Capítulo 8: Queria Poder Continuar...

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Cidade Central

Héctor em uma sala escura, o homem a sua frente, de barba grande, cabelo cheio, bem diferente do primeiro dia em que chegou ali naquela prisão.
O Rei da cidade, aproximando, sentando numa cadeira, diz:

-Você tinha tudo para ser como eu, um líder, futuro rei, me superar nas conquistas, ser uma versão melhor de mim, é assim que alguns pais pensam.
Mas quando precisei de você... Você não protegeu o que era mais precioso para nós.
Está aí preso em correntes, no escuro, tudo culpa sua, foi ser parecido com ela só pra me torturar ainda mais, ainda bem que esse tempo aqui te mudou um pouco.
Você é uma vergonha, não tem poder, nem pra quebrar essas correntes, destruir essa prisão, por isso merece ficar aí.

-Eu não tive culpa...

-É só isso que sabe falar? Tanto tempo aqui, não pensou no que fez, ou melhor, no que não fez?
Não planejou sair daqui?

-Eu não tive culpa!

-Quando quiser fazer algo útil, tentar, pelo menos tentar sair desse lugar ou despertar algum poder, poderá talvez viver feliz com uma nova vida.
Nem tem mais lágrimas pra choramingar, não é?
Então comece a pensar em algo mais produtivo que te livre daqui.
Boa noite, até outra hora, ou adeus.

-Eu não tive culpa.
Eu não tive culpa.
Eu não tive culpa!

Cidade do Rei

O Rei está em um prédio pequeno, na companhia de seus convidados, a sacada com uma boa vista para as ruas movimentadas durante a festa.
Pela animação e o sentimento de alguns, pode ser uma festa de despedida, Sebastian Tézz pensa que deveria dar um acréscimo de dias antes da batalha.

-Boa Noite, Majestade. -Paris aproxima, ele se vira.

-Hey! Como está? Gostando da cidade? O que está achando da festa? E está muito bonita.

Os dois apertam as mãos, Tézz observa a nova aliada.
Ela está usando um vestdio rodado azul escuro, manga longas.
Sorriso nos lábios destacados pelo vermelho do batom.

-Estou bem, gostando da cidade, festa animada e bonita, sim. Mas o senhor não está muito animado.

-Primeiro, é uma festa, não precisa dessa formalidade, me chamar de senhor. -ele dá uma risada nasal. - e não estava elogiando a cidade e nem a festa... estava elgoiando você. - seguido de uma risada discreta.

-Ahh, muito obrigada. Gostei do vestido, estilo de cores que você gosta, quis combinar os estilos.

-Então eu te inspirei?

Ela assente.

-Fico contente.

Os dois sorriem.

-Agora sim, animou.-ela comenta olhando para ele.

-Pode me chamar de Tézz, nada de majestade.

-Ta bom. Rei Tézz nos momentos sérios, da realeza. E Tézz nos momentos de lazer.

-É isso aí, Paris.

-Mas, o que está te encomodando?
É uma festa, pessoas aqui dentro desse prédio e por toda cidade comemorando a sua volta.
A situação atual poderia estar bem diferente.

-Confesso que... -ele suspira. -estou tendo um pouco de preocupação...
Querer conquistar a cidade e ajudar meus amigos.
O que eles fizeram por mim... eu quero fazer o mesmo por eles.

-Entendo, você deveria aproveitar a festa.
Já que eles mesmo estão animados, você deveria ficar também.
Você deu esses dias de descanso pra divertir, cada um com quem ama e gosta de estar por perto.
Seus amigos não ficariam contentes ao saber disso, que você está tão preocupado.

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