Capítulo 3

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John

Mesmo cansado depois de ter dado uma faxina geral no meu flat, acabei aceitando a proposta do Vitor de vir à boate. Não curto muito essa bagunça, mas é um bom lugar para beber, e esquecer o mundo lá fora. Quero esquecer especificamente, as últimas horas. Preciso de algo bom para me distrair.

Pedi para o Vitor ligar para a ruiva, e pedir que se arrumasse que eu iria buscá-la na casa dela. Anoto o endereço e sigo em direção a minha noite de distração.

Ás oito, paro em frente ao condomínio de apartamentos simples, e ela já está na calçada. Está com uma saia cintura alta, uma blusa que não deixa muito pra imaginação, salto alto, e uma maquiagem que destaca seus olhos. Ela entra no carro, e seu cheiro invade o local.

- Estava louca pra te ver. Temos que repetir a dose, não acha?

Sussurra ao pé do meu ouvido.

- Está certa. Hoje será minha convidada especial.

Ela sorri.

Vou direto para a boate. Assim que entramos, uma recepcionista nos guia até a área vip, onde há uma mesa reservada.

Sento ao lado dela, e peço uma bebida. Enquanto Vitor não chega, ela me beija, e sua mão desce até minha coxa, me provocando. Tento me desvencilhar.

- Não me provoque. Estamos em público.

- Não se importou enquanto me fodia na varanda do apartamento do seu amigo.

Sorrio.

- É diferente. Estávamos em um local escuro, e...

De repente, minhas palavras somem. Não consigo sequer respirar.

De longe, observo Vitor chegando com ela... Isabela.

Porque diabos ele não me avisou que vinha com ela? Poderia ter evitado. Penso em ir embora.

Não. Sou homem. Não vou ficar fugindo ou me escondendo. Tenho que encarar.

Isabela caminha até a mesa com a mão do meu amigo na sua cintura. Ela está deslumbrante. Nem tenho palavras pra descrever o quão está linda e sexy. Só de olhar para seu corpo, e o decote que destaca seus seios, já estou excitado.

Se acalma, John. Ela agora é do seu amigo.

- Vejo que chegamos em uma hora nada adequada.

Fala, olhando para a mão da ruiva na minha coxa. Tiro rapidamente.

- Chegaram na hora certa. Sentem-se.

Vitor apresenta as duas, e Isabela não tira os olhos dos meus.

- Bom, Isa, meu amigo você já conhece. Dispensem formalidades.

Ela sorri, me encarando.

Porque ela faz isso? Não deveria me provocar.

Tento desviar o olhar.

Observamos as pessoas na pista enquanto bebemos. A minha acompanhante, que depois de se apresentar a Isabela, descobri que seu nome é Cléo, não para de falar. Pelo menos está me tirando o foco. Vitor não para de beijar seu pescoço, seu ombro...

E devo confessar que isso não é nada confortável pra mim. Mas é um bom sinal. O de que reataram e que meu amigo vai ficar bem. Não posso ser egoísta.

Surpresa do AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora