Capítulo 30

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Hermione

Abro meus olhos e vejo que ainda estou no chão, Ronald está de costas para mim, fecho meus olhos novamente para que ele não note que eu acordei, pode ser perigoso, mas eu vou lutar até o fim, respiro fundo e deixo o ar sair, recupero minhas poucas forças, meu rosto estava latejando e minha cabeça estava doendo, mas como eu disse, vou lutar até o fim, abro meus olhos e vejo que de costas Ronald arruma algumas coisas, vejo uma pá, gasolina e uma faca, era agora, ele iria me matar se eu não lutasse.

Junto todo o espirito de líder de torcida que tive por todos esses anos, eu já cai de uma pirâmide enorme e mesmo assim continuei o show do intervalo, já torci milhares de vezes o tornozelo e os braços, aos poucos sem ele perceber eu me levanto, vejo ele ainda de costas, olho em um espelho logo ali na frente e vejo meu rosto um pouco roxo, por sorte não tinha inchado, então resolvi lutar.

Antes que Ronald pudesse se virar, pulo novamente nas costas dele e com meu antebraço o enforco, ele começa a andar pela casa e tenta tirar meu antebraço do seu pescoço, mas eu ainda estou pendurada nele, ele vai até uma parede e bate com as minhas costas nela, fazendo seu corpo prensar o meu contra ela, ele bate um, duas, três vezes, minhas costas doem e perco a força do braço, caio no chão e recebo um chute na barriga, gemo de dor, mas não paro, puxo sua perna e ele cai, monto em cima dele e lhe dou um soco no rosto, mas ele não apaga, sigo o socando e vejo um vaso, esse era o momento perfeito me viro para pegar o vaso, tacar em sua cabeça e o fazer desmaiar, mas Ronald me empurra e me faz bater as costas no chão.

-Vejo que acordou –Ele fala e aperta meu pescoço, subo minhas pernas e dou uma joelhada em suas bolas. -Maldita.

Ele grita alto e eu corro, vou até a porta e tento a abrir, puxo a maçaneta e com meus ombros tento abrir ela a força, mas ela não abre, invés disso eu recebo um puxão de cabelo tão forte que faz minha cabeça e meu corpo irem para trás.

-Ronald, para por favor. -Choro e ele me larga no chão, meu corpo estava dolorido, não sabia se tinha batido ou apanhado mais, parecia que Ronald estava inteiro, já eu estava acabada, me encolho no chão e ouço o barulho de algum liquido sendo derramado em minha volta, levanto meus olhos e vejo Ronald jogando a gasolina pela casa. -Ron... por favor, me deixa ir embora. -Peço novamente como vendo pedindo a meses.

-Cala a boca, eu não vou deixar você ir, vamos ficar juntos. -Ele fala enquanto continua espalhando gasolina pelo local.

-Ronald, somos amigos, foge, me deixa aqui sozinha e foge, eu juro que não faço nada contra você, mas por favor me deixa. -Falo fraca e tusso, olho para chão e vejo que da minha boca s ai sangue.

-Vamos ficar juntos... eu e você. -Ele se abaixa e eu me afasto, ele pega minha bochecha e faz carinho nela. -Juntos para sempre.

-Ron... por favor... -Falo e ele me joga no chão novamente.

-POR QUE PORRA, ME FALA PORQUE CARALHOS VOCÊ NÃO ENTENDE? -Ele grita e eu me encolho no canto da sala. -VOCÊ NÃO ME AMA?

-Amo, você é um dos meus melhores amigos, mas eu amo Draco Ron... -Falo e ele quebra um vaso no chão me fazendo chorar mais ainda.

-SEMPRE O MALDITO MALFOY. -Ele grita e minha cabeça gira. -Ele e a família perfeita dele, como sempre é "aí o Draco joga tão bem" ou "o Draco é tão compreensivo" agora eu mostrei pra ele, eu mostrei pra ele que eu também sou tudo isso.

-Então é por isso, por inveja? -Pergunto e ele grita novamente.

-EU NÃO SINTO INVEJA DELE. -Ele fecha os olhos e puxa os cabelos para trás. -Eu cheguei antes, eu te amei antes e você insistiu em errar, não é? Porque você o ama? PORQUE NÃO EU? -Ele pergunta e eu permaneço em silencio. -EU TE FIZ UMA PERGUNTA.

Sentimentos -DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora