A Geração

Capítulo 7: Lembranças antes da Festa

A cidade do Rei em chamas, prédios destruídos, mais outros caindo, gritos, corpos no chão.
Feiches de luzes verdes, azuis e roxas sendo jogados para todos os lados consumindo tudo que tocam.
Agora três esferas das mesmas cores entrando em atrito, gerando mais destruição e um impulso que derruba tudo facilmente como papel.

Na cidade, somente o Rei, ainda vivo, se levantando, assistindo as três fadas lutarem entre si.
Trocação de golpes rápidos, potentes, sem parar, incontroláveis, gerando mais estrondos altos, a cada acerto e quedas.

-Eu queria proteger todos, não queria que acontecesse isso de novo! Eu lutei para ter paz! Eu... não consegui. Por favor, parem! Parem a Guerra! Só vocês podem parar com isso! -o Rei, com vontade de chorar mas as lágrimas ainda não descem, lembrando do dia que perdeu quase toda sua família, e agora nem Jazz estava por perto.

-Parem! -ele grita, puxando sua espada, partindo para a luta contra as três mais poderosas do mundo, seria um suicídio, mas todos ali já estavam mortos, se ele sobreviveu algo ainda poderia fazer, com a profecia na mente.
"As fadas são o centro da guerra e da paz.
O Rei protege o povo com a própria vida."
Então ele continua a correr, algum milagre poderá acontecer e essa Batalha destruidora vai parar.

-Tézz! Tézz! -o Rei ouve alguém chamá-lo, olhando para trás,  parando de correr, respirando ofegante, coração batendo forte, como se ouvisse nitidamente, bem alto, as batidas que aumentam cada vez mais, não vê ninguém apenas a destruição da Capital e o grande prédio que é seu castelo caindo, partido ao meio.

Quando ele volta a olhar para as três, uma grande explosão dos poderes delas juntos consomem tudo restou.
Um clarão, e o calor, queimando a pele, o vermelho das chamas consumindo os olhos que não veem mais nada.
Escuridão.

O Rei desperta do seu sono, pega o braço da pessoa que estava perto o sacudindo e chamando-o, Tézz derruba ela com uma rasteira com muita velocidade, puxa a espada.

-Calma! -grita Kas, com as mãos levantadas em rendição.

-Meu Deus! -Tézz guarda a espada. - Desculpa, Kas! Pensei que era um inimigo! -o ajuda a se levantar. -Desculpa.

-Está tudo bem, isso mostra que você está sempre em alerta.
Alerta até de mais.

-Tive um pesadelo.

-Percebi.

-Está ficando constante. -Tézz suspira, feliz por ter sido só um sonho.

-Sonho constante é muita preocupação ou pensar muito em algo.
Tanto para coisas boas e ruins.
Fica normal acabar sonhando.

-Verdade. -o rei suspira novamente, sentando no trono, bebendo a água  da sua taça ao lado.

-E percebi mais também, que deveria usar a coroa, Rei.

-Eu não gosto de usar isso.

-Mas deveria usar quando andar em público.

-Não tem outra forma?

-Quer colocar fotos suas em tdoos os prédios das cidades?

Tézz solta uma risada.

-Não. Melhor não. Vou parecer um ditador.

Kas ri também, dando de ombros,  responde:

-Eu não sei qual outro jeito.
Use a coroa então.

Tézz assente, ainda sorrindo, relaxando a cabeça no trono, olhando para cima, fechando os olhos.

-Você...  não vai para a festa?

-Festa? -Rei pergunta, observando a roupa diferente de Kas, sem o tradicional cinza e vermelha dos soldados SK.
Agora vestindo um conjunto jeans.