Capítulo 22: Amor eterno, amor

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Renê almoçava todos os dias no restaurante desde que conheceu Bianca.

Bianca adorava ver ele todos os dias, por outro lado, Oswaldo odiava, as clientes ficavam destraídas, suas funcionárias ficavam destraídas, Renê tinha lá seu charme e chamava a atenção da mulherada.

Oswaldo o encarava.

— O prato de hoje é massa. — disse Bianca já sabendo que Renê iria pedir sugestão.
— Ótimo. — Renê deu um sorriso forçado. — Toda vez que venho, o Oswaldo fica me encarando, estou assustado.

Bianca olhou para Oswaldo e mostrou a língua, Oswaldo fez o mesmo gesto seguido de uma careta. Bianca voltou o olhar para Renê.

— Quando você chega, as outras garçonetes começam a fazer o serviço mais devagar. — Bianca deu uma Pausa. — Elas ficam te olhando e dizendo o quanto você é bonito. Teve uma  até disse que sentaria na sua cara.

Renê riu e respondeu:

— Mas elas sabem que sou seu, né? Só você pode sentar na minha cara.

Riram.
Bianca anotou o pedido de Renê. Passou por Oswaldo.

— Se eu fizer minha sombrancelha, será que fico bonito igual aquele seu namorado engomadinho? — perguntou Oswaldo.
— Careca, você precisaria nascer de novo umas 50 vezes para ficar bonito.
— Otária.

Oswaldo não era um homem feio, mas Bianca gostava de tirar sarro de sua cara.

Bianca já estava com 21 anos de idade. Seu cabelo estava do jeito que ela queria que estivesse.

Bianca chegou do trabalho, em sua casa havia ambulância, polícia... Bianca se assustou quando viu aquele carro escrito: IML.

— MÃE. — Gritou Bianca.
— Calma, mocinha. — Disse um rapaz moreno e jovem, fardado, bem provavelmente era Policial militar.
— O que houve? Mãe.

Rosemeire surgiu aos prantos, abraçou Bianca bem forte.

— Aconteceu algo com a vovó?

Silêncio.

Maya faleceu... Infarto.

O velório aconteceu no dia seguinte.

— Eu te amava tanto, sua velhota maluca. — dizia Bianca, Rosemeire estava ao seu lado, uma segurava a mão da outra. Uma lágrima escorreu dos olhos de Bianca e prosseguiu dizendo. — Eu queria tanto te dar a notícia de que você seria bisavó.

Rosemeire encarou Bianca.

— O que? — perguntou Rosemeire.
— Eu fiz o teste ontem e deu positivo, Oswaldo até deixou que eu fosse ao posto de saúde realizar o exame. Fui para casa tão feliz para dar a notícia e a vovó já estava morta.

Bianca caiu no choro. Renê compareceu ao velório, deu os pêsames aos familiares e foi gentil como sempre.

Bianca entregou um envelope para Renê.

— Eu sei que essa não é a melhor ocasião, mas estou ansiosa para ver sua reação. — Disse Bianca.

Renê abriu o envelope, se tratava de um ultrassom.

— O que é isso? Uma foto de...

Bianca o interrompeu.

— É o nosso filho, seu bobo.

Renê ficou surpreso.

— Vai ficar estranho estranho se eu comemorar agora, vai dar a impressão de que eu não respeito a Maya, ela acabou de falecer. É a melhor notícia que já recebi.
— Mas você queria ser pai?
— É claro que eu queria ser pai. Se eu não quisesse, não teria feito sexo sem camisinha, né?

Bianca sorriu, se abraçaram.

Amor e outros sentimentos que me lembram você!Where stories live. Discover now