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GABE

Eu não transava desde a minha viagem no fim do verão passado. Isso já faz quase dez meses.

Então una isso a Simón ser muito atraente e a única companhia com quem eu pensaria em transar. Ontem quando decidi ficar em casa não foi premeditado para transarmos, mas no momento que entrei no quarto dele sabia que era o que eu queria.

Já é nove da manhã do dia seguinte, eu acordei na cama dele e nós acabamos de transar de novo. Ainda estou sentada de frente no colo dele ofegante.

— Estava tentando fazer a casa toda ouvir? Acho que deve ter funcionado. — Simón murmura enquanto mordisca meu seio e eu empurro seu rosto.

— Para, está mentindo. — Digo a ele. — Eu me controlei bastante.

Ele move o rosto negando e rindo. O homem é bonito demais,  e essa é uma das manhãs que você pensa: não acredito que transei com esse cara.

Foi muito bom, mas acho que agora deveria sair e ir para o meu quarto antes que a situação fique estranha. No sentido de foi legal, mas provavelmente não vai acontecer de novo, então só podemos seguir nosso dia em frente sem parecer que ficou alguma situação mal entendida.

— Vou indo. — Saio do colo dele e me levanto olhando para o chão tentando avistar minhas roupas.

Acho minha saia primeiro e a visto, depois o top, é uma caminhada pelo quarto. Só tem uma coisa que não encontro.

— Viu minha calcinha? — Pergunto a Simón que já está acendendo um cigarro.

— A última vez que vi eu estava tirando de você.

É, foi a última vez que eu vi também.

Puxo a coberta toda para ver se não está embaixo dela e depois me abaixo no chão, mas não encontro.

— Quando arrumar essa bagunça se a encontrar...

— Te entrego. — Ele completa.

Eu rio me sentando na cama para calçar as botas. — Zero constrangedor chegar no quarto de calcinha e sair sem porque a perdeu. — Falo mais para mim mesma do que para ele. — Até depois.

"Até depois" parece muito impessoal para duas pessoas que tem uma certa amizade e passaram a noite transando, mas não tem nada melhor.

Simón acena enquanto solta a fumaça depois do trago que acabou de dar.

Ouço vozes lá embaixo quando passo pelo corredor até chegar ao quarto que Jana e eu estamos dividindo. Obviamente ela não está lá embaixo com os outros, em dias que não trabalhamos ela só acorda depois do meio dia.

Tento não fazer barulho enquanto me abaixo e abro minha mala para procurar uma roupa. Eu preciso de um banho.

— Olha quem resolveu vir para o quarto. — A voz de Jana está preguiçosa. — Nem vou perguntar como foi a noite, alguns de nós podemos pudemos ouvir quando passamos pelo corredor de madrugada.

Cubro meu rosto com uma mão envergonhada com a informação. — Volta a dormir!

Ela dá uma risada antes de enfiar o rosto de volta no travesseiro.

— Por favor só me acorde quando já for de tarde. — O resmungo dela é abafado.

Tomo meu banho e desço para ficar com os outros. Na verdade, só com Travis, mas a porta de vidro da sala está aberta e consigo ver Anne e os outros jogando com uma bola de vôlei lá fora.

— Bom dia! — Grito da porta e eles olham retribuindo o bom dia. Anne ergue a mão em um aceno e aceno de volta antes de me jogar no sofá com a cabeça no colo de Travis. — Bom dia gatinho. Estou com sono.

Sob tantos olhares (Metrópoles #2)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora