𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, universo literário [EM REVISÃO]

𝐀𝐙𝐑𝐈𝐄𝐋⁺¹⁸, acotar

𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑 @Masteriosa25 @judehurts

Nunca vi Azriel tão frustrado após chegar de uma missão, não sei o que aconteceu para o deixar tão estressado, mas deve ter sido algo muito ruim, já que ele nem ao menos me procurou, apenas seguiu direto para a Casa do Vento. Rhysand veio diretamente a mim para pedir que eu encontrasse meu parceiro para acalmá-lo, e cá estou eu, o observando enquanto ele luta contra Cassian no ringue. Nunca vi Azriel lutar desse jeito, principalmente contra Cassian que é um dos melhores em combate. Estava afastada demais para ouvir sobre o assunto que tanto conversavam, mas depois de longas horas ambos finalmente se cansaram e a luta chegou ao fim.

Azriel pegou a camisa que tinha deixado ao lado do ringue e veio até mim, juntando nossos lábios em um selinho rápido. As sombras se acalmaram assim que ele se aproximou. O suor fazia a pele bronzeada dele brilhar, o cabelo escuro estava bagunçado e alguns fios permaneciam grudados na testa. A parte superior do corpo dele subia e descia calmamente numa tentativa de controlar a respiração. Encarei o rosto dele por alguns segundos, as bochechas estavam coradas e os lábios entreabertos. Cassian, que nos encarava do ringue, se despediu e saiu, nos deixando sozinhos.

— Por que não me diz o que aconteceu? — Quebrei o silêncio e levei uma das mãos até o cabelo dele, fazendo carinho nos fios molhados.

— Encontrei uma pessoa que não gostaria de ter encontrado — falou depois de alguns minutos em silêncio. — Não quero mais pensar nisso, só quero aproveitar sua companhia, você é a única que merece ocupar meus pensamentos.

— Adoraria passar o resto do meu dia com você, te dando a atenção que merece, mas preciso resolver algumas coisas — ele revirou os olhos. — Por que não vai pra casa, toma um banho e me espera? Prometo que não vou demorar. — Azriel me puxou com força pela cintura e juntou nossos corpos de uma forma quase dolorosa.

— Saberei te encontrar se demorar demais, então é melhor cumprir sua palavra. — Se despediu e juntou a boca na minha mais uma vez em um beijo demorado.

Observei enquanto Azriel voava para longe de mim, algo ainda o incomodava, podia sentir isso pelo laço de parceria, mas, por enquanto, precisava encontrar Feyre para terminar nossos projetos pessoais. Poderia insistir e ir atrás dele, mas seria uma enorme perda de tempo, quando Azriel agia assim o melhor era deixá-lo sozinho e esperar até que estivesse pronto para conversar, e eu esperaria o tempo que fosse necessário.

☆

Prometi não demorar, mas acabei demorando mais do que imaginava. Quando entrei no quarto que dividia com meu parceiro já era noite, as janelas estavam abertas e as cortinas balançavam com o vento que vinha do lado de fora. Deitado na cama, Azriel estava sem camisa e eu tinha uma bela visão das costas nuas musculosas, mordi o lábio inferior e soltei um suspiro pesado. Essa missão levou mais tempo que as outras, já fazia um tempo desde a nossa última noite juntos, queria muito sentir os toques dele e, principalmente, o pau dele me preenchendo completamente, mas ele parecia cansado, então decidi não acordá-lo. Joguei minhas roupas em uma poltrona que ficava no canto do quarto e vesti uma camisola curta, prendi o cabelo em um rabo de cavalo e me deitei ao lado dele.

— Me desculpa, não queria te acordar — disse após Azriel se virar e me encarar.

— Não foi isso que me acordou — a voz dele estava tão rouca que meu corpo estremeceu. — Sabe — continuou — não estou tão cansado quanto aparento, então é melhor também estar com boa disposição, porque nossa noite vai começar agora e não tem hora para terminar.

Azriel se colocou sobre mim e segurou meu lábio inferior entre os dentes, chupando-o com vontade, mal tínhamos começado, mas já conseguia sentir meu corpo implorando pelos toques dele. Levei as mãos até o cabelo dele e o puxei para perto, iniciando um beijo demorado e desesperado. Nossas línguas brigavam pelo controle, mas apenas se entrelaçavam cada vez mais e, mesmo com o vento frio entrando no cômodo, o ar ao nosso redor ficou insuportavelmente quente. Minha camisola foi retirada rapidamente, junto com a calcinha da mesma cor e, depois disso, Azriel parou, estava prestes a perguntar o que tinha acontecido, mas senti um leve formigamento nos meus pulsos, que agora estavam sendo mantido presos na cabeceira da cama pelas sombras escuras que nunca abandonavam o illyriano.