⁺¹⁸𝐓𝐀𝐑𝐐𝐔𝐈𝐍, acotar

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𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑 @dyya68

Caminho pela areia fofa, sentindo exatamente quando a água fria do mar alcança meus pés desnudos. Vou até a grande rocha envolta por uma grande árvore e lá está o balanço que tanto amo desde que era criança, o único lugar que ainda conseguia me proporcionar conforto depois dos acontecimentos dos últimos anos. Esse canto da praia sempre foi isolado e tudo o que eu mais precisava agora era disso, o isolamento.

A brisa salgada acaricia o meu rosto conforme o balanço me leva para frente e para trás. Nunca pensei que alguém ruim como Amarantha pudesse aparecer e fazer todos os grão-senhores de refém, destruir cortes e matar milhares de feéricos, incluindo crianças. Viviane continuava dizendo que não podíamos perder as esperanças, mas, depois de 50 anos, o meu último fio de esperança havia se esvaído. Porém, ainda continuava cuidando da Corte Estival, era o mínimo que eu podia fazer.

Os movimentos do balanço ficam lentos depois de algum tempo e, quando estava prestes a levantar, sinto um leve empurrão que faz o balanço acelerar um pouco. Coloco os pés na areia e me levanto depressa, me deparando com Tarquin de pé e me encarando assim que viro para trás. Inicialmente pensei que fosse minha mente me pregando peças, mas meu parceiro apenas caminha até mim e me envolve em um abraço apertado e demorado. Tento falar, mas minha voz trava e diversas lágrimas ensopam meu rosto.

Saio do abraço e minhas mãos vão diretamente até o rosto dele. Tarquin está exatamente como antes, bem do jeito que eu me lembrava. Os olhos turquesa brilham em direção aos meus e os cabelos brancos balançam minimamente com o vento morno do fim de tarde.

— Sabia que te encontraria aqui — quebra o silêncio.

Ouvir a voz dele me trouxe um conforto inexplicável, meu coração bateu acelerado, trazendo à tona um misto de emoções que eu nem sabia que estavam guardadas. Uma lágrima solitária escorre pelo meu rosto e Tarquin deixa um leve selar sobre ela. Me aproximo lentamente e junto minha boca na dele. O primeiro beijo foi lento e apaixonado, que me fez lembrar da nossa antiga vida antes que tudo fosse arruinado. O segundo foi mais desesperado e cheio de desejo, com as mãos dele descendo até minha cintura e nossos corpos se aproximando ainda mais.

— Senti sua falta — Tarquin diz, deixando beijos pelo meu pescoço e ombro. — Não sabe o quanto eu lamento por tudo o que aconteceu.

— Por favor, não vamos falar disso agora. — Inicio outro beijo. Beijá-lo me faz esquecer dos últimos anos sombrios.

Minhas costas pressionam no tronco da árvore e Tarquin puxa meu vestido azul de alcinhas para baixo, observando meus seios expostos. A língua dele desliza pelo meu mamilo esquerdo e depois pelo direito, enquanto suas mãos agarram minha cintura. Meu vestido, que ainda estava cobrindo metade do meu corpo, finalmente cai na areia, me deixando completamente nua.

— Eu senti tanto a sua falta. — Digo, entre suspiros.

— Eu também senti sua falta, meus dias naquele lugar foram um inferno, fiquei tão preocupado com a corte e com você — Tarquin me encara novamente, seus olhos azuis ainda mais penetrantes. — Mas agora só quero te compensar por todos esses anos.

Deslizo minhas mãos pelo peito do grão-senhor, sentindo ele se arrepiar com os meus toques. Aproximo mais nossos corpos e consigo sentir sua ereção presa entre nós, fazendo o calor pelo meu corpo crescer e minha respiração acelerar mais a cada minuto. Continuamos com os toques, explorando cada detalhe um do outro, até que meu parceiro me penetra com dois dedos. Me contorço com o prazer e solto um suspiro, ele ofega enquanto seus dedos vão para frente e para trás. Estou quase no limite quando ele interrompe os movimentos e solto um resmungo de desaprovação, mas então ele me impulsiona, minhas pernas agora contornando sua cintura e minhas costas ainda mais pressionadas contra o tronco da árvore.

Levanto meus quadris e o posiciono na minha entrada, percebendo que ele já estava nu. Sinto ele começar a entrar e minhas pernas se abrem um pouco mais, Tarquin para por alguns minutos para esfregar seu polegar em meu clitóris. Deixo um selar em sua boca e ele começa a empurrar novamente. Minhas mãos vão para suas costas e minhas unhas cravam na pele escura. Nossos corpos se aproximam ainda mais quando ele entra inteiramente dentro de mim.

Meu parceiro solta um suspiro trêmulo antes de começar a se mover. Ele sai e entra novamente, bem lentamente. Quando minhas pernas apertam em torno da cintura dele, nossa movimentação muda. Meus mamilos doloridos batem contra o peito dele, tirando meu fôlego. Impulsiono meu corpo para cima e para baixo, sentindo as lascas de madeira da árvore arranharem um pouco a pele das minhas costas.

Nossos olhares se encontram em vários momentos, tornando o momento ainda mais terno. Sinto as mãos calejadas correrem por todo o meu corpo e a boca dele deixando um caminho de beijos pelo meu pescoço.

— Eu te amo — ele murmura.

Tarquin deixa a suavidade de lado, passando a se movimentar mais profundamente. Sinto algumas gotas de suor escorrerem pela minha testa e meu corpo arqueia, e depois de mais duas estocadas, sinto o ápice me atingir e meu corpo explodir. Grito alto, puxando-o com força e juntando nossas bocas pela milésima vez. Em seguida, sinto-o desmanchando dentro de mim.

Minhas pernas se soltam do corpo dele e eu fico de pé, tentando controlar a respiração. Observo o céu e noto o quanto escureceu desde que ele chegou aqui. Tarquin entrelaça nossas mãos e me leva até o mar, parecendo ansioso pelo contato com a água quase congelante. Sinto uma onda cobrir meus pés e caminho pela água até que ela atinja a altura dos meus seios. Meu parceiro agarra minha cintura e me puxa para ele, enquanto meus braços contornam o seu pescoço.

A luz da lua cai sobre nós, iluminando seus fios brancos e o momento é tão encantador que por um instante eu me pergunto se é mesmo real ou apenas uma fantasia. Se isso não fosse real, com certeza ficaria destroçada.

— Depois de tantos anos, pensei que não nos encontraríamos novamente. — Desabafo. — Acreditei que tinha te perdido eternamente.

— Sei que esses anos foram difíceis para você, mas estou aqui agora e quero que saiba que, sejam quais forem as circunstâncias, sempre voltarei para você.

Tarquin me envolve em um abraço demorado e depois beija minha testa. Continuamos na água por incontáveis horas, apenas agradecendo a nova oportunidade que nos foi dada e felizes por estarmos juntos novamente.

E, desta vez, para sempre.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, universo literário [EM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora