Amor reprimido.

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Snape acordou depois de dormir por um bom tempo. Ele me olhava com seus olhos pequenininhos de sono.

Eu acariciava seus cabelos.

— Dormiu bem?

— Sim… Muito bem. — ele respondeu e se sentou. Parecia meio confuso por ter acabado de acordar. 

Me impressionei quando ele se aproximou e selou seus lábios nos meus.

— Vamos tomar um chá? — Snape disse se levantando.

— Sim… É uma ótima ideia. — Me levantei e o acompanhei— ou que tal um capuccino?

Ele levantou uma sobrancelha.

— Já que insiste. — Severus disse. E isso me pareceu ter um certo tom de piada.

Narrador:

Os dois foram até a cozinha e prepararam capuccino, na realidade Snape mais observou Grace. Pegaram alguns biscoitos e voltaram à biblioteca. Lá, na opinião da mulher, era o local mais aconchegante do castelo.

Grace lhe contou entusiasmada sobre seu trabalho e o homem a ouviu atento, até que em um momento Snape fez uma cara de quem estava preocupado.

— Daqui a pouco vou ter de sair… Preciso realizar uma missão para Dumbledore. Mas voltou logo. Vou ir até minha outra casa.

— E como as coisas andam?

— Nada bem. — ele deu um suspiro cansado.

—Bom, vamos ser otimistas… Em breve vai melhorar.  — disse acariciando seus cabelos.

— Depois de amanhã vou ter que retornar a Hogwarts. — Snape parecia entediado. — É difícil ser otimista assim.

— O nosso duplo espião multitarefas. — brinquei.

— Minha rotina vai se tornar mais cansativa. — ele murmurou.

—… Sendo assim saiba que sempre que quiser dormir meu colo estará disponível. — Eu ri.

Ele ficou um tempo em silêncio.

— Harper… — sua voz tinha um preocupado.

— Eu entendo… — Respondi. Já sabia o que ele ia me dizer. — Sei sobre nossos limites, está tudo bem.

Ele me olhou, parecia meio abatido também.

— Eu posso morrer. — ele disse.

Um silêncio enorme reinou.

— Eu também posso. — respondi.

— Não se prenda a mim. — Snape não me olhava no rosto ao falar. Era como se ele fosse contra às suas próprias palavras.

— … Mas se tivesse um jeito… Ficaríamos juntos, certo? — Não sei porque falei isso. Senti meus olhos começarem a arder.

Snape levou sua mão até a lateral do meu rosto e o acariciou com seu dedão.

— Por que eu, Harper? — ele perguntou.

Narrador:

A mulher parecia um pouco confusa.

— Por que foi olhar dessa forma justo para mim? — Snape disse enquanto começava a massagear seus cabelos.

— Eu não sei… O que sei é que acho seus olhos bonitos, gosto do seu cheiro, do seu cabelo, da sua voz… Gosto de cada detalhe. E também do seu jeito único. 

Ele a beijou. 

— Sim… Ficaríamos juntos… Você é especial, Harper. — Snape disse sem jeito.

Sweet Blood.Where stories live. Discover now