Capítulo 6

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Uma ótimaaaaaa semana pra vcs. Espero que gostem do capítulo! Beijos. ♥

Isabela

Chego ao escritório do meu pai, e sou recebida por sorrisos e abraços. Claro, isso tudo por ser a filha do chefe, senão, já iria ser vista como a concorrência, já que aqui trabalham vários advogados. Certo que aposto que serei motivo de fofoca por um bom tempo, mas não me importo também. Só preciso fazer meu trabalho, ganhar meu dinheiro, e poder, futuramente, montar o meu próprio escritório. Sei que se eu pedisse isso ao papai, ele faria na hora, mas não. Vou primeiramente ganhar clientes, me estabilizar na cidade, para poder conseguir o que quero.

Vou até a sala do meu pai, e o vejo sentado na sua cadeira, todo importante, com seu terno e um ar sério. Esse é o cara que eu amo. Mais do que tudo nessa vida. 

- Bom dia, senhorita!

Vem até mim, e me cumprimenta com um beijo na testa.

- Bom dia, papai! Estou feliz que aceitou que eu trabalhasse aqui. Mas pode me mostrar a sala que irei trabalhar? Já tenho algum cliente em vista?

Ele sorri, abre a porta, e pede para que eu o siga.

Sou surpreendida com uma sala arrumada bem do meu jeito, sério, profissional, mas com meu toque especial. Porta-retratos, alguns jarros de flores...

- Obrigada! Eu amei. 

- Bom, então comece. Coloquei na sua mesa um processo novo. Leia, e qualquer coisa, basta me chamar. Não esqueça, aqui não sou seu pai, então, sem privilégios.

- É assim que eu gosto. – Pisco, e ele sai.

Sento na minha cadeira, e olho ao redor.

Poder... Isso que eu sinto. Mas quero bem mais. Muito mais. 

Tiro a folha da pasta, e começo a ler. Trata-se de um processo de pensão alimentícia. Droga! Não era isso que eu queria. Queria algo mais intenso, algo na área criminalista. 

Mas enfim, pelo que vejo a mulher exige que o marido aumente o valor da pensão, já que ele paga três salários mínimos pra duas crianças, sendo que o que ele recebe por mais é equivalente a dez salários. Eu deveria dizer a ela que trabalhe, ao invés de depender disso – sorrio sozinha - mas sou profissional, e devo defender os direitos da minha cliente. 

Passo o dia trancada dentro do escritório, nem saio para almoçar. Peço uma porção de sushi, e fico por aqui mesmo. Meu pai me entrega mais um processo, e tenho com o que encher minha cabeça, e deixe de lado os pensamentos sobre o John.

Desde quando o vi, não paro de pensar no gosto dos seus lábios, seu toque... Só fico imaginando quando e se vou poder senti-lo novamente. Preciso dar um basta entre mim e o Vitor, pra depois, poder tentar algo. Eu ainda sinto que meu coração pede por ele. Meu corpo pede. Não vou resistir por muito tempo.

Assim que o expediente acaba, saio sem mal me despedir do meu pai. O máximo que faço é dizer um “Até amanha” e soltar beijos discretos no ar. Estou com pressa. Pego minha bolsa, e vou para meu carro. Quando sento no banco, penso várias vezes no que vou fazer. 

Vou á empresa do Vitor. Preciso dizer que acabou entre nós dois. Que não podemos mais ficar, nem como uma transa de vez em quando. Somente ele é o obstáculo para que eu possa me aproximar do John. 

Bom, isso é fácil de ser resolvido.

Estaciono meu carro do lado de fora. Meu coração bate forte no peito, e minhas pernas estão tremendo. Gosto do Vitor, e amei todos os momentos que compartilhamos juntos, mas não posso mais ficar com ele como se nada estivesse acontecendo. Seria muito pior esconder isso, e continuar me encontrando com ele. Não seria justo da minha parte.

Surpresa do AcasoWhere stories live. Discover now