Capítulo 19

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John

Algumas semanas depois...

Abro os olhos, e não vejo Cléo deitada. Olho para o relógio e vejo que ainda são três da manhã. Estou destruído. Quero dizer, destruído de uma maneira boa. Fomos dormir era mais de meia noite. Cléo sabe enlouquecer um cara na cama. Levanto da cama, e vou até a sala. É quando a encontro sentada à mesa, comendo. Suas pernas estão enroladas, e seus cabelos, mesmo presos com a trança, estão bagunçados.

Cruzo os braços, e a observo de longe. Quando ela olha na minha direção, toma um susto.

- Credo! Parece até um fantasma.

Coloca a mão no peito.

- O que está comendo?

- Sanduiche. Acordei com a barriga doendo de fome. Deveríamos ter comido algo antes de dormir.

- Eu comi. E muito bem!

Provoco.

Ela atira o guardanapo em mim.

- Idiota!

- Quanto senso de humor. Estou brincando!

Ela sorri, mas seu sorriso não atinge os olhos.

Faço um sanduiche pra mim também, e comemos em silêncio. Pego um refrigerante pra nós dois, e a sirvo.

Voltamos para a cama, e deitamos abraçados.

- John?! – Fala.

- Fala Cléo...

- Obrigada por tudo.

- Não tem nada para agradecer. Você é uma ótima companheira. E eu amo estar aqui com você.

Beijo sua orelha, e abraço-a com força, aconchegando em meus braços.

Passam das dez horas da manhã quando levanto da cama. Cléo já está arrumando a mesa para o café.

- Assim vou ficar mal acostumado.

Ela dar de ombros, sorrindo em minha direção.

Sento com ela, e tomo meu café. Vejo que comprou bolo, e mais pão. Ela come despreocupada.

- Tenho que conversar sério com você, Cléo.

Ela me olha séria.

- Naquele dia me encontrei com o Diógenes também. Ele falou que já colocou dois detetives atrás do Humberto.

- Eu sei. Ele me contou. Espero que encontrem aquele porco o mais rápido possível. Só de me lembrar dele, me dá calafrios.

Coloco minha mão em cima da sua.

- Relaxa. Vai dar tudo certo.

- Você deveria ter me falado no mesmo dia. Não sei por que esse segredo todo.

- Pelo simples fato de quando estava pronto pra contar, tinha um jantar especial na minha sala, e uma ruiva deliciosa à minha espera.

Gargalha.

- Seus elogios a mim estão ficando depravados.

- Culpa sua!                     

Revira os olhos.

- Faz tempo que seus cabelos são dessa cor? Eu gosto. É de uma cor intensa, assim como você, Cléo.

Ela sorri.

- Desde quando fugi do Humberto. Eu era loira, e precisava mudar. Eu sou intensa em tudo que faço. Isso eu garanto a você.

Surpresa do AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora