Sentimentos -Dramione

Capítulo 31

Hermione

Gina tremia embaixo de nós três, podia ver sua barriga já saliente que indicava os 4 meses de gestação, sinto uma mão atrás de mim, sigo ela e vejo que seu dono é um policial, para ser mais exato, o investigador Snape, o principal culpado de tudo isso, mas agora seus olhos não me acusavam mais, me olhavam com pena, e eu odiava olhares de pena, os bombeiros tomam a frente e começam a apagar o fogo, aos poucos as pessoas se afastam, com a ajuda de Draco me levanto, Theo ajuda Gina que está inconsolável, depois disso só lembro da escuridão que me atingiu.

Acordei aqui nesse hospital, sem ninguém no quarto, apenas eu o soro que tomava em minha veia, e ele também se foi depois de algumas horas, eu não sabia o que estava acontecendo em minha volta, me sentia um pouco cansada não posso negar, mas queria ver meus pais, meus amigos, queria ver Draco.

-Com licença. -O médico fala assim que entra pela porta. -Como se sente Hermione? -O senhor de meia idade me pergunta.

-Eu estou bem, mas, eu quero ver minha família. -Falo e ele sorri para mim.

-Se todos que estão ai fora forem sua família, você tem uma família muito grande mocinha. -Ele fala e eu dou risada também.

-Gina, ela está bem? -Pergunto e ele assente.

-Está no quarto ao lado, o bebê ainda está dentro dela, é um menino. -Ele fala e eu fico feliz por aquilo. -Ela também quer te ver, mas vocês precisam de um tempo, eu vou mandar primeiro seus familiares entrarem. -Aos poucos ele anda até a porta, mas antes dele sair eu o chamo.

-Draco. -Falo e ele se vira. -Meu namorado, eu quero que ele entre também. -Falo e o médico e sai pela porta.

Demora um pouco, na verdade demora bastante, eu já fiquei três meses longe de todos, alguns minutos não eram nada, assim que vejo a porta se abrir minha felicidade finalmente está completa, minha mãe passa pela porta e sorri para mim.

-Mamãe. -Falo e ela me abraça com força, sinto seus soluços e choro também.

-Eu achei que tinha morrido. -Ela fala com a voz embargada.

-Eu estou viva mãe, eu via vocês na televisão, você está bem? -Pergunto assim que ela me solta.

-Eu estou. -Sei que é mentira, ela estava mais magra e abatida, mas deixaria aqui passar, meu pai aparece atrás dela, abraço ele com força também.

-Desculpa filha, por não correr mais atrás, por não ir procurar você. -Ele fala chorando e eu o aperto.

-Tá tudo bem pai, eu estou bem. -Falo chorando junto com ele, me afasto e sinto a cama se afundar ao meu lado, pelo cheiro já sei que é Draco.

-Oi. -Ele fala assim que me viro, ele estende os braços e eu me deito em seu ombro.

-Oi. -Falo baixo e fecho os olhos sentindo o cheiro dele, que saudade.

-Querida, como está se sentindo? -Minha mãe pergunta.

-Eu estou bem mãe, só com um pouco de dor no corpo, mas em geral acho que estou bem. -Falo e sinto Draco apertar um pouco meu ombro.

-Como ele pode bater em você? -Draco pergunta.

-Se aquele garoto estivesse vivo, eu o mataria. -Meu pai fala bravo.

-Ele morreu mesmo? -Pergunto e Draco assente com a cabeça, por mais que Ronald tivesse feito o que fez, ele e Draco eram muito ligados e eu via o quão Draco estava abatido com tudo isso, até eu estava mal com aquilo.

-Molly disse que o corpo já foi mandado para Rochester. -Minha mãe fala. -Ela lhe pediu perdão em nome do filho, Gina fez o mesmo.

-Ela está bem mesmo? -Pergunto sobre Gina, ela estava grávida não queria ela mal.