Sentimentos -Dramione

Capítulo 27

Hermione

Não sabia que dia era hoje, não sabia nem de que semana estávamos falando nem se estávamos em outro mês ou ano, pelas minhas contas estava aqui a 1 mês, depois que levei aquela picada de não sei o que, eu acordei e estava noite, sabia disso porque Ronald deixou um prato escrito boa janta, o problema era que eu não sabia se tinha dormido 1 hora, 1 dia ou 1 mês, então comecei a contar a partir dali, sabia que era de manhã porque ele me deixava um prato com café da manhã, tarde quando ele deixa o almoço e noite quando ele deixava o jantar, não o via a um tempo, a televisão desse quarto ficava desligada, já tentei ligar, mas parece que ela só liga quando ele quer, e esse era o momento, ela liga e eu corro para a frente, me sento no chão e vejo que se trata de uma entrevista, com meus pais.

-Estamos aqui nesse momento com os pais de Hermione Granger. -O repórter fala e eu sinto uma pontada em meu coração ao ver o estado da minha mãe, ela parecia não comer nada a tempos, estava abatida, meu pai também estava abatido, mas não quanto minha mãe. -Senhor e Senhora Granger, quero agradecer por cederem um tempo de vocês para nosso programa.

-Nós que agradecemos. -Sinto meu rosto inundar de lágrimas quando ouço a voz de meu pai.

-Bem, podem falar um pouco sobre a filha de vocês? -Ele pede e minha mãe assente e começa a falar.

-Hermione era uma garota de coração bom. -Minha mãe fala como se eu não existisse mais, isso machuca demais. -Sua adolescência foi difícil por muitos motivos, mas ela sempre passou por todos de cabeça erguida, ela tinha acabado de conseguir entrar na Yale, para arquitetura... -Ela não consegue falar mais nada, seu choro é baixo, meu pai a abraça forte e eu choro do outro lado da tela.

-E Draco? Ele era o namorado de Hermione, como o garoto está com tudo isso? -O repórter pergunta e meu pai sorri.

-Draco é um garoto forte, sei que está sendo difícil para ele quando para nós, eles demoraram para ficar juntos, eu espero que ele supere isso assim como nós estamos tentando superar. -Meu pai olha para a câmera e vejo as lágrimas descerem do seu rosto. -Você, que está com o corpo de minha filha, por favor, apenas devolva, nós a queremos de volta de qualquer forma... ela merece um enterro digno, nós merecemos isso.

-Eu estou viva pai. -Passo a mão na tela e ela desliga no mesmo momento, junto minhas mãos no rosto e choro alto, sinto duas mãos em minhas costas e levanto o rosto, quando vejo que é ele, me levanto e vou para um canto isolado.

-Qual é Mione, só vim ver se está tudo bem. -Ronald fala e me causa nojo.

-Claro que está tudo bem, meu amigo de infância me sequestrou e me mantem em cárcere privado, as pessoas que amam andam sofrendo e você seu maldito psicopata, está lá consolando eles fingindo ser um bom amigo, SEU DESGRAÇADO, ACHA QUE EU NÃO VEJO AS NOTICIAS? ACHA QUE EU NÃO VEJO AS FOTOS QUE PASSAM NA TELEVISÃO, VOCÊ ABRAÇANDO DRACO. -Não sei de onde veio aquela coragem, mas vou para cima de Ronald e acerto um tapa em seu cara, começo a socar freneticamente seu peito e a xingar ele de todos os nomes que consigo imaginar em minha mente.

-Chega. -Ele fala e segura meus braços com força, mas não paro, olho seu rosto e cuspo em sua cara, apenas consigo ver sua mão pesada vir para cima de mim e me acertar um tapa forte no rosto, cambaleio para trás e sinto algo escorrer do meu nariz, passo a mão nele e vejo que é sangue. -TÁ VENDO, QUANDO EU MANDO VOCÊ PARAR É PARA PARAR. -Ele aperta meus braços com força e eu começo a chorar, achava que ele me mataria naquele momento, mas não, ele para fecha os olhos e me solta.

-Eu odeio você. -Falo olhando em seus olhos, que transmitem tanta raiva quando os meus, Ronald começa a andar em direção a porta, mas antes olha para mim e aponta para a cômoda.