Capítulo 29

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GENTEEEEEEEEEEEE... Tá pertinho! Ai que saudade desde já. Hehe... Tomara que curtam esse capítulo. Amo esses meus mocinhos. ♥

Um bom final de semana pra vcs. :)



Isabela

Ando de um lado para o outro na sala da casa dos meus pais. Hoje, como é domingo, vim almoçar com eles. Estava devendo uma visita mesmo, mas acabava adiando por causa dos meus pensamentos naquele infeliz. Sim, o John. Esse homem tem tirado a minha paz desde que eu o reencontrei. Até agora ainda não me conformo com o que ele falou pra mim.

- Quer parar de ficar rodando? Já está me deixando impaciente.

Meu pai fala, enquanto me observa sentado no sofá.

- Desculpa pai! Mas estou nervosa. Tenho que voltar lá no John e resolver nossos assuntos inacabados.

- Outra vez? Eu acho que ele deixou bem claro o que queria.

Bufo.

- Claro que não! John está fazendo charme. Nós temos uma história, um passado, um amor recíproco. Isso nunca vai acabar entre nós dois. Ele não vai me trocar por aquela... — engulo a palavra por respeito ao meu pai — Enfim, eu sou dele, e vice versa, pai. Nos amamos. Tivemos uma história que ninguém vai mudar, e ninguém será amada por ele como eu fui. Eu não me conformo, e tenho que...

-Chega! — o grito do meu pai me assusta — Cala a boca agora!

Olho pra ele com os olhos arregalados. Nunca o vi com raiva. Nunca o vi como está me olhando agora.

- Pai...

Minha voz chega a falhar por causa do susto.

- Tudo tem limites, Isabela. Pra mim, esse assunto já estourou. O que você não entendeu ainda? Quer ser mais humilhada por ele, é isso?

- Nós nos amamos, pai.

- Eu disse chega! — levanta — Vocês dois tiveram uma história no passado, mas acabou. Acabou quando você optou pelos seus estudos. Achar que por causa do amor que tiveram na adolescência te dar direitos sobre ele, isso só me prova que está fora do seu juízo. Vocês ficaram doze anos separados, e essa volta só causou fogo de palha. John não ama você. Se amasse estaria aqui, não com a outra. E sinceramente? O que importa o que ela é ou foi? Nada. Quando a gente ama alguém, é pelo caráter, personalidade, a bondade. Não por uma profissão na qual a pessoa exerce. Aceite que você perdeu. Sempre foi acostumada a ter tudo, e quando perde, fica dessa maneira. Você nunca gostou de ser contrariada. Desde criança foi assim. Eu errei na sua educação, e sua mãe também. Deveria diversas vezes ter lhe dado umas palmadas quando mereceu, ao invés de passar a mão na sua cabeça. Hoje, eu não posso mais fazer isso, mas se você quer destruir sua vida por causa de um sentimento de posse... Sim, de posse. Vai lá, e continua. Eu lavo minhas mãos. Agora saiba de uma coisa, esqueça que tem uma família.

Um nó se instala na minha garganta.

- Eu não acredito que estou ouvindo isso.

- Acredite. Eu cansei de bancar o bom pai e que compreende tudo. Você já nem trabalha mais. Vive em função dessa loucura que é querer tê-lo de volta. Tenha amor próprio. Valorize-se!

Desabo em um choro. Um que eu há meses não tinha permitido que acontecesse. Caio no sofá, e meu pai senta ao meu lado.

- Isso. Chore e deixe sua ficha cair. Vai perceber o quanto está errada.

Surpresa do AcasoWhere stories live. Discover now