Surpresa do Acaso

Capítulo 28

 Aaahhhhh gente... Acabandoooo... :(

Espero que gostem do capítulo! ♥

Cléo

De todos os lugares que essa vagabunda poderia me encontrar, veio justamente aqui? No meu trabalho?

Droga de azar que eu tenho.

Olho para a perua parada na minha frente, e tento ser mais calma possível. Tento, mas não dá. Meu coração está quase saindo pela boca, e devo confessar, estou com medo do que ela possa fazer. Não quero me expor.

- O que quer?

Pergunto, em um tom baixo e discreto.

- Cansou de trabalhar deitada?

Os olhares se voltam a mim.

- Ficou muda? — sorri — Porque esse medo todo? Está tão tensa. Relaxa garota!

- Sem escândalo, por favor! Aqui é o meu local de trabalho.

Tento me conter.

- Ah entendi... Então aqui ninguém sabe o que você faz pra ganhar dinheiro! Aliás, o que está fazendo aqui? O negócio não está indo bem, é isso?

Ela mexe nas roupas, enquanto fala. Age com naturalidade.

- Também pudera, hein? Dormindo de graça com o John, talvez com Vitor... Quem mais? Porque pra decair a uma loja de shopping.

Paulo caminha até nós duas.

- Senhoritas, não sei qual o problema das duas, mas podem resolver lá fora? Estão chamando a atenção das clientes.

Talita dar de ombros.

- Eu sou cliente daqui há anos. E por falar nisso, estou deixando de comprar nesse brechó. Já foi melhor. Antigamente tinham moças de respeito atendendo clientes da classe alta. Hoje, tem isso...

Aponta pra mim.

- Tudo bem que a Cléo sabe bem atender clientes da alta sociedade, mas não dessa forma.

- Cala a boca!

Falo entre os dentes.

- Ah não! — ela encosta a boca no meu ouvido — Eu disse que você iria me pagar depois da surra.

- Senhorita...

Paulo tenta afastá-la.

- Me solta! Não vim fazer nada demais. Só vim avisá-lo antes que perca a clientela.

Ele olha sem entender.

- Ah ela não te contou? Bom, então eu conto pra todo mundo, pra poupar as fofocas. — meu sangue ferve — Essa moça aqui, a vendedora de vocês, é conhecida como  a "cabelo de fogo". Sabem por quem? Vamos lá, tentem adivinhar mulherada!

Tento me controlar pra não quebrar a cara dela aqui mesmo. Como é ridícula!

- Vocês, clientes, que estão aqui, e que são casadas, com certeza já devem ter desconfianças que o marido transa com prostitutas não, é?! Pois bem... Essa é uma das mais conhecidas no ramo.

Paulo me olha pálido.

- Isso é o que ela é... Uma puta! Vocês e suas amigas, estão sendo atendidas por uma mulher que o marido de alguma já deitou, já usufruiu, enquanto você, estava em casa esperando ele chegar.