Capítulo 24: Amor que dura

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Se lembram do 1° Capítulo?
Renê conversando com a jornalista?

NOS DIAS ATUAIS...

— Poxa. — disse Danielle. — Uma história e tanto, Renê. Mora nesta casa desde que se casou com Bianca?
— Sim. Faz um bocado de tempo que moramos aqui.
— Faz 4 anos que moro por aqui. Gostaria de ter lhe conhecido antes, é muito gentil, Renê. O que aconteceu depois?
— Bom. — Renê respirou fundo. —  Oswaldo se casou com meu irmão, Robson... Ainda estão casados e tão velhos quanto eu. Rosemeire faleceu de causas naturais. Enrico se formou enfermeiro e mora no Rio de Janeiro. Meus pais morreram assim que minhas filhas nasceram. — Explicou Renê.
— E a Bianca?

Foram até o jardim aonde Bianca ajeitava algumas flores.

— Bianca, querida. Essa é Danielle, nossa vizinha.
— Oi. Minhas mãos estão sujas, sinta-se cumprimentada.

Bianca estava com 58 anos, havia alguns fios brancos em sua cabeleira lisa. Estava uma senhora bonita. Conversou bastante com Danielle. Receberam a visita de suas gêmeas, estavam com 36 anos, mas foi uma visita breve.
A leucemia não voltou mais. Não possuía mais traços da doença.
— Eu sempre vejo Renê na praça. Jogando migalhas aos pombos, jogando damas com outros velhinhos. — comentou Danielle.
— Ele já tem 70 anos, acho que todo velho faz isso. Na volta sempre me trás flores. — Respondeu Bianca.
— Verdade que você chamou Renê para sair só porquê seu chefe apostou.

Bianca riu.

— É sim. Mas eu não o usei, eu estava a fim dele, Oswaldo só jogou gasolina na faísca.
Riram.
— Quero escrever um livro, sobre vocês... Posso?
— É claro que pode.

Danielle sorriu. Achava Renê e Bianca fofos juntos. Danielle foi para casa. Tomou um banho quente, passou um café... E pensou: "Será que terei um romance semelhante?"

Danielle escreveu um romance inspirado naquele casal. Vendeu muitas cópias. (Com direitos autorais reservados a Bianca e Renê, claro).

Renê e Bianca sentaram-se no balanço que havia no quintal.

— Eu amo você, Renê.
— Eu também amo você. Demais.

O sol se pôs e eles se abraçaram, com a certeza de que sempre estariam apaixonados um pelo outro, para sempre.

Amor em paz

Eu amei
Eu amei, ai de mim, muito mais
Do que devia amar
E chorei
Ao sentir que iria sofrer
E me desesperar

Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Porque o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz

Vinícius de Moraes...

(End)

Amor e outros sentimentos que me lembram você!Where stories live. Discover now