𝐋𝐔𝐂𝐈𝐄𝐍⁺¹⁸, acotar

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𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑 @LeticiaGabrielle907 @Heyy_Clara @DuHossler

Dou um gole em minha bebida enquanto observo o bar à minha volta. Algumas pessoas que frequentam esse lugar não são bem intencionadas, mas precisava beber um pouco para esquecer os últimos acontecimentos da minha vida. Descobri que tenho um parceiro e que ele é alguém que odiei por quase toda minha vida e o sentimento sempre foi recíproco. Apesar que, agora que ambos estamos morando na Corte Diurna, nossa relação está um pouco melhor. Lucien se tornou Grão-Senhor da Diurna alguns anos após a descoberta chocante de que Helion era seu verdadeiro pai.

Meus sentimentos mudaram quando ainda estávamos na Corte Primaveril, Tamlin nos mandava viajar juntos para resolvermos alguns problemas da corte e isso acabou fazendo meus sentimentos de ódio se transformarem em amor. Sempre guardei esses sentimentos para mim porque tenho certeza que tudo que Lucien sente por mim é ódio e nada mais. Não sei bem quando esse ódio começou, só sei que minha situação está bem ruim, já que ele é meu parceiro.

— Olhem só a beleza que temos aqui. — Um macho bêbado balbuciou em minha direção e se sentou em minha mesa. — Como vai, meu bem?

— Dá pra sair da minha mesa? Não quero companhia nenhuma. — Minha voz saiu firme e irritada.

— Nossa, que mau humor. — Ele tentou se aproximar, mas eu o agarrei pelo cabelo e bati a cabeça dele na mesa, causando um barulho alto.

Não tinha reparado, mas algumas pessoas discutiam do outro lado do bar e foi assim que uma grande briga se iniciou no estabelecimento. Copos voavam e bebidas caíam no chão, alguns pratos de comida também cortavam o ar, atingindo garçonetes e também o dono do bar. Um completo caos. Tento ir até a porta, mas um macho é arremessado bem na minha frente, caindo sobre uma mesa e a quebrando ao meio. Me distancio dele e quando estou prestes a sair pela janela uma mão agarra meu pulso.

— O que está fazendo aqui? — Lucien berrou.

— Cuidado — puxo ele para perto antes que um prato de purê acerte sua cabeça.

Nossos rostos estavam próximos, tão próximos que o hálito dele fazia cócegas na ponta do meu nariz. Me afastei dele assim que percebi que o barulho ao nosso redor havia diminuído consideravelmente, agora todos pareciam se dar conta de que o grão-senhor estava ali e ninguém queria enfrentar a fúria dele caso algum objeto o acertasse por acaso. Os bêbados que iniciaram a briga no canto do bar estavam desacordados e largados no chão e o lugar estava um caos. Mesas derrubadas, copos e pratos quebrados, comidas no chão e várias pessoas correndo até a porta na tentativa de ir embora.

Lucien foi até o dono do bar e disse que pagaria os consertos. Depois veio até mim me encarando irritado, senti a mão dele agarrar meu pulso novamente e ele me levou de volta para a casa onde morava, me arrastando até o próprio quarto. Não queria conversar com ele agora, principalmente depois de ter iniciado uma briga de bar.

— Não cansa de causar problemas? — Ele começou. — Você é minha parceira, deveria agir como tal, mas parece que prefere causar problemas por onde passa.

— Eu só estava me defendendo, você não estava lá desde o início e não viu o que realmente aconteceu, então não pode falar nada. — Rebati, já sentindo a raiva ferver meu sangue. — E eu não sou sua, ainda não aceitei a parceria e depois disso nem pretendo.

— Me desculpa — respirou fundo tentando se acalmar. — Não devo tirar conclusões precipitadas e confio muito em você. Só não faça de novo, por favor.

Girei nos calcanhares e fui em direção a porta, Lucien chegou antes e a fechou, impedindo minha saída. Nos encaramos profundamente por alguns minutos. O ruivo estava lindo, o cabelo estava preso atrás da cabeça com duas tranças em cada lateral, mas alguns fios rebeldes caíam sobre o rosto. Ele usava roupas brancas com detalhes dourados e uma coroa cintilante de pontas douradas na cabeça. Tão lindo e é meu parceiro.

Obrigada pela bondade, caldeirão. Agradeci mentalmente.

— Saia da frente, vou embora e nunca mais te causarei problemas.

— Eu não quero que você vá embora. — Veio até mim. — Realmente não entende, não é? — Passou a mão pelo rosto tentando relaxar, apenas o encarei com o semblante confuso.

Não tive a oportunidade de pensar em uma resposta, Lucien apenas me puxou para si e iniciou um beijo lento. Foi confuso no começo, mas cedi rapidamente. Quando me dei conta estávamos em uma cama e Lucien lutava para tirar a peça de roupa superior enquanto me beijava. A coroa, que antes estava sobre o cabelo ruivo, agora brilhava no móvel ao lado da cama. As mãos dele passeavam pelo meu corpo, ansiosas. Ele retirou todas as minhas roupas e se posicionou no meio das minhas pernas, não demorou para o ruivo depositar selares e lambidas em meu centro.

Meu corpo reagiu automaticamente, Lucien abriu ainda mais minhas pernas e continuou me lambendo de maneiras que nunca pensei serem possíveis. A língua fazia movimentos rápidos e depois desacelerava, alguns círculos foram traçados e uma mordida leve foi deixada em meu clitóris, aquele ato era o que faltava para um orgasmo arrebatador finalmente me atingir.

Levantei a cabeça e o encarei, ele ficava incrivelmente lindo com a cabeça no meio das minhas pernas. O grão-senhor subiu novamente até minha boca e um novo beijo foi iniciado. A calça dele foi jogada em algum lugar do quarto e rapidamente o senti me penetrando. Minhas pernas se entrelaçaram nas costas dele e minhas unhas arranhavam suas costas. Os movimentos eram sensuais e me deixavam extasiada. Seu braço esquerdo estava ao redor da minha cintura e o braço oposto estava bem ao lado da minha cabeça, com a mão sobre o colchão fornecendo apoio.

Lucien levou a boca até a curva do meu pescoço, deixando mordidas e chupões. Meus seios friccionavam com o peito dele e tudo era extremamente prazeroso. Nos encaixamos perfeitamente, os quadris dele batiam contra mim e diversos gemidos escapavam de nós. Minha boca estava seca de tanto gritar e falar coisas desconexas.

— Ainda não se deu conta de que te amo? — Falou enquanto entrava mais fundo em mim. — Meu ódio por você não durou muito, por isso insisti para que viesse comigo para a Corte Diurna, não suportaria ficar longe de você.

Minhas paredes internas se apertaram ao redor do pau dele e algumas lágrimas molharam meu rosto, era tão bom, tão grande, tão quente. O ruivo beijou cada lágrima que correu por minha face e me apertou ainda mais contra si.

— Eu aceito o laço de parceria. — Sussurrei próximo a orelha dele. — Nada me faria mais feliz.

Lucien começou a brilhar, já tinha visto isso antes, mas agora era diferente, ele estava brilhando por minha causa. Era lindo e ao mesmo tempo arrebatador. A pele dele foi tomada por brilho dourado, parecia uma poeira feita de estrelas. Isso o deixou ainda mais bonito, se é que isso é possível. Senti meu núcleo aquecer e depois de mais algumas estocadas, Lucien e eu gozamos juntos. Meu corpo tremia sob o do ruivo e agarrei os lençóis em resposta.

Alguns pontos pretos salpicaram minha visão e eu fechei os olhos, sentindo o tremor do corpo passar. Quando abri os olhos novamente Lucien me encarava com um sorriso de tirar o fôlego, apenas sorri de volta e levei uma mão até seu rosto para deixar uma carícia demorada. Ele entrelaçou a mão na minha e retirou alguns fios suados da minha testa.

— Espero que não esteja cansada, porque nossa noite mal começou, parceira.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, universo literário [EM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora