3 - Uma babá

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Me lembro como se fosse hoje, apesar do nosso relacionamento ser morno quase frio, mantínhamos um acordo silencioso de paz, Paige não era mais a mesma depois de passar nos testes de modelo, isso graças a meu dinheiro e os investimentos exorbitante...

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Me lembro como se fosse hoje, apesar do nosso relacionamento ser morno quase frio, mantínhamos um acordo silencioso de paz, Paige não era mais a mesma depois de passar nos testes de modelo, isso graças a meu dinheiro e os investimentos exorbitantes no corpo. Apesar de tudo ainda havia aquela centelha quase apagada que as vezes ficava mais quente, e numa dessas vezes, quando consegui um cliente Gold, um milionário do ramos automobilístico, que me renderia alguns milhões, foi aí que nos excedemos, bebemos mais do que o correto e aconteceu sem prevenção. Exatamente um mês depois ela estava apavorada, com um teste de gravidez positivo em mãos, agitava no ar furiosa, e dizia:

____ Estou grávida, acabou pra mim, minha carreira, as viagens, as campanhas e desfiles. Tudo!
Infelizmente não havia alegria alguma nela, já eu me senti genuinamente feliz, um filho! Talvez fosse o que estava faltando em nosso casamento sem graça.
Mas então ela cogitou interromper a gravidez, senti um asco, tão grande dela, quase vomitei de tão enojado que fiquei, fingi uma calma muito superior ao que gritava dentro de mim, uma voz que dizia. " Chute esse traseiro"
Pensei rápido e abordei a da seguinte maneira.
_____ Paige são só nove meses, eu quero o bebê, façamos assim; eu pago em dobro seu tempo de gestação e recuperação, e cubro as plásticas necessárias a sua estética para você voltar para as passarelas.

Sim eu pagaria pela gravidez, foi o único jeito de convencê-la a ter nosso filho, não a ser mãe isso, percebi que seria impossível.
A solução foi dinheiro, seu ponto fraco.

Os olhos dela brilharam e assim foi ela teve tudo que quis durante a gestação, nunca vi ela conversar com a barriga ou proteger, sempre parecia um fardo pra ela.

Quando fez a cirurgia para Kalel nascer, não quis amamentar ou carregá-lo, foi frustrante esperar que mudasse de opinião com sua chegada. Desprezou meu filho; uma vagabunda que eu faria questão de mandar para bem longe de nós dois.

Meu garotinho é lindo, mamãe diz que se parece comigo.

O fato foi que em quinze dias a Paige queria fazer lipoaspiração, mesmo com alerta da equipe médica, seu discurso era que, estava gorda e horrorosa, precisava ficar em forma.
Sim era horrorosa e nada a deixaria bonita, não existe beleza em uma mãe que rejeita o filho, são víboras venenosas, não tem salvação.

O fato é que deu errado e ela morreu na mesa de cirurgia. Longe de mim sentir alegria com isso, mas todo mundo tem o que merece. Deve ser isso o que ela mereceu.

Amo meu filho e cuido dele praticamente sozinho, até ele fazer seis meses, quero estar em tempo integral com ele, a não ser que eu encontre uma pessoa que ame muito crianças, e eu confie, mas não estou procurando. A única coisa difícil no momento são as compras para meu bebê. Fraldas, talco, pomada, sabonete e por aí vai.

Estou no corredor do mercado a uns quarenta minutos e nada de descobrir o que comprar, quando estou quase levando uns três pacotinhos diferente de fralda, um P, um M e um G uma voz chama minha atenção.

______Com licença moço. Uma moça bem jovem, até angelical pede com um sorriso amigável. E até solto o ar dos pulmões, tamanho é meu desespero, me viro, e a dona da voz tem um leve susto.

_____ Algum problema? Ela fala, e torço para que a humilde garota possa me ajudar.

_____ Todos, moça; não sei qual tamanho ou marca, se levo talco ou pomada e também preciso de toalhas umedecidas. Mesmo sem querer revelo meu desespero, eis o que meu pequeno Kalel, causa no melhor advogado de Manhattan. Medo de errar com ele. Eu o amo demais.

______ Entendi, eu posso ajudá-lo se sua esposa não tiver objeção por marcas é claro. Ela nem imagina que o pobrezinho não tem mãe.

______ Não, ele não tem mãe. Conto a ela, não sei o que há, pouco sou de falar da minha vida, mas ela parece uma terapeuta de pais desesperados minha boca parece uma torneira, vejo seu olhar de compaixão, e imagino que seja por meu bebê. Já gosto dela.

______ Sinto muito.
_____ Qual o tamanho do bebê.
_____ Kalel tem dois meses.
Ela parece inconformada com isso mas não diz nada.

_____ Ele deve usar tamanho P ainda e leve o talco você usa nas trocas para manter ele seco, e a pomada se mesmo assim ele ficar assado. Eu prefiro toalhas mais grossas porque são econômicas no uso.

_____ Ele está fazendo muito xixi a noite.
_____ Leve um pacote de fraldas noturnas, elas suportam mais tempo.

______ Poxa moça muito obrigado, eu não sei como agradecer. Sou Colin e você?
______ Sou Dorothy, disponha Colin.
Do nada me ocorre uma ideia, aliás parece uma luz vinda do céu.
______ Só mais uma pergunta...
Ela espera atenta que eu fale e pondero, decidindo se falo ou não.
______ Você tem filhos?

Ela parece uma garota muito jovem, mas é o que me ocorre pela experiência, só uma mãe saberia tudo que ela sabe.

______ Oh não, só sei disso tudo, porque minha família é grande e sou a mais velha dos quatro, acabei meio que criando os dois mais novos para mamãe trabalhar.

Admiro a instantaneamente, uma pessoa iluminada, cheia de bondade, só alguém assim faria isso.

_____ Ual, quatro irmãos!

Ela fica sem graça, e vai se retirando, me sinto um idiota, julgando o tamanho da família dela, assim. Num impulso de coragem eu a seguro, pela mão.

_____ Espera Dorothy. Ela para no lugar, e me fita atenta, de alguma forma ela decide me ouvir.
Há algo magnético nela, um brilho em seu olhar. Fico sem graça e afasto rapidamente minha mão da sua.

_____ Você trabalha em quê? Pergunto antes de parecer um idiota.

Ela faz na expressão de descaso, como se eu estivesse abusando ao perguntar coisas pessoais, mas responde.

_____ Vendo bombons.

_____ Gostaria de fazer uma proposta pra você, posso cobrir a oferta do seu patrão, quanto ele te paga por mês?

Lanço minha proposta, algo me diz que ela cuidará bem do meu garotinho.

____ Ganho cinquenta dólares por dia em média e não venho aos sábados e domingo.

_____ Pago cem dólares por dia mais adicionais de alimentação e transporte, por trinta dias uma folga por semana.

Ela parece ficar feliz, tem um sorriso bonito e honesto mas depois algo faz ela esmorecer e abaixa a cabeça.

____ Senhor Colin, não tenho graduação, nem cursos de nada, minha vida é difícil, eu só sei cuidar de criança e vender doces na rua, minha experiência em empregos é zero.

Sua revelação me choca, ela precisa tanto do emprego quanto eu dela.

_____ Isso não é um problema Dorothy, você tem experiência no que preciso, posso ajudar com seus estudos.

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Começando gente.
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Ela e nós dois ( Série Clichês apaixonantes) Livro 1Where stories live. Discover now