginar minha vida a partir daqui sem você era de ter um pedacinho seu na Penny pra sempre, ela não te conheceu por quatro anos mas absorveu tanto da sua essência em apenas dois anos, é impressionante.
- Vou te parafrasear agora, ok? Meu coração tá parecendo inchar de tanto amor por vocês duas.
- Você tem noção do quanto eu amo você? – ela segurou o rosto de Doug com as duas mãos e o trouxe para mais perto, roçando seus narizes ao sussurrar – Eu amo você, Dougie Poynter, seu idiota.
- Casa comigo? – ele devolveu num sopro e ela puxou o ar numa exclamação.
- Doug?!
- Não é nada pra agora, não temos que apressar as coisas, mas eu preciso saber se você quer, um dia, casar comigo. Aceita?
- Doug... – ainda segurando o rosto dele em suas mãos ela mordeu o lábio e respirou fundo antes de responder – É claro que eu aceito, baby.
- Por Deus – ele soltou a respiração que estava segurando e ambos riram – Você ainda vai acabar comigo – cada palavra foi pontuada por um beijo estalado nos lábios da garota - Eu amo tanto você, Len, tanto, tanto – repetiu aos sussurros mais algumas vezes antes de aprofundar o beijo e apertar mais seu corpo contra o dela, que correspondeu o acomodando entre suas pernas e o abraçando pelo pescoço – Eu te amo, eu te amo – Doug moveu os lábios para o pescoço de Elena intercalando beijos e sussurros ao passo que suas respirações ficaram mais pesadas e suas roupas foram descartadas ao chão, seus toques mais intensos e os corpos sendo cobertos por uma fina camada de suor, a saudade e o deslumbramento em relembrar os locais e movimentos que davam prazer ao outro, as palavras sussurradas que arrancavam gemidos, a mútua ajuda na colocação da camisinha, seguida da ansiada reunião e novas confissões de amor durante longos minutos, a paixão crescendo de forma exponencial levando Doug a acelerar os movimentos de forma errática e atingir o clímax, mas sem perder o ritmo e usar anos de conhecimento do corpo de Elena para ler e guia-la até um orgasmo choramingado de forma abafada contra o peito dele.

Ficaram entre beijos, conversas, carinhos e risadas durante o que restava da madrugada, até decidirem levantar, tomar banho e colocarem outros pijamas ao nascer do sol. 
Len terminava de trocar a roupa de cama quando Doug voltou ao quarto com Penny dormindo em seu colo.
- Ela tá tão grande – comentou baixinho ao beijar os cabelos da criança – Ainda bem que puxou esse traço do Hoult, vai poder andar de montanha russa antes dos quinze anos, diferente da mãe.
- Você é um idiota, sabia? – Elena devolveu o comentário revirando os olhos enquanto ele colocava a pequena na cama de casal e deitava em um dos lados, fazendo sinal para a namorada se acomodar logo do outro, ela assim o fez os cobrindo com o edredom. Aproximou-se da filha e afastou a franjinha de seu rosto corado – Amorzinho, acorda... Oi, filha, vamos acordar?
- Não – a criança resmungou e Dougie riu da cópia matinal ranzinza de Len.
- Ah, mas tem alguém aqui pra te ver – ela continuou a persuasão falando baixinho e acariciando as bochechas da filha.
- Não – reclamou de novo e virou de costas para a mãe, ficando de frente para Doug, que tinha a definição de amor nos olhos ao colocar uma mechinha de cabelo atrás da orelha dela.
- Princesa? – chamou e esperou antes de tentar de novo, um pouco mais alto e então ver os grandes olhos azuis da menininha se abrirem aos poucos – Gatinha.
- Tio Doug? – sussurrou, incerta ao esfregar a mão, que tinha as pequenas unhas pintadas de roxo brilhante, pelo rostinho.
- Sou eu, meu amor, bom dia – a voz dele falhou levemente, mas o suficiente para Elena perceber e sorrir largo, sem atrapalhar o momento.
- Tio Doug, você voltou? – Penny questionou rouca de sono e Doug viu sua expressão mudar quando lágrimas encheram os olhos da criança, que se jogou em cima dele chorando alto.
- Ô minha princesa, não chora, você sabe que parte meu coração – ele a abraçou e mexeu no emaranhado de cabelos negros da pequena – É pra sorrir, gatinha.
- Mas eu tava com muita saudade – ela disse a palavra em português e Doug sorriu para Len por entender – Muita, muita.
- Eu também estava com muita saudade de você, meu amor – ele sentou na cama para conseguir se afastar o suficiente para encarar a menininha em seu colo e limpar as lágrimas que caiam de seus olhos azuis sempre tão expressivos – Oi, gatinha, como você está?
- Tô bem, tô bem – ela sorriu chorosa e espontaneamente se aproximou e beijou a ponta do nariz do rapaz – Tudo bem com você, tio?
- Melhor agora, princesa, tão melhor agora – ele sorriu e começou a fazer cócegas em Penny, logo partindo pros beijos e gargalhadas, sendo assistidos maravilhados por Elena que filmava toda a cena com o celular. Depois de longos minutos de algazarra entre os dois, Doug deixou a pequena respirar e a deitou entre ele e Elena ao comentar – Penelope, sabe de uma coisa? Eu tava conversando com o seu daddy e...
- Você é amigo do meu daddy Nick agora? – ela interrompeu assustada.
- Eu sou! E ele me pediu pra te perguntar uma coisa – ele olhou Elena antes de continuar e ela acenou levemente – Você acharia legal ter dois pais?
- Dois pais, como assim? – a criança virou para a mãe que já tinha os olhos marejados e apontou para Doug que aguardava para explicar.
- É, dois pais... Você sabe que seu daddy mora longe, né? Aí, eu e ele estávamos pensando que seria legal você ter um pai aqui com você todos os dias...
- Você também vai ser meu daddy? – perguntou direto e os adultos riram da impaciência da pequena.
- Daddy você só tem um e é o Nick... Mas o que acha do tio Doug ser seu papai?
- Eu... – Penny parou para pensar e então virou para a mãe, questionando com os olhos o que não sabia colocar em palavras.
- É só se você quiser, baby, o tio Doug vai continuar sendo o tio Doug caso você não queira e nem vai ficar chateado.
- Jamais, você é minha BFF e isso nunca vai mudar – ele garantiu quando a menininha voltou a olha-lo.
- E você não vai mais ir ver o tio James ou ir embora? – o medo era nítido na voz da criança.
- Embora nunca mais, mas se eu for ver o tio James vou te levar comigo – prometeu sorrindo, vendo a expressão receosa de Penn começar a mudar.
- E a mamãe também? – quis garantir.
- Claro, você e a mamãe – confirmou e segurou a respiração após perguntar – E ai, acha legal a ideia de ter dois pais?
- Hum... – um sorriso foi tomando conta do rostinho dela antes de rapidamente ficar de pé na cama e começar a saltitar ao cantarolar aos berros – TIO DOUG É MEU PAPAI, O TIO DOUG É MEU PAPAI!
- Ah sua maluquinha – ele riu alto ao puxa-la para seus braços e enche-la de beijos, ambos sendo logo esmagados por um abraço de Elena.
- Ai mamãe, você fez minha testa bater no queixo do papai – Penny reclamou espontaneamente, causando um sorriso enorme no casal.
- Me desculpa, meu neném, me desculpa – Len fez graça ao dar beijinhos onde ela dizia doer.
- Filha, tenho outra coisa pra te perguntar – Doug lembrou e Elena franziu a testa sem saber do que se tratava dessa vez – O que você acha da mamãe e o papai se casarem?
- De verdade? É sério? De vestido de noiva e tudo? E você morar com a gente pra sempre? – a criança alternava o olhar entre os rostos sorridentes dos pais que concordavam com a cabeça – SIIIIIIM! MEU PAPAI E MINHA MAMÃE VÃO CASAR! HOJE É O DIA MAIS FELIZ DE TODA MINHA VIIIIIDA!

A Garota da Porta Vermelha 2Where stories live. Discover now