Surpresa do Acaso

Capítulo 4

 Um bom capítulo pra vcs. Hoje narrado somente pela Isabela. Aos poucos vcs irão conhecer cada um melhor. ♥

Espero que gostem!

Isabela

Acordo com o braço do Vitor me envolvendo. O suor escorre do meu rosto, mesmo com o ar condicionado ligado. Ainda não me acostumei em dormir com outra pessoa. Sempre tive a minha liberdade, e minha cama só pra mim, sem ninguém pra dividi-la. Foram poucos os caras com quem eu dividi uma noite de sono. John foi o primeiro.

Por falar nele, ontem, quando saiu da boate com aquela... Bom, aquela mulher que estava quase dando pra ele em público, eu e Vitor também viemos pra casa. Quer dizer, para o apartamento dele. Tivemos uma noite quente de sexo, mas infelizmente, só consegui por ter que imaginar que era ele por cima de mim... Aquele maldito.

Mas que maldita coincidência ele aparecer nesse momento da minha vida. Não consigo tirá-lo da minha mente. Ele é tão lindo... Está mais sexy do que antes. Seu cabelo loiro, que antes era grande, hoje está cortado em um estilo social. Seu corpo está mais forte, e imagino o quanto deve estar bom com a experiência que adquiriu com o tempo.

Passamos maravilhosos anos juntos. Ele era doce, romântico, e sempre me surpreendia com bilhetes, flores, chocolates... Minhas amigas e primas babavam por ele. Eu realmente tinha muita sorte, mas não é somente de amor que vive uma pessoa. Precisava garantir uma vida pra mim, sem depender dos meus pais.

Levanto da cama, e vou até o banheiro fazer minha higiene matinal. Asseio-me antes de ir pra casa. Coloco minha roupa da noite anterior, e passo uma leve maquiagem no rosto pra disfarçar as olheiras. Quando vou saindo, Vitor acorda.

- Ei... Já ia sair sem se despedir?

Vou até ele.

- Não queria acordar você. Iria mandar uma mensagem avisando.

- Fica pra tomar um café. Minha empregada deve ter preparado algo.

Seus dedos passeiam por minha coxa.

- Tenho que ir, Vitor. Vou em casa trocar de roupa, e vou fazer uma visita ao meu pai.

- Tudo bem. Quando vamos nos ver novamente?

Caramba!

- Não sei. Falei pra você que não quero relacionamentos agora.

Ele levanta indignado.

- Isa, por favor... Você já tem vinte e oito anos. Pare com isso!

- E daí a minha idade? Eu escolho a hora certa pra sossegar. Mas enquanto esse dia não chega, eu quero ser livre, sem cobranças.

Ele me olha dos pés a cabeça.

- Você está estranha. Percebi isso desde quando voltou. Ontem você transou comigo mais quente do que nunca, mas com o pensamento longe. O que foi? Tem alguém na parada?

Reviro os olhos.

- Eu mal dou conta de você, quanto mais de outro. Faça-me o favor! Agora tenho que ir mesmo.

Dou um selinho nele, e saio.

Caminho até a esquina, onde encontro um ponto de táxi. Entro no carro, e passo meu endereço.

Quando chego em casa, vou direto para o quarto trocar de roupa. Visto uma calça jeans, uma camisa branca, e coloco uma jaqueta por cima. Opto por um rabo de cavalo, e coloco um par de brincos discreto. Quando me abaixo pra pegar um dos meus relógios, avisto uma caixa no canto do closet. Tento ignorá-la, mas é impossível. Acabo pegando e levando até a cama.