Capítulo Onze: "Aqui é a minha casa, aqui é o meu lar".

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- Essa festa não podia ter mais a cara de Penny. Olha aquele Darth Vader rosa! Minha afilhada é muito foda! – Harry comentou ao entrar no jardim de Joan e se deparar com a decoração de Star Wars e um enorme pula-pula inflável onde algumas crianças já brincavam.
- Linguajar, Harry, linguajar – Izzy o repreendeu sorrindo, também admirada com o que Elena, Jazzie e Joan haviam feito com o lugar.
- Ah vocês chegaram! – Len apareceu na porta que dava para a cozinha carregando duas bandejas de sanduiches.
- Amiga, que decoração maravilhosa! – Izzy a abraçou já pegando uma das bandejas para ajuda-la – Onde o Harry pode colocar o presente dela?
- Eu tenho até medo de saber o que tem dentro dessa caixa gigantesca – Elena riu ao ver a cara de sapeca que o amigo fez ao beijar sua bochecha, com os braços ocupados pelo enorme embrulho de presente.
- Você não vai querer saber, acredite em mim – Izzy disse ao caminharem até o fundo do jardim, onde ela e Elena colocaram as bandejas na mesa já cheia de guloseimas e Harry ir até o canto reservado para presentes – Eu até trouxe um presente só meu, pra você não me associar ao do Harry.
- Sério, o que tem nessa caixa? – Len perguntou desconfiada e o amigo apenas riu misteriosamente.
- Você só vai descobrir junto com a aniversariante, e por falar nela, cadê a pequena?
- Sean e Dougie a levaram ao parquinho do shopping enquanto a gente arrumava aqui, caso contrario ela não daria sossego – Elena acenou de longe ao ver Danny e Georgia, sua nova namorada, entrarem no jardim e se aproximarem – Oi, gente! Obrigada por terem vindo. Sabem do Tom e da Giovanna?
- Foram buscar o Josh, mas já devem estar chegando – Danny respondeu após cumprimentar a amiga.
- Elena, que decoração incrível – Georgia elogiou ao observar os detalhes de Stormtroopers, C3PO, RD-D2 e Chewbaccas – Tá tudo lindo.
- Obrigada! A maior parte disso tudo foi obra da Jazzie, que se empolgou um pouquinho na pesquisa de festa Star Wars para meninas – Len apontou para a outra extremidade do jardim onde a cunhada terminava de amarrar na arvore uma piñata no formato do Jar Jar Binks.
- Foi você quem pediu para as crianças virem fantasiadas? – Danny questionou ao quase ser atropelado por um pequeno Yoda que passou correndo.
- Não pedi, acredita? E todas até agora estão! – os adultos olhavam para o pula-pula onde meia dúzia de pequenos Jedis, Siths e um Darth Vader brincavam quando uma mensagem de Doug para Elena avisou que eles chegariam em alguns minutos.
- Tia Elena! – Josh apareceu correndo, com trajes claros de Jedi e carregando um sabre de luz azul, sendo seguido por Tom e Giovanna – A Penny já chegou? Eu tô atrasado?
- Não, meu amor, ela não chegou ainda, não se preocupa – Len deu um beijo na testa do menino, logo cumprimentando os amigos.
- Esse carinha estava a ponto de tomar a direção do Tom, de tanto medo da Penny chegar antes da gente – Giovanna contou ao bagunçar os cabelos do primo.
- Ele dirige feito uma vovó! – o pequeno acusou e Tom lhe mostrou a língua, mas foi interrompido por Joan antes de conseguir responder.
- Ele chegaram! – ela anunciou parando a musica, fazendo todos focarem a atenção à entrada do jardim.
- FELIZ ANIVERSÁRIO! – gritaram ao verem Penny chegar acompanhada de Doug, Sean e o amiguinho Dexter. Joan então soltou a musica novamente, as crianças continuaram a brincar no pula-pula e os adultos foram recepcionar a aniversariante.
- Filha, você tá linda! – Elena foi até sua pequena Leia, com dois coques enrolados sobre as orelhas e vestido branco, e a pegou no colo – Quem arrumou seu cabelo assim?
- Uma moça do salão do shopping – contou virando a cabecinha para a mãe ver os detalhes do penteado – Tio Doug comprou a roupa, você gostou?
- Eu amei! Está uma verdadeira princesa Leia! – a mãe a beijou antes de coloca-la no chão e então olhar para Dexter – Dex, você está lindo de Han Solo.
- Obrigado, tia Elena – o pequeno sorriu largo, apertando os olhinhos.
- Porque você chegou com ele? – Josh chegou com cara de poucos amigos, encarando Dexter.
- Você tem que me dar parabéns primeiro – a pequena respondeu de imediato.
- Parabéns, Penelope – o menininho obedeceu, mas ainda olhando feio para Dexter – Porque ele veio com você?
- Não tinha ninguém pra trazer o Dex até aqui, então tio Doug combinou com o irmão dele pra encontrar a gente no shopping – Penny explicou enquanto todos os adultos observavam o desenrolar da cena – Você sabia que o nome do irmão dele também é Josh?
- Não sabia – respondeu seco e pegou a amiguinha pela mão – Vem comigo no pula-pula.
- Ei, esperem por mim! – Dexter saiu correndo atrás dos dois, ainda sorrindo.
- Gente, vocês viram tudo o que eu vi? – Elena perguntou rindo, sendo acompanhada pelos amigos.
- É sério que ela tem dois meninos brigando por ela aos seis anos? – Doug era o único sério ao abraçar a namorada pelos ombros, ainda observando as crianças tirarem os sapatos e entrarem no brinquedo inflável.
- O que me preocupa é ela com essa idade já fazer sucesso com personalidades tão diferentes, tipo, o Josh é todo marrento e o Dexter todo bonzinho – Sean também não parecia gostar muito da situação.
- E ambos são mais velhos que ela! – Giovanna riu mais ainda ao ver a cara de Dougie.
- Eu não sei do que vocês estão rindo, não tô vendo graça nenhuma nisso.
- Deixa de ser ciumento, baby – Elena o beijou no rosto, achando fofa a proteção que o namorado tinha por sua filha.



- Eu poderia tomar guaraná todos os dias da minha vida! – Tom comentou se deliciando com a bebida brasileira – Agora eu entendi porque o Poynter sempre comprava pra Len, eu casaria com ele por uma latinha dessas.
- E esse brigadeiro? – Georgia tinha os olhos fechados ao apreciar a guloseima em forma de bolinha.
- Foi a Jazzie quem fez – Elena indicou a cunhada, que sorriu orgulhosa – Acertou o ponto do jeitinho que eu ensinei, parabéns.
- Obrigada, obrigada. Tive uma excelente professora – mandou um beijo para a amiga.
- Eu cheguei à conclusão que comidas de festas brasileiras são mais gostosas – Sean disse com a boca cheia de coxinha.
- Isso porque vocês ainda não provaram o bolo – Dougie indicou aos amigos que rodeavam a mesa quando Elena levantou para ajudar sua mãe com bandejas de pãezinhos com carne-louca para as crianças no pula-pula – Baby, do que é o bolo mesmo?
- Massa de leite em pó com recheio de Nutella – ela informou e recebeu exclamações de aprovação dos amigos.
- As fãs brasileiras de vocês estão indo a loucura com as fotos das comidas que o Harry está postando no Instagram – Giovanna contou.
- Meu Instagram? Tá mais pra Instagram da Penny! Desde que postei vídeos dela, tudo o que as pessoas fazem é pedir noticias dela.
- É claro, esse hiato do McFly já tá completando um ano! – Izzy disse e recebeu acenos de cabeças das outras garotas – Elas já estão cansando de pedir a volta de vocês e serem ignoradas, então vão pedir status de coisas que vocês respondem.
- Nossa, amor, credo – Harry fez bico e os amigos riram – Mas você tem razão, ficamos sem jeito para falar sobre a pausa.
- Vocês já decidiram quando voltam? – Elena voltou à mesa, parando atrás da cadeira de Doug, se inclinando sobre ele para abraçar seus ombros, deixando seus rostos colados.
- Temos muitas musicas prontas, então talvez depois do casamento do casamento do Tom e da Gi – ele respondeu antes de virar a cabeça e beijar a bochecha da namorada.
- Ai, me dá até dor de barriga pensar no casamento – Tom disse e logo completou ao ver a cara da noiva - Dor de barriga boa, meu amor, da melhor possível.
- Então vocês pensam em voltar só no ano que vem? – Georgia continuou o assunto para salvar Tom, recebendo um sorriso de agradecimento.
- Acho que sim – Danny respondeu – Ainda temos que acertar uns detalhes com a gravadora.
- Len, acho que já está na hora de ir trocar a Penny – Joan sugeriu ao passar pela mesa, recebendo a concordância da nora, que pegou a filha que passava correndo atrás de Dex, e a levou para dentro de casa com a ajuda de Jazzie.
- Gente, vocês não estão preparados para roupa que a Penelope vai usar pra cantar parabéns – Doug disse de forma orgulhosa.
- Doug, alguém já te disse como é linda a forma que você fala da Penny? – Georgia perguntou, fazendo as bochechas do amigo corarem – É sério, seus olhos até brilham.
- Danny, já disse que gosto da sua namorada? – ele disse e todos riram – Georgia, essa criança é o amor da minha vida. Amo a Elena? Amo, claro que amo. Mas pela Penelope é um amor incondicional, é inexplicável...
- É amor de pai, cara – Sean completou e todos concordaram, fazendo Doug corar ainda mais.
- Pessoal, vamos cantar parabéns! – Jazzie passou gritando, indo até o pula-pula expulsar as crianças. Nesse momento Joan e Elena voltaram ao jardim trazendo uma Penny vestida de Darth Vader cor de rosa.
- Ai meu Deus! Ela está de tutu rosa! – Giovanna exclamou.
- Até a mascara é rosa! – Harry disse e assoviou alto.
- Gatinha, acende o sabre de luz – Doug instruiu ao pegar a pequena pela mão e ir com ela e Elena até a mesa do bolo.
- Ah é, esqueci – a garotinha riu e apertou o botão, exibindo a todos seu sabre cor de rosa, recebendo exclamações e assovios – Olha tio Sean, meu bolo é o Jabba The Hut!
- O seu bolo tá incrível, gatinha! – o fotografo elogiou o bolo em formato de lesma gigante, sem acreditar nas preferencias exóticas da sobrinha postiça.


- Como festa de criança cansa – Jazzie reclamou ao desabar no sofá entre Sean e o irmão quando o ultimo convidado foi embora no inicio da noite.
- Doug? – Joan o chamou do andar de cima.
- Oi, mãe – respondeu de olhos fechados, sentindo o corpo pesado.
- A Penny está te chamando – a senhora avisou – Sean, o antigo quarto da Len está pronto pra você. E eu já estou indo dormir, boa noite, filhotes.
- Obrigado, senhora Poynter, boa noite – o rapaz respondeu.
- Tchau, mãe, boa noite – Jazzie disse observando o irmão levantar e subir as escadas.
- Ainda não acredito que o padrinho me deu um bateria – a pequena, de pijama com estampa pinguins azuis, falava alto por cima do barulho do secador de cabelo, enquanto Elena sacudia seus cabelos, sentadas uma de frente para a outra na cama do antigo quarto de Dougie.
- Eu também não acredito que seu padrinho te deu uma bendita bateria – Len olhou com cara de desespero para o namorado ao dizer e ele riu, sentando atrás da menininha e fez sinal para que Elena lhe passasse o secador.
- Tio Doug, muito obrigada pelo passeio no shopping, eu me diverti muito – a pequena fechou os olhos ao sentir o rapaz pentear seus cabelos com os dedos de forma calma enquanto balançava o secador sobre os curtos fios negros, ambos sendo admirados por Elena.
- Por nada, gatinha – finalizou o processo com um beijo no topo da cabeça da criança e foi guardar o aparelho na cômoda – A vovó disse que você estava me chamando.
- Sim! – ela disse ao se enfiar debaixo do enorme edredom, que foi afofado por Elena, fazendo o 'montinho' que a filha tanto gostava – A mamãe sempre lê um pedaço do meu livro no meu aniversário, mas eu queria que você lesse hoje.
- Seu livro? – Doug questionou ao tirar os tênis e sentar ao lado da pequena, vendo Len pegar um livro em sua bolsa e sentar do lado oposto da cama. Ela o entregou à Dougie e ele entendeu o que a menininha queria dizer ao ler PENELOPE na capa do livro de uma autora chamada Marylin Kaye – Qual parte você quer que o tio leia?
- O final – mãe e filha disseram em uníssono, fazendo o rapaz sorrir de suas meninas e começar a ler.
– [...] "- Desculpe. É a mascara. Hoje eu vi esta mascara em todo lugar, e está me irritando.
- Qual é o problema? É feia demais para você?
Ele sacudiu a cabeça.
- Não é isso. É só que... Me faz lembrar de alguém que conheci.
- Alguém... alguém de quem você gostava?
Ele se ocupou dobrando uma camisa.
- É.
- Muito?
Ele olhou para mim, aborrecido.
- Muito.
Despejei a pergunta seguinte.
- Então, por que você não está com ela agora?" [...]
- Dormiu – Elena avisou baixinho, sorrindo boba com a cena de sua pequena toda esparramada no abraço de Doug, que fazia carinho em seus cabelos com a mão que não segurava o livro.
- Você escolheu o nome dela por causa dessa historia ou a descobriu depois? – ele perguntou sem se mover ou parar as caricias na cabeça da criança, apenas abaixando o livro e levantando o olhar para a namorada.
- Foi por causa do livro – revelou – Eu pensei seriamente em colocar Sophie, mas chorava só de pensar, então não achei legal colocar esse peso que a homenagem levaria. Ai pensei em Anne, mas sabia que você me mataria, por ser o nome que sempre gostou.
- Ah, no começo sim, mas agora eu adoraria ter nossa Anne – com os olhos pequenos de sono, o sorriso que deu para a namorada os diminui ainda mais – Mas você mandou muito bem com Penelope Anne, ficou lindo.
- Penelope Anne Alvarez soa bem, né? – sorriu orgulhosa, também sonolenta.
- Penelope Anne Alvarez-Poynter pode soar ainda melhor, não acha? – Doug finalizou com uma piscadinha.
- É sério? – Elena sentiu o coração disparar com a indireta.
- Ela tem chance de ser Alvarez-Hoult algum dia? – ele falava baixinho, tanto pelo sono quanto pelo teor da conversa.
- Não no que depender de mim – respondeu decidida, mesmo que quase num sussurro.
- Então, se você deixar, eu quero adotá-la – ele puxou a namorada para mais perto, deixando Penny espremida entre eles - O que você acha? Eu posso?
- Você já é o pai dela, Doug, só vamos oficializar – Len sorriu largo, com os olhos já cheios de lágrimas.
- Penelope Anne Alvarez-Poynter, eu gosto de verdade de como soa – ele sussurrou emocionado ao se inclinar para dar um selinho em Elena e então um beijo na testa da filha.

A Garota da Porta Vermelha 2Where stories live. Discover now