Bianca estava se sentindo estranha, foi trabalhar assim mesmo. Tinha esperança de ver novamente seu lindo homem engomadinho. Sorria ao pensar nele, como era bonito e tinha uma boa aparência. Sua pele, seu cabelo liso e perfeitamente alinhado, seus dentes brancos e perfeitamente no lugar, seu perfume com um toque amadeirado, seus olhos castanhos, até sua sombrancelha era bem feita.
— Qual é o seu problema? — perguntou Oswaldo.
— O que? Como assim? — perguntou Bianca de volta.
— Está sorrindo igual doida, estou com medo. É o engomadinho, né?
— Não.
— Ótimo, ele acabou de chegar, atende ele.— Oi.
— Oi, Bianca.Renê sorriu e Bianca o olhava com tanta paixão que dava gosto. Como o sorriso daquele homem tinha brilho, que sorriso lindo e maravilhoso.
— Vou trazer o cardápio.
— Não precisa. Quero sua sugestão.Bianca corou, ficou vermelha.
— O prato do dia é comida vegetariana. Um prato cheio de coisa verde.
— Ok, eu quero um prato cheio de coisa verde.
— Vai beber algo?
— Um suco de laranja.Nesse momento, Oswaldo foi até a mesa de Renê e lhe disse:
— Você é bonito assim mesmo? Cerca de 11 mulheres trabalham comigo, as 11 estão sem fazer nada porque você é lindo.
— Aí Oswaldo, para de ser invejoso, seu careca esquisito. Já trago seu pedido. — disse Bianca.Bianca levou o pedido de Renê.
— Bom apetite.O admirou enquanto ele comia.
— O que esse homem tem de mais, meu pai? É um sujeito completamente comum. Eu dou de 10 a 0 nele. — gritou Oswaldo, os funcionários deram risada da sua cara.
Renê terminou o almoço e Bianca foi retirar os pratos.
— Algo mais?
— Sim.Bianca pegou o bloco de anotações.
— Pode falar.
— Eu quero sair com você. — disse Renê.
— Não.
— Por que não?
— Você é lindo, pode chamar qualquer outra mulher para sair com você.
— Eu gostei de você. Por favor, me dê uma chance, eu sou um cara legal.
— Eu não posso.Renê subiu em cima da mesa.
— Bianca, saí comigo hoje a noite.
Bianca ficou vermelha, roxa, azul.
— Saí daí.
Todos ao redor olhavam curiosas aquela cena. Às funcionárias do restaurante entraram em êxtase.
— Tá bom, eu saio com você. Saí de cima da mesa, eu que limpo essa porcaria.
Renê desceu.
— Você tem problema? Sua mamãe não te ensinou que não é não?
— Ensinou. Poxa vida, eu só quero te conhecer.Anoiteceu. Bianca saiu do trabalho, Renê a esperava dentro do carro.
— Sai do carro.
— Que?
— Vamos andando. Não quero ser vista com você dentro dessa nave espacial ridícula.Renê desceu.
— Boa noite, Bianca.
— Boa noite.
— Posso te pagar algo? Um lanche?
— Não. Qual a necessidade de subir em cima da mesa? Você é normal?Renê riu.
— Eu só queria sair contigo.
— Eu aceito um picolé como desculpa.— Boa noite, Doutor. — disse a atendente da sorveteria.
Tomavam o sorvete e caminhavam.
— Você trabalha em qual hospital?
— Por que acha que eu trabalho num hospital?
— A atendente te chamou de Doutor, presumi que você é médico.
— Eu sou advogado.
— E o que um advogado boa pinta quer com uma garçonete?
— Olha, eu faço amizade com todo mundo, com motorista, com a faxineira, com gari. Não quero que um diploma interfira nas minhas amizades.
— Que discurso lindo, me deu vontade de te beijar de língua.Renê não segurou a risada.
— Posso ver sua carteirinha da OAB? Meu ex dizia que era advogado, pedi para ver a carteirinha e ele desmentiu tudo.
Renê tirou sua carteira de documentos do bolso, lhe mostrou a carteirinha da OAB.
— Olha, ele é advogado mesmo. O que você gosta de fazer quando não está num tribunal?
— Viagens, ficar com meus amigos, tenho 3 cachorros eu saio para passear com eles. Eu amo cozinhar. Sou bem família, sabe. Sou palhaço, um bom amigo.
— Um homão desse em pleno século 21 e solteiro?
— Sim. Não achei minha cara metade.
— Enquanto não encontra sua metade, você faz garçonetes passar vergonha em serviço?Riram.
— Foi mal.
Chegaram na casa de Bianca.— Tchau Renê.
— Tchau.Renê lhe deu um beijo na bochecha, Bianca desejou que fosse na boca, mas não foi assim.
— Eu gosto de você, de verdade, Bianca.
— Não sinta isso. Não se apegue a mim...Bianca entrou em sua casa sorrindo.
Não era uma casa grande, tinha 3 quartos, 2 banheiros, a sala e cozinha, tudo muito simples e bem organizado. O ambiente tinha cheiro de flores.— Boa noite, mãe. Boa noite, peste.
— Boa noite, baranga.
— para de chamar sua irmã de baranga. — gritou Rosemeire.Bianca tirou sua peruca e deixou sua cabeça sem nenhum fio de cabelo a mostra. Sorria.
— Mãe, a Bianca tá sorrindo para o nada, estou com medo. — Gritou Enrico.
"Será que ele vai gostar de mim mesmo com câncer?- pensou Bianca."
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Amor e outros sentimentos que me lembram você!
RomanceRenê Garcia é um homem bonito, gentil, engraçado e tem tudo o que sempre desejou: Uma bela casa, mulheres o desejam, tem um bom emprego, é um advogado ambicioso e bem sucedido. Vê sua vida mudar (talvez para melhor), quando conhece Bianca, uma garç...