Addison Moore queria muitas coisas e uma delas era Justin Bieber, o garoto mais bonito do colégio e que para a sua infelicidade a odiava. A má fama da garota era tão grande quanto a sua popularidade e ser conhecida como a "vadia" que já ficou com to...
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Addison Moore
Canadá — 2016
"Todos querem roubar a minha garota Todos querem seu coração Bilhões de pessoas no mundo Encontrem outra, porque ela é minha".
Nick foi o primeiro garoto qual eu tive uma "quedinha". Nós tínhamos doze anos e fomos o primeiro beijo um do outro. No começo era estranho, dois moleques que só sabiam dar um selinho finalmente se beijando a primeira vez. Nick era bastante fofo e tímido, poderia dizer que ele era um Dylan pré-adolescente, mas isso de alguma forma me encantava. Um ano depois eu tive outra paixãozinha por Ryan, um garoto extremamente nojentinho e cheio de si. Seu ego era tão grande que a única coisa qual o garoto se preocupava era em deixar seu maldito cabelo perfeito. Meses depois descobrimos que ele era gay e eu desencanei daquela paixonite que não me levaria a nada, já que o negócio dele era outro. Então na minha fase talvez mais madura até meus dezesseis/dezessete anos, veio Justin. Porém, ao contrário de Nick e Ryan eu não sentia só aquela quedinha boba, paixãozinha que na primeira desilusão passava. Com ele era mais forte, era intenso. Eu queria tentar ficar perto dele, mesmo que ele não quisesse. Eu queria mostrar o meu melhor para ele, eu queria ser boa o suficiente para que ele me amasse tanto quanto eu o amava. Podia parece idiota e precipitado falar que eu amava um garoto que sequer havia beijado, ou tido qualquer outra aproximação mais que um abraço e mensagens. Mas toda vez que minha consciência gritava para ir para longe dele meu coração batia mais alto por ele, assim como minha ilusão de que estivesse rolando alguma coisa. Eu não era uma boba total e sabia que Justin me desejava, talvez ficasse mexido comigo, mas sua paixão por Angel parecia superar isso, já que o garoto sempre fugia de mim e no fim acabava no mesmo lugar: nos braços dela.
Ele estava com ela. Isso me ocorreu pela mente, pela milésima vez no dia e eu quis morrer por isso, ou era exagero meu? Não sei, mas o incômodo no meu coração de saber que eles passariam seu aniversário juntos, em família, me deixava desanimada e com uma gastura horrível no estômago. E acho que aquela situação já não estava fazendo muito bem para meu psicológico, me sentia deprimida por... Isso. Não que seja pouco o garoto qual você amava ser apaixonado por outra, levá-la para conhecer sua família e passar uma data importante com ela, mas eu estava acostumada em ver ela sempre vencendo. Então, por que cada vez parecia pior e exaustivo?
Atualizei o feed do Instagram e esperei que aparecesse alguma coisa deles, porque aí sim eu saberia o que estava acontecendo no jantar. Eu precisava ver pelo menos uma foto deles para procurar defeitos como: "ele não parece tão feliz, vejo nos olhos deles". E continuar me iludindo, no fundo eu acho que gostava de me iludir com Justin. Isso me trazia um gás a mais para correr atrás dele.
Enquanto eu o parabenizava me lembrei da nossa evolução, do seu jeito protetor comigo há dias atrás e ri disso, ele parecia mais desesperado que eu que fiquei pelada para o time viral inteiro.
