20 - Perfect match

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Addison Moore

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Addison Moore

Canadá — 2016

"Pés, não me falhem agora
Me levem até a linha de chegada
Oh, meu coração, ele se parte a cada passo que dou
Mas estou esperando nos portões, eles me dirão que você é meu
Andando pelas ruas da cidade
É por engano ou vaidade?
Me sinto tão sozinha em uma sexta à noite
Você pode fazer eu me sentir em casa se eu disser que você é meu?".

Assim que vi meu pai parado no corredor próximo a escada aquele sentimento de nervosismo e medo voltou a ser presente em meu corpo. Praguejei, por não ter ao menos curtido um pouco mais do meu momento com Justin e por agora estar nessa situação.

Droga!

Eu só queria subir e deitar na minha cama, enquanto cheirava sua roupa e imaginava o que poderia ter acontecido se Justin tivesse mesmo me beijado. Porém infelizmente meu pai ainda se encontrava ali e com uma expressão nada boa, mas também não era para menos. Quem acharia normal a filha chegar do colégio com roupas masculinas sendo que quando saiu de casa estava devidamente vestida?

Pensei em contar para ele logo a verdade, mesmo tendo que relembrar daquelas cenas horríveis e de toda a humilhação que Angel me causou naquele banheiro e aquilo já me deixou exausta emocionalmente e até mesmo fisicamente, antes que pudesse começar. E não era só isso, porque eu sabia do pai protetor que tinha e que ele no momento seguinte estaria no colégio reclamando com o diretor. E era isso que eu queria, certo? Angel chutada do colégio de uma vez por todas e me dando ainda mais abertura para conquistar Justin. Porém, infelizmente eu tinha o rabo preso com ela e sabia que tentar chutar uma cobra havia grandes correr o risco dela me morder de voltar. Porque, se eu contasse e meu pai fosse ao colégio e lá encontraria Angel, se ela ainda tivesse aquelas fotos que mostrou a Decano? Ele acreditaria em mim mesmo depois de certas provas? Me senti em uma encruzilhada, como um animal pronto para ir ao abatedouro, em qualquer passo errado que desse.

Eu confiava no meu pai, nunca gostei de esconder nada dele e sabia que quando ele descobrisse sobre a minha má fama sua confiança em mim iria por água abaixo e isso me fazia tremer todinha já visualizando cenas na minha cabeça de Angel rindo de mim, enquanto meu pai me olhava decepcionado após descobrir que eu era uma tremenda vadia.

Isso destruiria nossa relação de pai e filha.

Eu quero ser seu orgulho, não a decepção.

— Pai, depois eu te conto. — quase implorei, com um timbre manhoso.

— Não. Não — ele negou e comecei a subir as escadas, torcendo para que ele se contentasse com a minha resposta — Eu quero saber agora. Minha filha aparece em casa com os cabelos molhados, roupas de algum moleque e eu só vou saber depois?

Mas como já disse: ele era tão protetor e isso agora não era nada bom.

— É do Justin. — respondi, parada no meio da escada, sabendo que tinha que inventar algo. Meu pai me olhou mais confuso ainda, de onde estava, no andar debaixo, antes de estufar o peito com um pouco de choque.

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