⁺¹⁸𝐃𝐀𝐑𝐊𝐋𝐈𝐍𝐆, grishaverso

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Finjo não notar o olhar arrebatador que o poderoso e temido Darkling direciona a mim. Era loucura provocá-lo dessa maneira, mas depois de tudo o que passei em suas mãos, eu merecia me divertir e viver minha vida nos meus próprios termos. Sabia que era torturante para ele me ver ao lado de outro homem, porque ele ainda pensava que os meus sorrisos e o lugar ao meu lado ainda pertenciam a ele, assim como o meu corpo e minha alma.

Depois de me despedir de Dimitri, andei pelo salão de baile procurando pela porta mais próxima, mas antes que pudesse sair dali, Darkling entrou no meu caminho e me arrastou pelos corredores do Pequeno Palácio, levando-me até o seu escritório. Tudo ali era parecido com ele, as paredes escuras, as cortinas da mesma cor, as janelas sempre fechadas e a enorme mesa no centro coberta por mapas e bonecos marcados em um visível plano de batalha. A porta bateu com força atrás de mim e me mantive quieta, pois sabia que não era sábio irritar Kirigan quando ele estava de mau humor.

— Como se atreve? — Ele berrou, seu rosto assumindo uma máscara de fúria. — Eu não admito que você fique com outros homens. — Gritou novamente, se aproximando e segurando um dos meus braços com força.

— Eu não preciso da sua permissão — rebato, irritada. Faço um pequeno esforço para me livrar de seu aperto. — Caso não se lembre, você me descartou assim que colocou os olhos sobre a conjuradora do sol. — Acusei, me lembrando novamente daquele fatídico dia. — Achou mesmo que eu ficaria chorando pelos cantos? Realmente pensou que eu correria atrás de você e imploraria por atenção e afetos vazios?

— Você não é nada sem mim, nada. — Ele sorriu, mas foi um sorriso carregado de desprezo.

— Sou sim, sou uma mulher forte e completamente livre das suas amarras traiçoeiras. — Me senti bem ao dizer aquilo, finalmente sentindo que tinha forças para enfrentá-lo. — Parece que é você quem está com problemas, a coitada da Alina não está te satisfazendo o suficiente? — Pergunto, minha voz carregada de acidez. Os olhos dele escurecem com a pequena provocação. — Deveria ter pensado melhor antes de ter me trocado por ela.

Me afasto dele e caminho na direção contrária, planejando ir até a saída e sair do escritório rapidamente. Porém, quando a ponta dos meus dedos tocam a maçaneta prateada e fria, ele prende o meu corpo contra a porta, atacando meus lábios desesperadamente. O beijo é agressivo, me fazendo sentir toda a raiva que ele carrega consigo.

— Não consegue ficar longe de mim, não tente negar. — Ele provoca, descendo os beijos pelo meu queixo e pescoço.

— Você foi atrás de mim, e não o contrário.

O herege negro segurou minha cintura com força e me impulsionou, fazendo-me entrelaçar as pernas ao redor dele por reflexo. As mãos dele foram para os meus seios, apertando-os com brutalidade e ansiedade, e suspirei, sentindo o calor subir pelo meu corpo. Ele deu alguns passos e a mesa dura de madeira rústica se fez presente sob minhas costas, e em poucos segundos nossas roupas estavam espalhadas pela sala, minha calcinha sendo a última peça a ser atirada para longe.

Revirei os olhos de prazer assim que senti os dedos dele dentro de mim, circulando em minhas paredes internas, me tocando nos lugares exatos que só ele conhecia. Os dedos foram substituídos pela língua macia apenas alguns minutos depois e a sensação era devastadora, mas de uma forma positiva. Segurei o cabelo dele com força e pressionei o rosto dele contra mim, sentindo os espasmos me dominando e chegando ao meu limite depois de mais alguns toques.

O general se levantou e minha boca foi em busca da dele, iniciando outro beijo, mas completamente desajeitado. Naquele momento, me odiei por ceder tão facilmente, pois isso fez um sentimento adormecido despertar novamente, um sentimento mínimo, mas que ainda estava ali e me apavorava pensar na possibilidade de ser pega em suas amarras ardilosas outra vez. A única coisa que ele merecia de mim era o desprezo, mas meu único desejo no momento era ter ele completamente dentro de mim, meu corpo gritava e ansiava por isso.

Queria cavalgar nele até que minhas pernas estivessem fracas e trêmulas.

Queria ouvir ele gritando o meu nome.

Queria perder totalmente o controle.

Darkling se posicionou na entrada da minha boceta e deslizou para dentro com força. Nossas mãos agarraram a borda da mesa amadeirada e os únicos sons presentes ali eram nossos gemidos e sussurros, assim como o barulho da madeira friccionando contra o chão. Minhas pernas rodearam a cintura dele em busca de mais aproximação, e foi nesse momento que ele atingiu o meu ponto especial, me fazendo gritar seu verdadeiro nome mais alto do que eu gostaria.

Os dedos dele pressionaram minha cintura e ele me colocou de pé, somente para me virar em seguida. Minhas costas bateram contra seu abdômen e sua respiração quente contra minha nuca me deixou inteiramente arrepiada. Kirigan me penetrou novamente, mais rápido dessa vez, me deixando sem fôlego e com dificuldade para respirar. Ele brincava com o bico do meu seio direito enquanto minha bunda batia contra o corpo dele com força, me fazendo suspirar. As palmas das minhas mãos bateram na mesa com força em busca de algum equilíbrio assim que os movimentos aceleraram, pois minhas pernas começaram a tremer.

Os dentes dele foram para o meu ombro, afundando levemente na minha pele e deixando uma marca de mordida ao lado de vários chupões que em apenas algumas horas ficariam arroxeados. Meu interior começou a formigar, mas eu não queria que acabasse assim, então o puxei para um sofá localizado no canto do escritório e montei sobre ele. Após algumas cavalgadas, minha boceta se apertou em torno do pau dele e ele apertou minha bunda com força, se desfazendo dentro de mim e gritando o meu nome, assim como eu imaginei que faria.

Ele se levantou, me puxando junto consigo e me empurrando contra a parede, e após algumas estocadas meu núcleo aqueceu, me levando ao limite também. O gozo dele escorreu pelas minhas pernas e um suspiro desengonçado escapou da minha boca. Meu corpo tinha chegado ao limite e eu ainda sentia alguns espasmos prazerosos se espalhando por mim.

— Tenho um compromisso agora, mas quero que você continue aqui e que volte a ocupar o lugar que sempre te pertenceu. — O olhar dele encontrou o meu. — Sei que não te valorizei, então me deixe reparar o enorme erro que cometi, por favor.

— Tudo bem. — Concordei, observando-o vestir suas roupas pretas novamente.

O rei das sombras caminhou lentamente em minha direção, passando as mãos pelo meu pescoço até pararem sobre o meu rosto, onde o polegar acariciou minha bochecha. O momento até poderia ser considerado romântico, mas eu conhecia muito bem o homem parado na minha frente e aquilo não passava de um jogo para ele.

— Não posso perder você e eu prometo que não te deixarei ir embora, nunca. — Ele pressionou a boca levemente contra a minha e saiu, me deixando sozinha dentro do escritório.

Aguardei alguns minutos e então vesti minhas roupas e, assim que me senti arrumada o suficiente, abri a porta e escapei pelo corredor, indo embora dali sem olhar para trás. Queria acreditar nas palavras ditas por ele, mas ele nunca me escolheria verdadeiramente, porque para ele, o poder sempre esteve acima do amor. Por isso, preferi ir e embarcar no primeiro navio que encontrei, pois se eu continuasse ao lado dele, acabaria com o coração quebrado novamente.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, universo literário [EM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora