8. Vendo coisas

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Dorothy Parker

Depois do ocorrido no shopping pedi ao Colin para mudar minhas folgas ou trocar por dinheiro, realmente quero evitar encontrar com o Phill, além do que estou cada vez mais apegada ao Kalel, hoje é mesversário dele de cinco meses e pedi ao meu patrão se posso levá-lo comigo a casa da minha mãe, como é domingo ele perguntou se poderia nos acompanhar; e apesar da minha mãe ser muito simples, acho que ele não se importa com a visita, mesmo assim ligue e avisei-a ficou eufórica por me ver e conhecer o Kalel, e o Colin. No fundo eu sei que ela se preocupa comigo, mas como meu salário é muito bom e ajudo bastante nas despesas ela aceitou por força maior, ter estabilidade e uma geladeira abastecida numa casa com três adolescentes faz todo diferença.

Colin está se arrumando no quarto dele enquanto troco Kalel, ele é um bebê fofinho, sorridente e tem o brilho mais lindo nos seus olhos azuis, ele não é escandaloso e só chora quando algo realmente o incomoda, geralmente quando as roupas estão muito quentes ou sujou a fralda. Me abaixo para beijar sua bochecha e ele agarra um punhado de cabelo, para levar a boca.
______ Não amorzinho, assim Dory vai ficar careca e feia. Dou risada da teimosia do meu pequenino, entretida com ele não noto Colin na porta silencioso parece absorto em pensamentos e seus olhos fitam ... meu decote? Minha nossa que vergonha, Kalel puxou minha blusinha e meu sutiã de renda está bem a mostra como parte do meu seio, e o meu patrão ainda não tirou os olhos. Levanto discretamente, ajeito minha roupa e cabelos sem olhar em seus olhos, e tomo o bebê nos braços, puxando a mala de maternidade junto, no outro ombro.
Colin desperta e vem ao meu encontro.
______ É lindo assistir a interação de vocês, seu modo de conversar com ele me faz pensar que foi uma sorte a gente se encontrar.
______ Que bom Colin, estamos todos felizes com esse arranjo, você tem a babá, o Kalel está bem cuidado, eu tenho um bom emprego e minha família está em paz com a dispensa cheia.
Seus olhos me fitam com estranheza e ele logo fala.
______ Da o dinheiro a sua família? Dou de ombros.
______ Sim, umas três partes ou pouco mais, só fico com um pouco para meus itens necessários.
_______ Pensei que se matricularia na universidade, é jovem precisa estudar Dory.
______ Ainda não dá, mas se você fizer questão faço o curso de pedagogia, ou qualquer outro, para poder cuidar dele. Digo meio sem graça, pensando que talvez ele não queira uma ignorante cuidando do bebê.

Ele se aproxima e toca meu ombro gentilmente e diz.
_____ Não é por mim Dory, é por você pensei que talvez você quisesse seguir alguma carreira, tivesse um sonho... Ele deixa a dica e não penso duas vezes para responder com a decisão do meu coração.
_____ Vou esperar o Kalel ficar maior não gosto de deixa lo sozinho.
Ele sorri e responde mais descontraído.
______ Sozinho é abandono de menor, ele não fica sozinho, olhe pra mim, sou bem grandinho para passar despercebido. Grandinho e bonito demais, para meu desespero.penso.
Depois de ser cuidada por ele naquele dia fatídico, fico me repreendendo perto dele o tempo todo, porque tem horas que quero me lançar outra vez em seus braços fortes, seu peito durinho, sentir seu perfume, é desesperador isso.
Quando volto a olha lo para reagir a sua fala, ele prossegue.
______ Agradeço a parte que me toca. Fico chocada, um Colin corado e tímido pelo que eu disse em voz alta e não só em pensamento. Oh merda!
_______ Desculpa eu nem sei o que dizer. Cubro o rosto mortificada pela bola fora.
_______ Não tem problema, de certa forma foi um elogio. Ele sorri.
Caminhamos lado a lado e de repente Kalel puxa o pai para perto fazendo com que se aproxima como ele quer então o garotinho deita a cabeça em seu ombro ele entende e trocamos o bebê pela bolsa, nos tocamos involuntariamente e sinto borboletas no estômago, seus olhos ficam minha boca e o desejo de beijar meu chefe fica maior, passo minha língua nos lábios e ele se afasta rápido. Não sei porque fui conferir se o sapatinho estava no pé do Kalel e acabei vendo outra coisa, maior, um volume bem grande na calça dele, engoli em seco, já vi Phill excitado e não era assim, minha cabeça não me deixa focar em nada, só na umidade que se formou em minha calcinha, estranhamente por vê lo duro. Acho que estou vendo coisas.
Chegamos ao estacionamento Kalel vai para o bebê conforto e quando vou sentar atrás com ele, Colin me intercepta.
______ Venha comigo na frente. Ele me abre a porta do carro de luxo última geração, sei que nada tem a ver comigo, mas com eles me sinto no lugar certo.
_____ Pode digitar o endereço no GPS por favor. Ele me tira dos devaneios, dígito o endereço e ele dá partida no carro. Assim que o carro liga um rock romântico se inicia, gosto de ouvir, combina tanto com ele, que sem querer o observo apreciando o puramente, sem medir as consequências, algo me diz o que estou fazendo  é errado, mas não consigo tirar meus olhos dele. Um alarme me deixa em pânico; estou me apaixonando por Colin Hills, o advogado mais famoso de Manhattan, isso vai me destruir.

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Obrigada por ler, Ela e nós dois.
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Ela e nós dois ( Série Clichês apaixonantes) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora