32 - Só um mal estar.

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Dorothy Parker Hills.

- Bom dia dorminhoca. A minha vontade é continuar dormindo, ando exausta sem motivo algum, mas não tenho coragem de ignorar o homem que eu amo mais que tudo, e sei que hoje é dia de curtir minha família e logo Kalel chegará com seu jeitinho de gatinho manhoso, cheio de carinho, me mimar e chamar para o parque.

- Bom dia meu amor. Sinto seus lábios contra os meus; Colin está lindo e perfumado, sua proteção e amor comigo sempre está presente. Ele segura meu rosto com carinho e me fita com um vinco na testa.

- Você está pálida, não está se sentindo  bem?

Quando penso em negar, sinto uma onda de enjôo e cubro minha boca, saltando da cama para ir correndo ao banheiro. Não me lembro de ter comido nada estragado, mas acabei indo até o fim com ele em meu encalço, segurando meu cabelo, levanto me com as pernas trêmulas, me sinto fraca, lavo meu rosto e escovo os dentes, ainda estamos em silêncio. Não gosto de ficar doente pois Coll e muito protetor e com certeza já está preocupado.

- Mamãe, mamãeeee. Kalel entra como um furacão no quarto em seu pijama de aviões, descabelado com seus olhos azuis brilhantes. Meu coração se enche de amor, não sei o que é ter um filho do próprio ventre, mas ele me tem nas mãos, e o amo demais, sofro quando ele chora, seu riso me ilumina,
- Oi filho bom dia amor da mamãe. Quando vou pegá-lo nos braços Colin me barra.
- Deixa que o carrego você não está bem Dory. E de um jeito carinhoso ele corta nossa conexão para ganhar atenção do nosso filho e o carrega.

- Bom dia filho, vem com o papai que mamãe não está boa hoje.

- Mamãe dodói?

Meu coração se aperta mas Colin é assim sempre age com a verdade e a sinceridade, eu as vezes quero poupar a ambos mas Colin não pensa assim, para ele falar a verdade é crucial para não se ter problemas, em qualquer situação.

- Um pouco de mal estar, logo estarei melhor. Digo acariciando lhe os cabelos macios.

- Vamos tomar café da manhã, então mamãe vai se trocar para ir só médico.

Não evito o espanto, e quero negar mas não desejo ter um conflito na presença de Kalel.

Como não achei jeito de negar, um pouco por me sentir ingrata e também por que ele não me deu opção, cá estamos nós, em frente a clínica que atende a família.

Ao adentrar o local percebo uma agitação e em poucos minutos já fiz minha ficha e Colin já deixou Kalel com a monitora da área infantil.

Meu nome é chamado pela enfermeira da triagem, onde ela faz algumas perguntas, mede a pressão e a temperatura e deixa voltar para perto de Colin esperar para ser atendida.

O médico em seguida me chama e Colin me acompanha.

- Bom dia senhora e sr. Hills, como vão?

- Bem doutor, obrigada. Respondo educada e meu marido espera para me desmentir educadamente.

- Sim esperamos que bem, mas isso é o senhor que vai nos dizer, minha esposa acordou muito mal hoje, mesmo antes do café.

- Me conte melhor isso Dorothy.
Encolho meus ombros querendo um buraco para entrar por vir ao médico por um enjôo.

- Eu acordei e estava me sentindo muito cansada, querendo dormir mais, foi uma sensação estranha depois fiquei enjoada e foi rápido, veio do nada e tive que sair correndo; então senti uma fraqueza comum do mal estar e  depois me alimentei normal no café.

- O normal dela incluí dois sonhos de padaria e frios. Meu marido solta com uma ponta de ironia, ah que raiva, parece que ele tirou o dia para me fazer passar vergonha.

Ela e nós dois ( Série Clichês apaixonantes) Livro 1Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt